Capítulo XI - Dia na fazenda (Parte I)- Intriga de futuros casais

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Nota: Oie viajantes tudo bem? Venho trazer o capítulo onze, vou dividir os acontecimentos aqui e no próximo capítulo para não faltar idéia (risos). Enfim boa leitura!

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O dia amanheceu trazendo um sol forte que iluminou toda a cidade. Aíme foi a primeira a acordar com alguém ligando em seu celular.

Aíme — Resmungou se remexendo na cama, como viu que o telefone continuava tocando se levantou e foi atender. —  Alô? — Bocejou sonolenta.

Vanessa — Aíme mulher, bom dia irmãzinha! — Respondeu toda animada.

Aíme — Oie Vanessa... — Respondeu ainda morrendo de sono.

Vanessa — Que voz de sono, você estava dormindo?

Aíme — A festa ontem durou até quase dez horas e agora são oito da manhã oque você acha? — Perguntou sarcástica.

Vanessa — Riu. — Aiai você não muda Aíme. Enfim, eu te liguei porque vou fazer um churrasco aqui na mãe, você sabe que ela não consegue ficar fora de casa até tarde por isso não levei ela na festa da Emilie ontem, mas agora ela está insistindo para fazer um bolinho aqui e... AIIII MÃE AIIII!

Aíme — Franziu as sobrancelhas. — (Oxi que gritaria é essa?)

Margô — Batendo na filha mais velha com a sua bengala. SUA QUENGA MENTIROSA! SE EU CONSIGO MADRUGAR BOS BAILINHO DE FORRÓ EU CONSIGO IR NA FESTA DA MINHA NETINHA! E ME PASSE AGORA ESSA DROGA DE TELEFONE!Tomou o celular das mãos da filha. — Alô Aíme meu bem?

Aíme — Segurou o riso. — Oie mamãe! A senhora está bem? Sua saúde está boa?

Margô — Ohh se tô, minha saúde está boa como a de uma adolescente.

Aíme — A senhora não andou indo nos bailinhos de forró não né? Sabe que o sereno faz mal para a senhora.

Margô — Bailinho de forró? Nem sei oque é isso.

Vanessa — É MENTIRA AÍME!

Margô — Deu com a bengala na cabeça da mulher.CALA A BOCA QUENGA FOFOQUEIRA.

Aíme — Caiu na risada.

Como a chamada estava no vivo a voz as vozes do telefone ecoavam sobre o quarto e passavam pelo corredor.

Emilie — Entrou no quarto correndo.VOVÓ!! EU QUERO FALAR COM A VOVÓ!!Subiu na cama do lado de Amélia e começou a pular.

Amélia — Acordou com os pulos e gritos. AHHHHH SOCORROOO UM TERREMOTOOOO!!

Margô — É a Emilie? Passe o telefone para ela.

Aíme — Tirou o telefone do ouvido. — Aqui a vovó quer falar com você. — Entregou o celular para a menina que se sentou na cama e o  segurou nas mãos.

Emilie — Benção vovó!

Margô — Oie meu amor deus te abençoe! Viu a vovó vai fazer um bolinho para você aqui hoje, você vem né?

Emilie — Vou sim vovó! Você vai fazer bolo de chocolate?

Margô — É claro, do jeitinho que você gosta. Inclusive eu já terminei, bom quase só falta decorar com chantilly e morangos.

Emilie — A senhora não está exagerando não né?

Margô — É claro que não! Eu nunca exagero! Só fiz um bolo grande o suficiente para os mortos de fome da nossa família não acabarem com tudo de uma vez. — Disse enquanto mexia o grande caldeirão de chantilly e olhava para o enorme bolo que tinha o tamanho da mesa, que tinha quase dois metros de comprimento.

Emilie — Nós iremos levar duas pessoas muito especiais para a senhora conhecer.

Margô — Sério quem são?

Emilie — Um é o meu futuro marido e o outro é o namorado do Kisame.

Margô — Espera, você disse namorado do Itachi? Tipo um menino?

Emilie — Sim vovó... — Silêncio na linha. — Vovó? A senhora está...

Margô — IRRAAAAAAAA! EU NÃO DISSE? EU SEMPRE ESTOU CERTA.Apontou para a foto do ex marido no porta retrato. — VOCÊ DEVE ESTAR SE REVIRANDO NO TÚMULO SEU CACHORRO HOMOFÓBICO!!

Emilie — Caiu na risada.

Amélia — Misericórdia... Deixe eu falar com a vovó também. — Pegou o telefone das mãos de Emilie. — Oie vó benção!

Margô — Se recompôs. — Oiee querida deus te abençoe! Seu irmão já saiu do armário e desencalhou, e você quando vai trazer a sua namorada para eu conhecer?

Amélia — Ficou com vergonha. — Q-que namorada vó? Eu não gosto dessa fruta não!

Margô —Ahhh você acha que engana quem minha filha? Eu sou velha mas não nasci ontem tá! Eu estou falando daquela menina que vocês vivem brigando, você sabe muito bem que quem briga se ama. Aquela irmã da sua amiga, como é mesmo o nome... Amanda, Ava, Esmeralda... EDUARDA! Isso Eduarda, eu tenho certeza que aquela menina também é, só está com dificuldade para se descobrir, mas isso você resolve beijando ela.

Aíme e Emilie caíram na risada enquanto Amélia ficava vermelha de raiva e vergonha.

Amélia — T-TÁ LOUCA VÓ?! EU NÃO GOSTO DAQUELA PIRANHA NÃO!

Emilie — Se matando de rir.AHAHAHAHA, É O NOVO CASAL FICA ESPERTO NAS IDÉIA, SÃO ATÉ DUPLA SERTANEJA EDUARDA E AMÉLIA!!!Repetia a cantoria enquanto ria.

Amélia — PARA DE CANTAR ISSO SUA PESTE!

Emilie — EITA QUE ESTÁ CHOVENDO PIRANHA NO RIO DA AMÉLIA!

Saiu correndo do quarto sendo seguida pela irmã que queria lhe bater.

Aíme — Aiai. — Riu e pegou o celular que havia sido largado na cama. — Oie mãe, a gente vai se arrumar e já vai ai.

Margô — Ok querida estou esperando. — Desligou o telefone.

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Emilie — Entrou correndo no quarto de Kisame. AHHH SOCORRO A CATA PIRANHAS QUER ME BATER!!Ria quase mijando nas calças.

Amélia — VOLTA AQUI SUA PESTE!!

Emilie — Subiu na cama ficando no meio dos dois garotos e os acordou com toda aquela gritaria.AIII ALGUÉM ME SALVE!!Pulou em cima de Kisame puxando seus cabelos para se proteger dos travesseiros que Amélia estava jogando contra si agora.

Kisame — AHHHH PAREM COM ISSO SUAS LOUCAS!!

Itachi — Não sabia se ria, se ajudava Kisame ou se impedia Amélia de matar Emilie.

Aquela gritaria toda continuou até que Aíme apareceu para dar um basta e arrastou as duas garotas até a porta pela orelha.

Emilie — Aiiii mãe, a culpa é da Amélia

Amélia — Foi a Emilie que começou!

Aíme — Fechem a matraca vocês duas! — Olhou para os dois garotos. — Se troquem a gente vai no sítio visitar a vovó Margô. — Saiu do quarto com as duas meninas.

Itachi — Vovó Margô?

Kisame — É a minha vó materna, ela é bem legal apesar de ter uns parafusos a menos as vezes, mas você vai gostar dela. Você tem roupa para por?

Itachi — Eu coloco a que eu vim ontem

Kisame — Tudo bem então.

A dupla foi se trocar, enquanto isso as meninas também se arrumavam e Emilie foi mandar mensagem para William se aprontar, e até disse a roupa pois iria combinando com ele. Algum tempo depois o grupo já estava na estrada e o carro encostou na chácara onde morava William.

Emilie — Desceu vestida como uma completa Agrogirl de chapéu de cowboy e tudo, caminhou até i interfone no enorme portão e o apertou logo ouvindo a voz de uma mulher.

Helena — Alô!

Emilie — Oie tia Helena é a Emilie, o William já está pronto?

Helena — Oiee princesa, ele já vai descer. — Desligou o interfone e foi chamar o garoto que logo desceu com seu típico traje de Agroboy xadrez de vermelho e preto combinando com Emilie.

William — Bom dia minha dama! — Beijou a mão da garota.

Emilie — Sorriu. — Bom dia William! Como eu estou? — Deu uma viradinha para o garoto ver sua roupa.

William — Linda como sempre. — Esticou o braço para a garota que passou o braço por ele e seguiram para o carro.

Amélia — Olha como eles são bonitinhos... Aiii eu sou a fã número um desse casalzinho lindo.  — Pegou seu celular e colocou o rosto para a fora do carro. — Deem um sorriso crianças. — Bateu uma foto assim que os dois sorriram e guardou a foto em sua pasta.

Itachi — Observou as duas crianças entrarem e se sentarem ao seu lado. — Você tem uma pasta de foto só deles Amélia?

Amélia — É claro! Eles são as coisinhas mais fofas, vai passando as fotos ai. — Do banco da frente passou o celular para o garoto que foi vendo as fotos uma a uma.

Longos minutos de concreto depois o carro entrou em uma estrada de terra vermelha e logo avistaram a placa do enorme sítio que dizia "Bem vindo a fazenda diamante". Aíme buzinou e logo Vanessa saiu para fora da casa.

Vanessa — Achei que não vinham mais!

Emilie — Desceu do carro e correu até a mulher.OIEE TIAAA!

Vanessa — Pegou a garota no colo. — Oie minha linda

Emilie — Olha a minha roupa.

Vanessa — Eu vi você está linda de Agrogirl. — Desceu a menina no chão.

William — Foi até as duas e puxou a aba do chapéu para cumprimentar Vanessa. — Bom dia senhorita Vanessa.

Vanessa — Sorriu. — Bom dia mine cowboy, olha só vocês estão combinando que gracinha.

Emilie — A vovó está?

Vanessa — Lá na varanda na cadeira de balanço dela.

Emilie — Pego na mão do garoto e o levou até a varanda da casa — Oiie vovó. — Correu um pouco e abraçou a mais velha.

Margô — Oiee minha florzinha! — Pegou a garota e a sentou em seu colo. — Pede benção para a vó.

Emilie — Benção vó!

Margô — Deus te abençoe. — Colocou a mão no bolso do avental e tirou cem reais de lá. — Aqui a vó vai te dar de presente mas não deixa a sua mãe ver.

Emilie — Riu. — Obrigada vó! — Guardou o dinheiro no bolso da camiseta xadrez que usava e saiu do colo da mulher.

Margô — Olhou para William. — E quem é esse mocinho bonito?

William — Tirou seu chapéu comprimento Margô. — Bom dia senhorita eu sou o William.

Margô— Você deve ser o namoradinho da Emilie né. Educado e me chamou de senhorita, me senti jovem, gostei de você rapazinho. — Sorriu e afagou os cabelos do garoto.

Um outro carro chegou na fazenda e uma mulher bem conhecida desceu já reclamando.

Regina — Argh! Olha só todo esse barro que coisa mais nojenta! Certeza que tem cocô de vaca nesse chão eca!

Aíme — Com nojo do cocô das suas parentes Regina? — Perguntou debochada.

Regina — Revirou os olhos e forçou um sorriso simpático. — Oie Aíme...

Marina — Desceu do carro correndo e espirrou lama em sua mãe que quase teve um treco. TIA AÍME!! Abraçou a mulher.

Aíme — Oie baixinha! — Afagou o cabelo da menina. — Você também veio de Agrogirl?

Marina — Aham, a Emilie me mandou mensagem falando que estava vindo e que era para eu vir vestida assim só que de preto e branco.

Aíme — Entendi, ela está lá na varanda com a vó Margô e o William.

Marina — Caminhou até a varanda da casa. — Bom dia gente!

William — Puxou a aba do chapéu.

Emilie — Oiee irmãzinha! — Cumprimentou a menina com dois beijinhos na bochecha.

Margô — Oiee minha linda, vem aqui pedir benção também.

Marina — Foi até a mulher e beijou seu rosto. — Benção vó Margô!

Margô — Deus te abençoe querida!

Emilie — Vovó você sabe se a Melissa veio ver os avós?

Margô — Acho que sim, se ela veio deve estar lá no pasto dos cavalos.

A garota agradeceu e correu até o pasto do cavalos sendo seguida por William e Marina.

Melissa — Estava sentada em cima da cerca no pasto dos cavalos.

Emilie/ Marina — MELISSA!!

Melissa — Abriu um sorriso e desceu da cerca para correr até as amigas e abraça-las. — Oiee meninas, amei a roupa.

Emilie/Marina — Obrigada!

Melissa — Notou William ali. — Quem é?

Marina — É o namoradinho da Milie.

Emilie — Puxou o garoto para perto. — Mel esse é o William! William essa é a Mel melhor amiga minha e da Nina.

William — Prazer Melissa! — Puxou a aba do chapéu.

Melissa — Igualmente William, e pode me chamar de Mel, todo mundo me chama assim.

Marina — Se pendurou na Cerca quando ouviu um relincho e barulho de cavalo se aproximando.

Emilie — Eu conheço o relincho desse cavalo, aii por favor não me diga que...

Melissa — Sim o Piter também veio.

William — Quem é Piter?

Emilie — É o irmão gêmeo da Mel, eles tem a sua idade, o nome dele é Pedro mas todo mundo chama ele de Piter. — Os três subiram na cerca e ouviram a abertura do rei do gado começar.

William — Oxi de onde tá saindo esse som? Nem tá na hora de começar nenhuma novela.

Emilie — É a caixinha de som do Piter, vai começar o showzinho brega dele...

Nisso o cavalo chegou correndo e pulando no pasto carregando um garoto loiro em cima com roupas de cowboy, o menino ainda fez questão de fazer alguns truques com o cavalo antes de parar a música descer do cavalo e se aproximar da cerca.

Piter — Bom dia irmãzinha! — Puxou a aba do chapéu cumprimentando a irmã.

Melissa — Você tem mesmo que fazer isso toda vez que a Emilie vem aqui?

Piter — Ahh você me conhece, só quero animar a visita. — Olhou para Marina, puxou a aba do chapéu e sorriu. — Bom dia Nina!

Marina — Suspirou e sorriu toda derretida. — Bom dia Piter.

Piter — E por último e não menos importante. — Tirou uma rosa branca da camiseta e foi até Emilie que tentava se esconder. — Bom dia linda dama!

Como sempre Emilie revirou os olhos e forçou um sorriso amigável enquanto como sempre Melissa consolava Marina que ficava com uma carinha triste.

Emilie — Bom dia Piter...

Piter — Como toda a vez eu lhe trouxe uma rosa branca. — Sorriu e esticou a flor para a garota.

Emilie — E como toda vez eu vou recusar. — Empurrou levemente a flor com a mão.

Piter — E como toda a vez eu insisto. — Esticou a flor denovo que foi empurrada por William dessa vez.

William — Como ela já disse, ela não quer. — Olhou feio para o garoto.

Piter — Encarou o garoto de baixo para cima. — E você quem é?

Melissa — Esse é o Wiliam, namoradinho da Emilie.

Piter — Olhou para a garota. — Que história é essa? Não é verdade né Emilie, seu coração pertencem a mim né? — Pegou a mão da garota.

Emilie — Nos seus sonhos né.

William — Puxou a mão da garota para si encarando o garoto de baixo para cima. — E nos meus piores pesadelos.

Os garotos se fuzilaram com ódio no olhar e Melissa pulou a cerca e entrou na frente dos dois garotos antes que William também pulasse e batesse no loiro.

Melissa — Er... Porque você não dá a flor para a Marina como faz toda a vez e nós vamos ver os bezerros que nasceram

Piter — Está certo... — Foi até Marina e lhe ofereceu a rosa. — Aqui Nina.

Marina — Queria não aceitar mas como sempre pegou a flor nas mãos e sorriu a cheirando em seguida. — Obrigada Piter...

Com o incidente da flor resolvido os demais pularam para dentro do pasto e Melissa os guiou até o curral onde estavam os bezerros e eles se penduraram na grade.

Emilie — Itii modeuso.

Marina — Aiii que coisinhas mais fofas.

Emilie — William eu quero ter um desses na nossa futura casa

William — Claro minha dama!

Piter — Revirou os olhos. — Eu posso te comprar milhares desses bezerros fofos Emilie.

Emilie — Não obrigada eu só quero um e o William já vai me dar.

William — Mostrou a língua para o garoto loiro que cruzou os braços e fez cara feia.

Marina — Eu aceitaria se você me desse um bezerro Piter.

Piter — É mais eu não ofereci para você Marina.

Marina — Virou o rosto triste. — Ohh tudo bem desculpe...

Emilie — Não fala assim com a minha irmã seu loiro aguado! — Juntou o garoto pelo colarinho da camisa e nesse momento ouviram um mugido alto e um peão voando longe.

Pião — AHHHHH FUJAM PARA AS COLINAS!!

As crianças correram para a porta do curral para olhar oque estava acontecendo. Na fazenda havia um boi nelore preto chamado acarajé, ninguém conseguia montar esse boi, acontece que um dos peões que se dizia o invencível tentou monta-lo e foi arremessado com força para a pilha de feno.

Piter — Arregalou os olhos.AHHHHH É O ACARAJÉ SALVE SE QUEM PUDER!!

Ele e as garotas subiram nas cercas de ferro do curral e William ficou encarando os peões com fúria.

William — Estão fazendo tudo errado! — Se aproximou do boi com cuidado e pegou uma espiga de milho no caminho. — Oie garotão! Está tudo bem calma. — O boi mugiu. — Eu sei eu sei! Vem cá garoto. — Puxou o boi com calma pelo chifre e lhe ofereceu o milho, o animal ficou um pouco mais calmo e pegou o alimento com a boca com dificuldade.

O garoto tirou o freio do rosto do animal que pode comer livremente e em seguida lhe tirou a sela que estava muito apertada.

William — Tadinho de você né bem? Queria ver se eles iriam gostar de ficar com a boca amarrada eu uma cela apertada enquanto alguém subia nas suas costas. — O animal mugiu e lhe lambeu. — Ahhh deixa disso. — O boi se abaixou no chão e mugiu para o garoto. — Quer que eu suba em você? — Mugiu novamente. — Ok sem cela dessa vez garoto. — Sentou nas costas do animal e segurou no cupim a sua frente, o animal se levantou e saiu calmamente passando perto do peão que estava na pilha de feno.

Peão — Estava indignado e com o ego ferido. — Mas como?

William — Você é fraco, lhe falta empatia com os animais. — O boi seguiu até o curral onde estava sua água.

Melissa — Tinha descido da grade junto com Emilie e estava balançando o chapéu no ar em festejo.BOA WILLIAM!!

Emilie — Também balançando o chapéu.ESSE É O MEU PEÃO!!

Piter — Se mordendo de inveja. — Não sei que graça tem, só porque ele montou um boi bravo virou um peão profissional. Você não acha ridículo Marina? — Silêncio. — Marina? — Procurou a menina que já não estava mais ali ao seu lado.

Marina — BOA CUNHADINHO!! Balançou o chapéu.

Piter — Fechou a cara e virou o rosto cruzando os braços.


As garotas ainda fizeram carinho no boi, de lá do curral viram os familiares de Emilie chegando e logo sentiram o cheiro do churrasco. O grupo desceu em direção a casa para ir comer carne.

Emilie — Lembrou do pomar perto do açude. — Eii gente vamos comer carne e depois pedir algumas cestas para a vó Margô para pegar frutas no pomar?

Os outros concordaram e foram até a casa. Após comerem um pouco de churrasco pediram as cestas e subiram até o pomar.

William — Abriu a porteira e as meninas entraram. — Fecha a porteira tá Piter. — Soltou a porteira na mão do garoto.

Piter — Fechou o portão ainda emburrado.

Emilie — Correu até o pé de mexerica. — William! Me ajuda a subir aqui por favor.

William — Deu pezinho com a mão e ajudou a menina a subir e ficou segurando a cesta.

Emilie — Foi colocando as mexericas na cesta.

Piter hm— Ficou olhando de braços cruzados. — (Eu nem tive tempo de oferecer ajuda).

Marina — Eii Piter você pode me ajudar a subir na macieira e segura a cesta para mim?

Piter — Nem olhou para ela. — Claro! Claro!

Marina — Sorriu toda feliz. — Só vamos esperar a Melissa pegar primeiro.

Emilie — Foi descer da árvore.

Piter — Abriu um sorriso.

Marina — Viu a garota de duas tranças descer da árvore. — Pronto Piter a Mel desceu vam...

Piter — Agora não dá Marina. EMILIE EU TE AJUDO A DESCER. Correu até a árvore de mexerica.

Marina — Mas você ia me ajudar...

Melissa — Balançou a cabeça reprovando as ações do irmão. — Não liga para ele Nina, vem eu te ajudo com as maçãs. — Pegou a cesta e segurou na mão da garota a levando até a macieira.

William — Revirou os olhos. — (Que garoto chato).

Emilie — Não precisa Piter o William pode me ajudar.

Piter — Mas ele está segurando as duas cestas.

William hm— Sorriu maléfico. — Não seja por isso! — Enfiou as duas cestas no garoto e esticou as mãos pegando Emilie no colo e a colocou no chão.

Piter — Fechou a cara denovo.

Emilie — Pegou a sua cesta. — Valeu por segurar Piter. — Saiu andando indo pegar amoras.

William — Pegou sua cesta também. — É valeu Piter. — Deu um tapinha no ombrinho do loiro.

Piter — Bufou irritado.

Melissa — Segurando a cesta enquanto Marina colocava as maçãs na cesta. — Marina.

Marina — Hum?

Melissa — Porque você dá tanta bola para o meu irmão?

Marina — Como assim?

Melissa — As vezes ele te trata mal ou te deixa de lado por causa da Emilie, que sempre deixou explícito que não gosta dele.

Marina — É que eu gosto dele sabe, mesmo que ele seja rude as vezes.

Melissa — Amiga, acorda vai viver! Você é tão bonita, tão legal, tenho certeza que um dia vai arrumar um peãozinho super gente boa! Não fica se diminuindo por causa do traste do meu irmão não. — Viu que a garota ficou quieta e se lembrou de quando a garota lhe mostrou um caderno onde guardava todas as flores que Piter deu para ela porque Emilie recusou. Suspirou e sorriu. — Acho que não vai adiantar eu falar né, você gosta muito dele né?

Marina — Lhe olhou com um sorriso triste. — Eu já terminei.

Melissa — Ajudou a amiga a descer da árvore. — (Isso não está certo, ela devia dar uma dura nele.)


Marina — Saiu caminhando acompanhada pela amiga.

Piter — Olhou para a Marina e correu para pegar sua cesta e tentar fazer ciúmes em Emilie. — Deixa que eu carrego sua cesta Marina.

Marina — Puxou a cesta para o outro lado. — Não precisa a cesta está leve.

Piter — Mesmo assim eu quero levar.

Marina — Ficou surdo? Já disse que não quero a sua ajuda, vai oferecer sua ajuda para a Emilie você não ficou a manhã toda atrás dela? — Falou irritada e saiu pisando duro.

Piter — Ficou sem entender nada. — Mas ela tinha me pedido ajuda antes? Porque ela não quis agora?

Melissa — Porque você largou ela e foi oferecer ajuda para a Emilie seu tapado! — Deu um tapa na nuca do irmão.

Piter — Aiiie. — Esfregou a nuca.


As crianças pegaram mais algumas frutas e voltaram para a casa.

Margô — Ficou olhando as crianças colocando as frutas na cozinha e notou que Marina entrou e saiu da cozinha quieta. — Emilie vem cá. Aconteceu alguma coisa com a sua irmã lá no pomar?

Emilie — Não que eu tenha visto vovó porque?

Margô — É porque ela entrou e saiu muito quieta, e ela fala mais que papagaio de pirata.

Melissa — Guardou as frutas e quando saiu ouviu a conversa. — Ela está chateada por meu irmão fez merda denovo.

Margô — Mas oque ele fez?

Melissa — A Marina gosta dele, só que ele gosta da Emilie.

Emilie — E dele eu quero distância.

Melissa — Ai lá no pomar o William ajudou a Emilie a subir na árvore, e a Marina pediu ajuda para o Piter para ela subir na árvore também, mas dia quando ele viu que a Emilie ia descer dispensou a Marina e foi correndo oferecer ajuda para a Emilie.

Margô — Apoiou a mão no rosto. — Ohh meu deus...

Emilie — Eu nem sei porque ele cismou em gostar de mim viu.

De repente Marina veio correndo.

Marina — GENTE O WILLIAM E O PITER ESTÃO BRIGANDO LÁ PERTO DO GALINHEIRO!!

Correram lá fora, a maior parte dos parentes para atiçar a briga, quem separou as duas crianças foi Kisame.

William — SEU AGROBOYZINHO MIMADO! TE MANCA DE PERTO DA MINHA FUTURA ESPOSA!!

Piter — QUE SUA OQUE! ELA GOSTA DE MIM!

William — NOS SEUS SONHOA NÉ SEU GADO!

Kisame — CHEGA VOCÊS DOIS! NENHUM DOS DOIS TEM IDADE PARA BRIGAR OU MUITO MENOS NAMORAR!

Emilie — Chegou lá com Melissa e agarrou a orelha de William e a outra vez o mesmo com o irmão. — Oque deu em vocês em?

Melissa — Certeza que foi você que provocou né Piter?

Piter — Eu nada! Ele que é iludido a Emilie gosta de mim!

Emilie — Desde quando seu oxigenado?

Piter — Você sempre me manda um monte de cartões de São Valentim!

Emilie — É oque?

Piter — Mostrou um dos cartões que sempre carregava no bolso.

Emilie — Olhou o cartão. — Piter essa não é a minha letra, é a letra da... — Ficou surpresa e olhou para a irmã igualmente a todos que queriam saber para quem ela olhou, a menina saiu correndo e chorando porque se sentiu culpada por toda aquela confusão.

Regina — Bufou. — Está vendo Jhonatan? Se a gente tivesse ido para a casa da minha mãe em Nova York ao invés de vir aqui nesse sitiozinho ver a família da sua ex a Marina não estaria chorando.

Jhonatan — Aii sinceramente Regina, Cala a boca! Pare de culpar a Aíme ou a família dela por tudo que acontece com a Marina ou com você. — Tentou ir atrás da filha mas não a alcançou.

Com os dois garotos separados os familiares voltaram para dentro e os que ficaram resolveram dar um tempo para Marina ficar sozinha.

Piter — Sentado na cerca de madeira junto com a irmã enquanto esperavam o almoço. — Eu não entendo as garotas.

Melissa — Chupando a mexerica. — Porque?

Piter — Eu comecei a dar bola para a Emilie porque ela começou a escrever bilhetes de São Valentim para mim.

Melissa — A Emilie? Tem certeza?

Piter — Claro! Eu tenho até um aqui guardado. — Entregou o cartão em formato de coração para a irmã.

Melissa — Examinou o bilhete. — Pedro... — Só chamava o garoto pelo nome quando estava brava ou queria conversar sério com ele. — Essa não é a letra da Emilie, é da Marina.

Piter — Oque? A Emilie pediu para a Marina escrever por ela?

Melissa — Aiii pelo amor de deus deixa de ser lesado! — Bateu na nuca do irmão.

Piter — Aiiie... Eu realmente não entendo, garotas são complicadas... E afinal porque a Marina saiu chorando?

Melissa — Aii minha nossa senhora do chá de camomila! Daí me calma para aguentar esse garoto! Escuta bem meu loirinho cacheado, que é lerdo e vive numa casinha a base de mel e pão-de-ló, eu vou explicar de um jeito que você entenda num tópico de dez até um. — O garoto prestou bastante atenção. — 10 - A Emilie revira os olhos quando você faz aquele showzinho com o cavalo porque não gosta gente metida. Já a Marina ri porque acha engraçado os seus truques com o cavalo. 9 - A Emilie não ri das suas piadas extremamente sem graça porque elas não são engraçadas. Já a Marina ri delas porque quer que você fique feliz. 8 - A Emile nunca aceita quando você chama ela para andar de cavalo porque ela não quer passar tempo com você. Já a Marina aceita porque ela gosta de passar tempo com você. 7 - A Emilie parou de aceitar sua flores, simplesmente porque ela não quer. Já a Marina as Aceita, porém com um sorriso triste no rosto pois sabe que àquelas flores não foram trazidas para ela. 6 - Quando a Emilie aceitava as suas flores lhes jogava fora depois que morriam, porque não faz sentido guardar flores secas de um garoto que você não gosta. Já a Marina as guarda até hoje dentro de um livro. 5 - A Emilie sem foi sua primeira opção quando se tratava de futura namorada, mas você nunca foi uma opção para a Emilie. Já a Marina era a sua talvez segunda opção, mas você sempre foi a primeira e única opção para ela. 4 - A Emilie sempre torcia para você não a escolher para de quadrilha na escola, eu sei disso porque ela me falava. Já a Marina torcia para você pensar em escolher ela como par de quadrilha na escola, e eu sei disso porque ela também me dizia. 3 - A Emilie nunca te escreveu um cartão de São Valentim. Já a Marina sempre escreveu e nunca assinou o próprio nome, e você sempre achou que eram da Emilie. 2 - A Emilie é uma rainha que já tem seu império. — Apontou para Emilie na varanda da casa que ria de alguma coisa que William contava. — Já a Marina está lá esperando que o seu império acorde e reconheça que ela é sua rainha. — Apontou para Marina um pouco ao longe sentada no balanço pendurado em uma das árvores do pasto enquanto enxugava o rosto cheio de lágrimas. — 1 - A Marina sempre gostou de você. Já a Emilie não. E mesmo com isso evidente quem você escolheu?  — O garoto ficou em silêncio. — Os garotos são realmente complicados né? Nem guardam como é a letra da garota que gostam.

Piter — Essa não é a letra da Emilie né e ela não pediu para a Marina escrever... Caramba eu fui um completo idiota com a Marina.

Melissa — Ahh disso eu já sabia.

Piter — Eu confundi a letra da Emilie com a da Marina e que na verdade a minha dama é a Marina?

Melissa — Não que você é um idiota. — Desceu da cerca devolvendo o cartão para o irmão. — Vai lá recuperar a sua futura dama. — Desceu até a casa.

Piter — Entrou dentro do pasto e foi caminhando até a Marina e quando chegou se apoiou na árvore ao lado da garota e começou a ler o cartão. — Você é o peão que eu mais gosto, é um garoto muito legal, eu amo as suas piadas e  fico adimirada de como você ensinou truques facilmente para o seu cavalo. Espero um dia no futuro poder ser sua dama! Feliz Dia de São Valentim, meu querido pequeno cowboy.

Marina — Deu uma risada entrecortada. — Com você lendo parece tão brega agora... — Limpou o rosto.

Piter — Você não assinou.

Marina — Eu não tive coragem... Eu ia falar mas você chegou em mim primeiro todo feliz porque a Emilie tinha te mandado um bilhete falando que gostava de você, preferi não estragar sua felicidade.

Piter — Suspirou olhando a garota que estava com algumas lágrimas no rosto. — Eu sou um idiota você está chorando por minha causa.

Marina — Não se culpe... Somos jovens demais para isso.

Piter — Pegou um lencinho no bolso e secou os olhos da garota com cuidado e em seguida pegou uma caneta em seu bolso. — Assina para mim.

Marina — Pegou o bilhete e assinou seu nome embaixo.

Piter — Obrigado. — Analisou as letras perfeitamente compatíveis. — Olhando com calma agora eu não sei como fui confundir as suas letras, a da Emilie tem uma letra mais retinha e a sua é curvadinha parece de médica, mas uma médica que escreve bem.

Marina — Riu segurando as cordas do balanço.

Piter — Caminhou até algumas flores e se abaixou ali, as colheu e demorou um pouco até voltar. — Aqui. — Coloco a coroa de flores que montou na cabeça da garota. — Uma coroa para uma futura rainha, minha linda dama.

Marina — Seus olhos brilharam mas fez bico e virou o rosto. — Não tenta me agradar não viu! Vai ser difícil me agradar agora seu mine porte de Agroboy.

Piter — Riu. — Tudo bem eu mereço. — Foi para trás e empurrou o balanço levemente para a garota balançar. — Guarde a coroa de flores, a Melissa falou que você guardou todas as flores que eu te dei.

Marina — Elas não eram para mim.

Piter — Daqui para a frente vão ser minha futura dama.

Marina — Convencido.

Piter — Sou sim obrigado!

Os dois riram e o loiro continuou balançando a menina.

Itachi — Sentado na varanda com a cabeça no rosto de Kisame. — Que confusão essa agora pouco em.

Kisame — Essa geração está difícil viu, corpo de nove/dez e mente de dezesseis/dezessete. — Suspirou cansado e Itachi riu.

Itachi — Nós ainda vamos no casamento dessas crianças.

Kisame — Casamento... Aquele William que fique de gracinha com a minha irmã. — Itachi riu. — Eu vou lá ver se o almoço já está pronto. — Entrou.

Itachi — Ficou ali olhando as crianças, guardou em sua memória, ainda iria ver aqueles futuros casais subindo no altar.








































Continua.

Notas finais: Chegamos ao fim do capítulo viajante! Perdão por não postar mais cedo eu cheguei tarde em casa. Enfim beijinhos de luz e até logo!

Shark um amor aquáticoOnde histórias criam vida. Descubra agora