22. A Longa Noite (pt1)

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305 depois da conquista

Os Targaryen se entreolharam e deram as mãos, indo para dentro do castelo. Não demorou para a notícia se espalhar. Juntos, os líderes coordenaram os últimos preparos e motivações necessárias, todos a flor da pele. Antes da batalha, realizaram uma reunião.

— Não podemos derrotá-lo em uma luta direta. — Jon disse.

— O que faremos, então? — Jaime questionou.

— O Rei da Noite os fez — ele moveu os ombros. — Seguem o comando dele. Se ele cair, os outros caem.

— ele nunca vai se expor — Jaime rebateu.

— Ele vai sim — Bran Disse. — Ele vem atrás de mim.

— O que ele quer? — Samwell perguntou.

— Uma noite sem fim. Quer apagar este mundo. E eu sou a memória dele.

— A morte é isso […] — Sam disse. — […] Se esquecermos de onde somos e viemos, somos só animais. […]

— Como ele vai achá-lo? — Tyrion perguntou.

— A marca dele está em mim, ele sempre sabe.

— Vamos colocá-lo na cripta onde é mais seguro — Jon tentou decidir.

— Não. Temos que levá-lo a um lugar aberto.

Apesar das relutâncias dos Stark, o plano se formou e era deixar Bran sob os cuidados de Theon e os nascidos de ferro, para atrair o Rei da Noite e matá-lo.

— Dor Daavos pode perfeitamente balançar uma tocha sozinho — Daenerys disse a Tyrion, quando ele disse que ia às ameias. — Vá para a cripta.

— Majestade, eu já lutei antes, posso lutar novamente, assim como os outros.

— Temos milhares deles. Pode não lutar tão bem, mas saber, melhor do que todos, está aqui pela sua mente. Se sobrevivermos, precisarei dela.

— Ele tem um dragão — Adhara relembrou. — E os menores não podem lutar contra Viserion… — ela tomou cuidado, olhando para Daenerys. — Mesmo que não atrapalhássemos, seremos mais úteis queimando os mortos para dar ajuda aos soldados e tempo para matar o Rei da Noite. A brisa de Viserion terá que ser contra Drogon e Rhaegal.

Adhara não queria isso, Rhaenys não queria, Daella não queria, Daevon também não, assim como Maegon, Aerion e Daeren. Todos eles eram muito próximos da Rainha naquela altura e, mesmo ela tentando disfarçar, eles sabiam que Daenerys não estava mentalmente bem. Ter que levar seus filhos para lutar contra seu outro filho só iria ajudar a destruí-la mais um pouco, mas esse era um trabalho que só ela podia fazer.

— Os dragões vão nos dar vantagem. — Daavos disse.

— Se estiverem no campo, não vão proteger o Bran. Precisamos ficar perto — Jon disse.

— Fogo de dragão vai derrotá-lo? — Arya perguntou

— Não sei, ninguém nunca tentou.

— Se o fogo não derrotar, acharemos um jeito — Aerion falou, todo o rancor pela morte do irmão estava de volta, com a chegada do responsável. — Meu irmão está morto por causa dele, vou ser eternamente grato a quem conseguir matar o desgraçado. E não temos outra opção a não ser matá-lo.

Aerion havia pedido para revestir as espadas deles com vídeo de dragão para a luta. Ele estava se preparando para o momento desde que viu um morto pela primeira vez. E seu maior medo era acabar encontrando o irmão morto no meio da batalha.

[…]

O restante da noite foi tenso e movimentado, os Targaryen se reuniram com Jorah, Verme e Missandei por algumas horas, dividindo histórias e tentando se animar. Não eram apenas soldados aliados, se amavam como família. Compartilhavam problemas próximos. Missandei e Verme eram constantemente encarados e os nortenhos se afastavam deles, por uma razão que não entendiam, sem mencionar que, assim como os outros, eles sempre seriam vistos como inimigos.

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