𝕯𝖆𝖗𝖐𝖓𝖊𝖘𝖘 - 𝕿𝖔𝖒 𝕽𝖎𝖉𝖉𝖑𝖊

Lírio

O som salto agulha ecoava no ambiente, a saia delineando tão perfeitamente seus quadris e cintura, a blusa branca social marcando o busto que era destacado pela gravata esverdeada e brilhosa de sua amada casa, o oxford feminino da coloração preta fechada na cintura com a capa esvoaçante. Seus cabelos ruivos estavam em um perfeito cacho definido nas pontas, em suas mãos os livros. Ela caminhava em direção a biblioteca, colocando os livros sobre a mesa da bibliotecária que revirou aos ver mais uma pilha de livros que a Potter tinha levado para ler. Apesar de ser costumeiro, e Potter ajudar a organizar os livros nas prateleiras devidamente em seu lugar, não era comum o número de livros de estudos que aquela jovem aluna gostava de pegar. Apesar de sua beleza ser extraordinária, era impossível se aproximar da "rata de biblioteca", onde ela se escondia em meio às enormes prateleiras.

A garota havia prometido à Charlus, seu avô, de que agiria como uma moça daquela época. Mas era claro que a personalidade intregamente forte de Tirity atrapalharia. Difícil, com um pensamento e ideologias já decididas. Hope apenas camuflava seu medo agindo como ela mesma em 1998, a irmã caçula de Harry Potter que ainda sentia vívido a imagem de Guerra cujo lhe lançou para aquele cenário de 1955. O maior medo era encontrar o homem que destruiu sua vida, mas pelo tempo, o mesmo já deveria estar longe. Talvez era seu destino voltar e deter Voldemort de assassinar sua família.

Enquanto ajeitava o sobretudo preto por cima do uniforme com a blusa social branca, mudando seu salto agulha do uniforme feminino para um scarpim preto mais fechado, ajeitando a meia calça preta em suas pernas, ela rumou para fora de Hogwarts, caminhando diretamente por Hogsmeade pensativa. Buscava respostas sobre como estaria seu futuro e Wanda Maximoff. A mulher de custos cabelos ruivos, com um penteado sofisticado, lábios pintados de um vermelho cereja, o vestido azul turquesa com os botões perfeitamente fechados e o colarinho para baixo surgindo um pequeno colar prateado, ela sorriu amorosa para a garota que surgira no pequenino bar, passando por um pequeno grupo de professores, e sentando a frente da mulher que ajeitou o porta copos a frente da Potter.

- Tomei a liberdade de pedir nossa bebida. - começou Wanda para Tirity, que ajeitava-se a cadeira tirando seu sobretudo, revelando apenas o uniforme escolar. Soltando um suspiro ao sentir que o interior do ambiente estava mais acalorado.

- Pediu com um pouco de gengibre na minha? - perguntou a ruiva mais jovem.

- Mas é claro, querida. - riu Wanda fazendo-a sorrir para a mulher.

Wanda era uma mulher com um instinto fraternal acalorado, mas sua amizade com a Potter, transformou sua vida patética em algo mais, pela primeira vez, sentiu-se respeitada. Wanda era filha de bruxos de puro sangue, mas aos onze anos, quando não demonstrou que não possuía da magia, fora jogada de lado pela família Maximoff que simplesmente deram total atenção ao seu gêmeo, Pietro. Ele sim fora para Hogwarts, mas não recebeu a habilidade que Wanda possuía. Sua magia, apesar de seletiva, não se encaixava nos padrões de Hogwarts, ela não era um aborto, mas era considerada uma trouxa ao ter sua magia desenvolvida após anos praticando. Mas existia algo nela, que só Tirity poderia sentir. Wanda pertencia a outros mundos, era nítido seu vasto conhecimento, com a aproximação, Tirity descobriu estar certa sobre a ruiva, que estremeceu ao notar que a garota a sua frente, nutria de uma inteligência fora do comum.

Wanda era capaz de viajar para realidades no passado, presente e futuro, além de obter inúmeras habilidade de magia elementar e cósmica. Wanda era uma Feiticeira, esta era a diferença, com isso não foi detectado pelo Ministério a existência de Wanda, que em 1940, ainda muito jovem, buscou conhecimento através de livros e descobriu sua habilidade a tempo de alimentar sua mente. Tirity sentiu-se confortável em confiar em Wanda e contar-lhe de que era uma viajante. Wanda por se sentir especial para a garota, optou em ajudá-la por vontade própria.