15

172 35 55
                                    


Stella Le’Blanc

A porta se fecha atrás de mim, eu me sento na cadeira, mantendo o meu olhar baixo. Xerife Jensen se senta á minha frente.

— Stella... – ele exita em dizer meu segundo nome – Huntzberger?

Provavelmente se apercebeu que o meu segundo nome é o nome do mesmo homem que eu vim aqui denunciar.

— Le’Blanc. – corrijo.

— Certo. Le’Blanc. – ele pousa as mãos em cima da mesa. – já enviamos viaturas para o local. Em breve tudo vai estar resolvido. Gostaria de explicar o que aconteceu? Ou prefere manter a denúncia anonima?

Eu penso um pouco antes de responder. O silêncio é tão alto que chega a ser desesperador.

— Não. Não quero denunciar anonimamente.

— Certo. Então... Pode começar quando quiser. Se quiser água, algo para beber...

— Não. Não é preciso, obrigada.

Eu inspiro fundo, ainda com o olhar baixo eu brinco com meus dedos.

— Luke Huntzberger é o meu progenitor. Ele nunca foi presente. Esteve preso durante a minha vida quase toda, pelo menos até agora. Ele voltou para casa e eu não estava pronta para vê-lo ainda, então decidi dormir na casa de um amigo meu.

— Pode dizer qual amigo foi esse, Stella? – ele tinha um bloco de notas em sua mão.

— Landon Gordon. – disse, então ele permitiu que eu continuasse – De noite eu decidi ir lá buscar as mesmas coisas, exatamente pelo mesmo motivo que antes: eu não queria vê-lo, então imaginei que a essa hora da noite ele estava dormindo. Um colega meu acabou indo comigo até lá. Mason Thames.

Vejo o xerife escrever algumas coisas em seu bloco de notas. Respiro fundo antes de continuar. A minha pulsação aumenta e as minhas mãos começam a suar.

— Xerife Jensen, será que eu poderia ter a tal água? – sacudo as minhas mãos em baixo da mesa. – Se não for incomodo, claro.

— Não é incomodo, não se preocupe, Stella. Eu sei que é difícil fazer isso, mas você é corajosa.

Sorrio de leve e vejo-o sair da sala. Ligo o celular e vejo uma mensagem de Mason.

«Eles não encontraram ele.»

Franzo a testa sem entender, é então que o xerife entra na sala e me entrega a garrafa de água parecendo nervoso.

— Stella, tudo bem se terminarmos isso mais tarde? Aconteceu... Uma emergência.

Ele abre a porta. Eu saio da sala acompanhada pelo mais velho, que me indica esperar na sala de espera. Assim que chego ao local, encontro algumas pessoas, em específico, uma que eu reconheço imediatamente.

Landon passa as mãos por seu cabelo ruivo, ainda sentado na cadeira. É notável o seu rosto vermelho. Corro até ele, e assim que ele se levanta eu o abraço.

— Ella... – ele murmura.

— Eles não encontraram o Luke?

STYLE - MASON THAMESOnde histórias criam vida. Descubra agora