(ALERTA: Gatilho! Se for sensível pule o capítulo).
Caminho pelo corredor da escola, não prestando atenção em nada que não seja a confusão em minha mente.
Não sei o motivo, mas meus olhos ardem, por isso apresso os passos.
-Geto: Ei, s/n!
Ignoro, quase tropeçando em meus próprios pés. Preciso de silêncio, preciso estar sozinha.
Uma sensação ruim me persegue a um tempo. Não estou amaldiçoada, muito menos cercada de maldições, apenas estou com um pressentimento ruim. E isso me aflige. Essa ansiedade toda fora de contexto. Tudo isso.
Quando alcanço o exterior da escola observo nanami e haibara subirem as escadas que eu estou prestes a descer.
Os dois me olham, e por algum motivo, a ansiedade aumenta. Não consigo olhar para Haibara ultimamente. Ele exala uma pureza e bondade que me ferem, tenho medo do que pode acontecer com alguém tão bom e gentil como ele. Os bons sempre se fodem. E eu não quero isso. Mas não posso evitar o destino.
Corro em direção aos dormitórios, meu coração galopando no peito. Em momentos como esses eu preciso estar sozinha, preciso de silêncio e talvez uma ligação breve com minha mãe.
Alcanço o corredor vazio, desacelerando os passos. As lágrimas já escorrem por meu rosto a medida em que eu tateio meus bolsos atrás das chaves.
-S/n: Céus... o que está havendo...
Tentei encaixar a chave no buraco, tremendo feito uma idiota, até que duas mãos fortes me ajudam.
-Gojo: Se acalme... — ele me abraçava por trás a medida que abria minha porta, entrando junto a mim no quarto. — S/n...
Um soluço escapa de meus lábios, corro para a janela, a abrindo.
-S/n: Desculpe, eu só preciso de ar.
Satoru se aproxima de mim, tirando meu cabelo de meu rosto. Ele passou a mão por minhas costas, preocupado e zeloso.
-Gojo: O que está havendo?
Não consigo responder, estou agitada demais, tudo está muito acelerado por mais parado que esteja.
-S/n: Eu acho que preciso sair do quarto
Ele me segura, apenas me envolvendo em seu abraço. Por um segundo, reparo que aquele era o lugar que eu realmente precisava estar.
Choro sem vergonha. Satoru e eu juramos um ao outro que não esconderíamos nada. Agarro sua blusa, pressionando meu rosto contra seu peito.
-S/n: Eu não sei o que está acontecendo, Satoru. Eu sinto a morte me seguindo, não consigo entender se é a mim ou aos outros que ela quer. Isso está me deixando maluca, eu não quero morrer, não quero que os outros morram! Eu estou me sentindo em pânico e o motivo não me é claro, eu... eu acho que estou louca gojo!
Ele para o carinho em minhas costas, me puxando para minha cama.
-Gojo: Vem cá... — ele bate em suas pernas.
Me sento em seu colo, ainda tremendo agitada. Satoru coloca minhas mãos sobre seus ombros, me olhando com carinho. Ele retira os óculos, colocando as mãos em minha cintura.
-Gojo: Você não está louca. — os dedos dele passaram a acariciar minha cintura — E acho que se preocupar é algo normal, está bem?
Assinto, começando a respirar melhor
-Gojo: Somos feiticeiros jujutsu em treinamento, corremos riscos a todo momento e ter alguém que se preocupe, é sinceramente lindo. Temos de ser frios em relação a morte, ela faz parte de nosso destino e até mesmo de nosso trabalho, meu amor... Você só está ansiosa. Pensamentos intrusivos vem a tona e o pânico faz jus ao nome, mas você não está sozinha... — ele pega uma de minhas mãos, selando a palma dela. — Eu sempre estarei aqui para, e com você. Sempre.
Sem delongas eu o abraço. O choro retorna, mas não tão pesado e apressado como antes, mas sim, leve e agradecido.
-S/n: Obrigada, Satoru... eu te amo.
-Gojo: Não me chamo Satoru, mas também te amo, princesa.
Dou risada. Ele odiava não ser chamado de Príncipe, ou de meu bem, amor, dentre outros apelidos.
-S/n: aí... — ofego, enxugando as lágrimas, voltando a olhar em seus olhos. — Eu realmente te amo!
Ele sorri, e posso dizer que aquilo é minha droga. E eu amo estar viciada nesse sorriso. Nessa pessoa. Em Gojo.
-Gojo: Sabe que eu amo mais.
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Espero que tenham gostado! Pedidos abertos Xoxo, Manu 💙
