XIV

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Sophia pov's


Jotapê: Guri
Barreto Sophia

Assim que o tio Bob anunciou o Guri, eu vi que estava ferrada. Ele veio até o "palco" e me cumprimentou com um abraço. Ele ia começar atacando, e eu responderia. Senti um nervoso que eu nem sei explicar. Olhei para o Jota, que estava sorrindo para mim e me encorajando. Os meninos sorriam para mim, em uma forma de apoio.

Soltaram o beat, e eu me animei por ser um dos beats que eu mais gosto. O Guri começou a "dançar", e eu junto dele nos divertindo. Já sabia que não ia ganhar, mas não acabou, então eu vou ir, vou tentar fazer dar certo.

Quando o Bob anunciou que eu havia ganhado do Guri, ouvi várias vaias e pessoas dizendo que eu ganhei roubado, me xingando de tudo quanto é nome. Me senti muito mal em ouvir aquelas coisas. O Guri me abraçou e disse que eu mereci, mas só consegui ouvir os gritos que estavam sendo direcionados a mim. Um aperto se fez presente em meu peito e uma vontade de chorar.

Eu estava na final, ia rimar contra o Brennuz. Não estava animada para batalhar, mas não ia desistir, iria rimar mesmo não estando muito bem. Meus amigos me incentivaram e disseram para que eu não desistisse e falaram que eu iria ganhar e muitas outras coisas positivas. Voltei para o "palco" depois de receber um abraço apertado do meu irmão, cumprimentei o Breno com um abraço, e ele começou a batalha.

[...]

Não consegui ganhar do Breno. Estava feliz por ele. É aquilo, entre irmãos não existe inveja!! Abracei ele e dei os parabéns. Fui para onde meu irmão estava e senti o braço dele me rodeando. Passei o braço na cintura dele e sorri. Apollo veio até mim e me abraçou.

- Sinto muito por isso, mas não liga não, você é foda. Tenho orgulho de você, linda - sorri pra ele e o abracei.

- Obrigada! - falei, sentindo minha voz falhando.

- Quer ir pra casa? - meu irmão perguntou, e eu concordei.

- Vou pedir um carro pra mim - falei, pegando meu celular.

- Eu vou com você - meu irmão falou, e o Apollo disse que ia junto.

- Não precisam ir não, fiquem aqui, eu vou sozinha - falei, mas eles negaram.

- Tá ficando doida de ir pra casa sozinha? - meu irmão perguntou.

- Ele está certo, nós vamos com você. E se você quiser, Jota, eu vou com ela. Pode ficar aqui - Apollo falou, mas meu irmão negou.

- Eu vou com vocês - ele falou, e eu chamei um uber.

Vi o Barreto e o Guri vindo até nós.

- Vão pra mansão? - o Guri perguntou, e nós confirmamos.

- A gente vai com vocês então - Barreto disse, e eu assenti.

- Alguém vai ter que ir no colo do outro - eu falei. - O carro é de 5 lugares - eu sorri pra eles.

- Eu vou no seu colo - o Barreto falou pra mim, e eu concordei.

O carro chegou, e nós entramos. Eu e o Barreto fomos no banco de trás, na ponta, o Guri do nosso lado e o Apollo na outra ponta. Meu irmão foi lá na frente com o motorista.

Quando chegamos na casa, eu corri pro quarto, separei minha roupa e fui tomar um banho. Me permiti chorar. Me sentei no chão, sentindo a água cair sobre meu corpo nu. Fazia tempo que eu não chorava tanto assim. Então o choro que estava acumulado eu estava pondo pra fora naquele momento. Sempre fiz isso de guardar as angústias, meus medos e pensamentos, e nesse momento os pensamentos negativos estavam se fazendo presentes. A vontade de parar de batalhar de novo se fez presente. Nunca imaginei que assim que eu voltasse a rimar iriam me por pra baixo de cachorro. O que as pessoas falavam sobre mim não saía da minha cabeça. Tá aí uma coisa que eu não ia esquecer tão cedo. Não percebi, mas chorei tanto que me doía. Meu peito ardia, uma sensação inexplicável. Quase fiquei desidratada de tanto que chorei. Me levantei sem um pingo de coragem e tomei meu banho. Me vesti e parei de frente pro espelho. Quando vi meu reflexo não gostei nada da visão que tive. Meu rosto estava inchado, meus olhos vermelhados. Parecia que eu tinha usado alguma droga. Minha garganta estava seca. Certamente eu estava precisando de água. Saí do banheiro sem um pingo de coragem e deitei na cama, sentindo um nó se formando na minha garganta. Vi meu irmão e os meninos entrando no quarto, me encararam preocupados e vieram até mim. Apollo me abraçou. Não hesitei em retribuir. Me permiti a chorar novamente. Ele acariciou meu cabelo e me deu um beijo no pescoço, em forma de carinho.

Os meninos ficaram ali comigo, me acalmando e me distraindo. Estava deitada no braço do meu irmão, o Apollo está do meu outro lado, e o Guri e o Barreto estavam na minha frente.

- Mancada o que fizeram com você, você é foda!! - Guri falou com entusiasmo.

- É verdade, você é incrível - Barreto falou.

- Obrigada, meninos, vocês que são incríveis - sorri fraco para eles, que tinham um sorriso simples no rosto.

- Tenta dormir, você precisa descansar - meu irmão falou.

- Ele está certo, a gente vai deixar você sozinha - Guri falou.

- Na verdade... - falei, e eles pararam. - Apollo, pode ficar comigo? - pedi e vi meu irmão franzir o cenho.

- Posso sim - ele voltou para o meu lado.

Meu irmão e os meninos me deram um beijo na testa e saíram me desejando boa noite. Apollo estava deitado ao meu lado, me puxou para o seu peito e começou a fazer carinho no meu cabelo. Com o carinho dele, foi fácil eu adormecer. Meus problemas foram esquecidos com as carícias dele.

 Meus problemas foram esquecidos com as carícias dele

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Minha Dama- Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora