Onde Sophia, irmã do Jotapê, que assim como o irmão é apaixonada em batalhas e sempre foi muito próxima de todos os amigos do irmão principalmente do Apollo que a via como uma irmã, Sophia sempre sentiu atração por Apollo, porém se forçou a esquecer...
Olhei ansiosa pela vigésima vez em meu relógio, na esperança de ter dado a hora de ir para casa. Fazem dois meses que não vejo meus amigos; a minha mãe e meu pai me adotaram quando eu ainda era um bebê, eles já tinham o Jota quando me adotaram, e ele virou meu irmão e também melhor amigo. Nossos pais sempre apoiaram meus sonhos e os do Jota, eu sempre o acompanhei nas batalhas, sendo assim, conheço vários MCs e tenho amizade com a maioria deles.
Há dois meses, meus pais decidiram fazer uma "viagem em família", digamos assim, entre eu, Jota, Kakau, e eles dois. Sendo assim, não vejo ninguém há muito tempo. Hoje é o dia de irmos para casa, não contamos para ninguém da nossa volta, seria surpresa; estava nervosa com muita saudade dos meus "irmãos", e como hoje eles marcaram de se encontrar numa das nossas lanchonetes favoritas para matar a saudade, já aproveitamos.
-Dá para ver que está ansiosa de longe! - o Jota falou rindo, e eu mostrei a língua para ele.
-Duas crianças - nossa mãe falou, e nós rimos.
-Estou ansiosa para ver todos, muito tempo que não vejo eles, saudades - falei e vi o Jota concordar.
-Mas as férias valeram a pena, inesquecível a queda que você tomou - falou e riu, me fazendo fechar a cara.
-Vai para a merda! - disse brava.
-Olha a boca! - meu pai me repreendeu.
-Mas pai, ele começou - disse e ouvi a Kakau rir com o Jota.
-Vocês dois brigam muito - ele voltou a falar.
-Beleza Kakau, achei que você era minha amiga, é assim mesmo - fiz drama, e ela riu.
-Não me meta nessa história não - disse ela, e eu balancei a cabeça negando.
Depois de um tempo, meu pai nos chamou para ir para casa, ainda estava cedo e era provável que só chegássemos à noite, sem dúvidas eu ia dormir.
(Quebra de tempo)
Como previsto, chegamos à noite, eram 18:30 mais ou menos, dormi o caminho todo praticamente, só acordei para comer e ir ao banheiro.
Assim que entrei em casa, fui para o quarto tomar banho e me arrumar para ir à lanchonete. Lavei meu cabelo e finalizei no banheiro mesmo, enquanto ouvia música. Separei uma camisa do Corinthians, calça cargo preta e um tênis branco nos pés, pus uma argola pequena e meu cordão de estrela no pescoço.
Já estava pronta, eu acho. Passei um perfume doce e desodorante, no rosto passei um rímel e um gloss apenas e fui para a sala quando estava pronta para esperar pelo Jota. Uns 15/20 minutos depois, ele apareceu, com uma camisa do Corinthians igual a minha, uma calça bege e um tênis branco.
Nós saímos de casa para ir à lanchonete onde o pessoal está. Quando chegamos, vi um grupo com umas 7 cabeças conversando, conforme a gente se aproximava, a voz deles ficava mais alta.
-Oi gente! - falei assim que estava perto deles, e vi vários olhares surpresos sobre nós.
-Caralho, neguinha é tu mesmo? - ouvi o Barreto dizer e fui abraçá-los rindo.
-Eu mesma, girassol - falei assim que o abracei.
-Nem pra falar que viriam hoje né? - Breno disse, e nós rimos.
-queriamos fazer surpresa - o Jota falou.
-Muito bom ter vocês aqui, agora nosso trio está completo - Guri falou, se referindo a mim, ele e o Barreto.
-sim, e voltei com muita coisa pra contar - eles me olharam, e eu assenti.
-E a gente também tem - o Guri concordou com o Barreto.
-Onde os outros estão? - Jota perguntou, dando falta de alguns, já que só estava: o Breno, Guri, Barreto, Magrão, Lili, Maria e a Sofia.
-Tem alguns lá dentro e uns não chegaram ainda - Sofia falou e nós assentimos.
-Nós vamos entrar, alguém vem? - a Lili perguntou.
-Eu vou - falei, e eu, a Lili, a Maria e a Sofia fomos para dentro da lanchonete.
-Assim que entramos, vi o Schuler, a Lele e o Lino. Falei com os três e sentei do lado do Lino.
-Como convenceu sua mãe a deixar você vir? - perguntei a ele.
-Fiz muita coisa pra convencer ela - eu ri dele.
-Cadê o Tavin? - perguntei.
-Deve tá chegando aí - deu de ombros.
Eu e o Lino ficamos conversando enquanto o pessoal não chegava para passar o tempo. Uns minutos depois, os meninos que estavam lá fora entraram, e ficamos esperando os que não tinham chegado.
Nós fizemos nosso pedido e ficamos conversando, afinal, pelo tempo que estávamos sem nos ver, tínhamos muito o que falar. Vi a porta da lanchonete abrir e direcionei minha atenção a ele, que entrava pelo estabelecimento com um perfume gostoso e um sorriso de fuder no rosto. Apollo, esse menino consegue prender minha atenção e me deixar desnorteada com apenas duas palavras.
Apollo e Tavin cumprimentaram todos que estavam ali, mas o Apollo não falou comigo. Veio até mim, me abraçou e deu um beijo em meu pescoço, me fazendo arrepiar. Nós fizemos nossos pedidos e esperamos, ficamos conversando sobre algumas coisas que fizemos pelo tempo que estávamos sem nos ver, eu sentia o olhar de Apollo sobre mim, mas ignorava e fingia não reparar.
Depois que nosso pedido chegou, nós comemos e ficamos conversando por um longo tempo. Meu pai mandou mensagem pra saber que horas queria que ele fosse nos buscar, e eu avisei que podia ir já.
-Jota - chamei ele, que me encarou - o pai tá vindo nos buscar - ele me encarou.
-Já? - ele perguntou, e eu assenti.
-Sim, deve tá chegando já - ele concordou, e eu me levantei para me despedir de todos.
Fui para o lado de fora e vi o Jota saindo com o Apollo e o Lino, encarei sem entender.
-Vamos dar carona para eles - assenti e vi o carro do meu pai se aproximar, o Jota foi na frente, ou seja, vou lá atrás com os meninos...
Continua
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