40. Céu

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307 Depois da Conquista

Sansa ordenou ao meistre do castelo que tirasse o máximo possível de pessoas de dentro do castelo, então ela pegou a carta de Maegon, assim como a espada dele e, ao lado de Jon, foi para os portões. Jon não sabia se estava mais relutante pelo perigo, ou ansioso para saber se veria Daenerys ali, embora apenas o dragão de Daevon tenha sido visto.

Os portões se abriram lentamente, Daevon estava a frente do exército, com seu enorme dragão ao lado, eles estavam a uma certa distância. Com seus próprios guardas envolta, Sansa e Jon se aproximaram. Daevon deu um sorriso sombrio quando olhou para Jon, fazendo o homem se arrepiar. Sansa olhou para o alto, em busca de outros dragões, mas o céu estava nublado e escuro.

Jon desviou seu olhar para Verme Cinzento, ao lado de Daevon, que o olhava mortalmente. Como se fosse jogar a sua lança e empalar Jon. Não podia culpar o Imaculado.

- Daevon - Sansa cumprimentou, em tom calmo. - Sei porque está aqui.

- Eu quero o corpo do meu irmão - decretou. - O lugar dele é em Pedra do Dragão.

- Eu imaginei - concordou com a cabeça e deu sinal para seus homens trazerem o corpo do Targaryen. - Ele deixou isso. - mostrou a carta, e a deu para um de seus guardas entregar ao garoto.

Daevon analisou a carta, sem lê-la realmente, ele sorriu minimamente ao olhar para Sansa, mas seus olhos ainda eram sombrios.

- O que é isso?

- Seu irmão escreveu essa carta e se suicidou logo depois.

- Suicidio?! - ele quase riu. - Está tentando se livrar da culpa?

- Eu não o matei.

Daevon respirou fundo, seu dragão, sentindo a inquietação de seu montador, se aproximou. O garoto tinha lágrimas de raiva nos olhos quando ergueu o olhar novamente.

- Está em alto valiriano - Sansa pontuou. - Como poderia ser falsa?

- Não somos os únicos falantes de valiriano no mundo.

- Leia a carta! Eu não o matei.

Daevon cedeu, passou longos minutos lendo as últimas palavras de seu irmão mais novo, naquelas palavras ele encontrou os sentimentos e memórias de Maegon, coisas que somente ele poderia saber. Aquilo não ajudou Sansa, Daevon quase tremia quando encarou a Stark

Quatro homens passaram pelos portões, com um caixão feito com o corpo de Maegon junto. Um silêncio ensurdecedor tomou a todos enquanto o caixão era depositado no chão pelos nortenhos e os carregado novamente pelos Imaculados. Daevon não desviou os olhos do caixão um segundo sequer. Ele ordenou que o corpo fosse levado para Dragonstone imediatamente.

- Pode ter forçado ele a isso - acusou, quase a xingando. - Ou essa carta pode ser verdadeira. O fato é, que mesmo que você não tenha empurrado meu irmão pela janela ou cortado o pescoço dele, o sangue de Maegon está nas suas mãos. - Daevon se afastou, pegou uma bolsa de pano com um dos Imaculados, e a jogou para Sansa, enquanto outros Imaculados deixavam outro caixão para os Stark. - Pode se dizer o mesmo sobre Arya.

Sansa gritou assustada quando a cabeça de Arya rolou para fora da bolsa, Jon arregalou os olhos, colocando Sansa atrás de si. Chocados, eles encararam os rivais. Ambos os lados apontaram suas armas.

- Você foi avisada - lembrou, tenebroso. - Maegon morre, Arya morre.

Uma lágrima solitária caiu pelo rosto de Sansa. Ela sabia, desde o momento que observou o corpo caído de Maegon, que Arya também já estava morta, mas ver o corpo de sua irmã sem vida foi um dos seus piores momentos na vida. Pior que isso, assim como seu pai e irmão, Arya havia perdido a cabeça. Jon estava pensando na mesma coisa, ele sentiu um impulso absurdo de pegar a espada e cortar a garganta de Daevon, mas sabia que perderia a vida dele e a de Sansa se fizesse isso.

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