13. "Obrigado, Finn."

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Finney sentia-se bem. Ele havia se resolvido com Robin e agora, durante as duas aulas seguidas de matemática, o convencerá a pedir desculpas ao garoto Yamada no almoço. Robin obviamente protestou até que se cansou e Finney disse que voltaria a não falar com ele quase não o fizesse. Robin optou por pedir desculpas.

Ambos haviam parado no armário do garoto Blake, para que Finney guardasse seus livros durante o período de almoço. Robin nem sequer havia retirado os livros do armário desde que o dia começará. E Finney deu-lhe uma bronca por isso, alegando que ele acabaria reprovando se continuasse daquela maneira, Robin não podia negar que era verdade, mas até mesmo receber uma bronca de Finney era fofo.

— Oi Finney! — disse uma garota de cabelos negros, presos por dois prendedores em duas maria-chiquinha, ela vestia um suéter vermelho e saia preta, possuía um sorriso doce no rosto também. Finney sentiu o coração batendo mais rápido e um arrepio percorrendo seu corpo ao ouvir aquela voz. Robin observou o garoto Blake fechar o armário e virar-se quase de imediato para ela. Robin cruzou os braços e recostou-se no armário ao lado, não sentindo uma sensação muito boa daquela conversa.

Ei Donna. Como você está? — perguntou Finney, com simpatia e educação. Robin até mesmo diria que Finney era o mesmo de sempre, se não fosse pelas bochechas vermelhas e mãos apertando os dedos nas palmas. Robin já havia entendido que aquela era uma válvula de controle para ansiedade de Finney, mas percebia que aquilo o machucava, e não gostava nada daquilo.

— Eu vou bem, e você? Como está indo? Desculpa não ter vindo falar com você antes, é só que...

— Está tudo bem! Eu estou bem, obrigado. Não precisa se preocupar. — respondeu rapidamente o garoto de cachos. Robin cerrou os olhos.

— Quem é está, Finn? — perguntou Robin, interessado no assunto. Ele encarou Finney e o observou ficar pálido. Finney sentiu a maçã que comerá durante a aula querendo voltar para fora.

— Oh...Oi Robin. Robin Arellano, certo? — disse a garota, com seu sorriso doce e olhos brilhantes. Robin sentiu vontade de revirar os olhos, nunca fora muito fã de meninas. Elas sempre foram muito....meninas?

Robin não sabia explicar, a palavra poderia ser estranhas também. Não, espere. Robin não achava as mulheres estranhas. Mas o fato de serem muito femininas, lhe incomodava severamente. Principalmente quando ficavam lhe enviando cartinhas de amor repletas de marcas de beijos e com borrifadas de perfume. Mas o que ele esperava? Mulheres são femininas, certo?

— Correto. Mas você já sabia disso. E você é Donna pelo jeito, certo? — questionou Robin outra vez. Finney estava nervoso e isso não passou despercebido por Arellano. A garota sorriu.

— Correto. Mas você já sabia disso. — respondeu a pergunta de Arellano imitando a frase dita pelo mesmo segundos atrás. Robin não pode deixar de sorrir ladino com a resposta irônica da morena. Ok, talvez está menina fosse uma menina não tão insuportável, aparentemente.

— Da onde são amigos? — questionou o estrangeiro, mais uma vez.

— Somos colegas nas aulas de biologia. — explicou Finney.

— Acho melhor eu ir indo, só queria saber como estava Finney. Te vejo na aula. Tchau Robin. — disse a garota, um pouco incomodada já por estar ali. Segundos depois Donna já havia saído, indo em direção ao seu grupo de amigos. Robin notou o amigo um tanto infeliz agora.

— Ela é simpática. — disse o mexicano, tentando melhorar o clima. Finney não sabia o que dizer. Ele encarou as íris de Robin e suspirou. — Gosta dela?

— O que? — Finney quase gritou. Completamente surpreso pela pergunta.

— Você gosta da Donna, Finn? — Finney ouviu da primeira vez. Mas ficou chocado demais para responder imediatamente. Ele observou Robin sorrir simpaticamente para si, como se lhe desse espaço para contar algo tão pessoal daquele tipo.

𝐁𝐀𝐍𝐃𝐀𝐍𝐀𝐒 𝐀𝐙𝐔𝐈𝐒. ʳⁱⁿⁿᵉʸOnde histórias criam vida. Descubra agora