Victoire sempre disse que os dois últimos anos eram os mais importantes da escola. Os mais trabalhosos, onde eu deveria escolher o que queria fazer do meu futuro e viver tudo como se fosse a última vez que estava acontecendo. Portanto, que eu deveria aproveitar ao máximo tudo que acontecer.
Mas como eu vou aproveitar isso?
Entro correndo no salão comunal, rezando para todos os deuses possíveis para que Teddy (ou qualquer outro) não estivesse ali.
Subo as escadas mais rápido do que imaginava ser possível, pulando dentro do quarto e deixando a porta aberta, desesperada para achar minha caixinha azul. Porque eu fui inventar de esconder elas no malão?
Peguei a varinha, desfazendo o feitiço extensor que tinha na mala e vendo todos os meus pertences pularem para fora, bagunçando todo o chão.
Onde está?
Começo a chorar, sem saber muito bem o que fazer.
- Nicky... - ouço uma voz masculina chamar, em um tom divertido enquanto me assustava.
- James, eu vou te matar! - digo com raiva, puxando ele para dentro do meu quarto e fechando a porta rapidamente.
Ele ri, surpreso com a minha reação. Sinto os olhos esverdeados cravados em minha direção e não faço as contas do porque ele está ali.
Viro de costas, fingindo estar pegando algo na cômoda para ter tempo de secar meus olhos.
- Me matar? Mas você disse que me ama!
Merda.
Não precisei nem virar para saber que James estava segurando a carta que eu escrevi para ele há dois anos atrás.
- E eu cito: "Não sei se foram seus olhos ridiculamente claros, quase angelicais, mas eu me senti especial."
- James, você viu a data na carta, por acaso? - eu disse, ainda com raiva e puxando o envelope de suas mãos. - Dois anos atrás, viu? E pra você saber, nem era para nenhum de vocês ter lido isso. Louis me paga!
- Calma, vocês? Quer dizer que você escreveu mais cartas de amor profundo para outras pessoas? - ele fingiu estar ofendido, colocando a mão no lado esquerdo do peito como se tivesse sido apunhalado e tentando puxar a carta de volta das minhas mãos.
- Viu? Sai daqui James Sirius!
- Foi isso que você quis dizer com "senso de humor nas horas erradas", né? - ele riu, sem se mexer enquanto eu tentava empurrá-lo para fora - Isso foi um gatilho para você voltar a me amar, Nicky?
Peguei minha varinha, apontando diretamente para o seu rosto e tentando manter a expressão mais ameaçadora possível. A diversão que ele estava tendo com tudo aquilo me fazia ficar ainda mais brava e, acima de tudo, envergonhada.
- Cai fora AGORA, James Sirius! Eu eu juro por Merlim que te estuporo e te coloco só de cueca dentro da sala da Minerva! - digo com a voz trêmula, tentando me controlar para não voltar a chorar na frente dele.
- Você não teria coragem.
- Estupefa...
- CALMA DOMINIQUE! - ele gritou, agora sério, colocando as duas mãos em frente ao próprio rosto, em uma tentativa falha de defesa. - Poxa Domi, eu tô só brincando!
Bufei, soltando a varinha e me segurando para não chorar.
Isso não é real. Estou sonhando. Estou no meu quarto e estou sonhando e James está no meu sonho, olhando pra mim sem entender nada. Eu fecho os olhos. Estou sonhando? Isso é real?
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To all the boys i've loved before
FanfictionForam 5 cartas no total. Henry Blackburn da Pré-Escola; Dean Bolden do Acampamento Trouxa; Scorpius Malfoy, do natal em Londres; James Potter, do quarto ano; E Teddy Lupin, o atual namorado da minha irmã. Essa é a história de como eu consegui acaba...