(GATILHO) (SPOILERS SOBRE A LUTA DE SATORU GOJO E RYOMEN SUKUNA) _________________________________
-Gojo: Ela deve estar muito triste...
A voz de Satoru soou baixa. Ele se inclinou, colocando as mãos sobre a cabeça, apoiando os cotovelos nas pernas.
-Geto: De fato...
O silêncio foi quebrado pela risada de Riko mais ao fundo.
-Gojo: Ela sentiu sua falta todos os dias, sabia?
Os dois se olharam com carinho e tristeza, mas ambos com um sorriso no rosto.
-Geto: Eu não devia ter deixado vocês. Mas era por um bem maior. Era para que ela e você vivessem bem.
Satoru ajeitou a postura sobre o banco pouco confortável em que dividia com Suguru.
-Gojo: O dia em que te eliminei, ela quis me matar... — ele respirou fundo — Nunca a vi chorar tanto. — ambos se olharam novamente
-Geto: Você fez o certo, Satoru.
-Gojo: É... talvez eu tenha feito. — ele engoliu em seco. — Mas, talvez agora eu tenha ferrado com tudo.
O silêncio que se seguiu pareceu encobrir os dois.
-Gojo: Ela já perdeu o irmão — referiu-se a Haibara, o qual sorria mais ao canto enquanto conversava com nanami — Você... O garoto...
A imagem de Megumi o feriu. Ainda mais quando ele se lembrava de seu rosto assustado encarando o garoto. Você chorou forte, vendo sukuna rir. Ele se lembraria daquilo para sempre.
"-S/n: Eu vou te matar, seu lixo!" O grito sofrido ainda ecoava na mente de Satoru. A forma como o seu corpo tremia em profunda negação.
-Gojo: Megumi foi com toda certeza o estopim para ela... Tsumiki... e agora eu. Chega a ser engraçado o quanto a vida gosta de nos pregar peças... mas ela não merecia isso.
Suguru fechou os olhos, se lembrando de quando Haibara morreu:
"-S/n: Suguru! Me deixe entrar, por favor!
A voz de alguém que chorava o cortou o coração. Nanami respirou fundo, ainda com o pano úmido sobre os olhos, ele não aguentaria aquilo.
-Nanami: Ela precisa ver, Suguru... — sussurrou
Geto assentiu, sentindo as mãos tremerem à medida em que destrancou a porta, te vendo correr em direção à maca, aonde o corpo de seu irmão mais novo se estendia.
-S/n: Não...
Depois daquilo, nanami e Suguru sempre se lembrariam de seu choro agoniado. Sempre se lembrariam de suas súplicas aos céus para que seu irmão voltasse. E sempre... sempre teriam em mente a forma como você se isolou por tempo o suficiente para que todos se preocupassem."
-Geto: Ela precisa ficar bem. — uma lágrima escorreu de seus olhos ainda fechados.
Gojo colocou uma das mãos sobre a testa, sentindo os lábios tremerem. A lembrança de você o encarando com os olhos cheios de água enquanto ele se explicava:
"Gojo: S/n, você sabe que foi preciso... por mais que me doesse, eu tinha que terminar com aquilo. Suguru seguiu um caminho errado!
Você empurrou Satoru, apontando o dedo trêmulo para o rosto do rapaz
-S/n: Eu sei perfeitamente bem Satoru Gojo! Mas isso me dói! É meu direito chorar, gritar e fazer estardalhaço, eu amava ele! Eu amo ele! Vocês dois foram minhas únicas esperanças e agora tudo está se esvaindo de mim como água em uma peneira!
Você fechou as mãos em punho, soltando um soluço alto enquanto se virava para ir para a cama. Satoru te seguiu, sentindo o peito arder na medida em que você chorava com a alma. Aquilo era horrível de se presenciar.
Naquela noite você se desculpou pelo escândalo, mas não parou de chorar nem mesmo quando o sol nasceu no horizonte."
-Gojo: Itadori me disse que ela se enfureceu quando fui selado.
Geto riu de leve
-Geto: Imagino perfeitamente a cena!
-Gojo: Eu também!
Os dois riram, as lágrimas de lembranças rolando por ambos os rostos.
-Geto: Super protetora é pouco para s/n!
-Gojo: Ela... ela com toda certeza está triste de novo. Ou talvez esteja desmembrando sukuna com os dentes.
Os dois se olharam.
-Geto: Não... ela não faria isso com o garoto zenin.
-Gojo: Sabe, Yuuta e os demais alunos vão acalma-la, eu espe-
Uma imagem tomou a cabeça de Satoru.
"Você se ajoelhava ao lado do tronco de Gojo. Seus pés ainda permaneciam no chão, o cadáver estava dividido ao meio.
Com suas mãos trêmulas, você fechou os olhos de seu amado, se inclinando para selar sua testa.
Hajime, ansioso e elétrico como de costume, avançava sobre o rei das maldições, o qual se distraia ao te encarar com um sorriso no rosto
-S/n: Foque em sua luta, Ryomen sukuna
Você ergueu dois dedos, apontando-os em direção ao ex objeto amaldiçoado, o qual arregalou os olhos ao ser lançado para o outro lado do local. Sua outra mão, ainda trêmula, afastou os cabelos brancos de Satoru do rosto pálido já sem vida.
-S/n: Encontre os outros por mim, meu bem... vou cuidar das crianças. Abrace Suguru, aproveite que se reencontraram...
Suas lágrimas mancharam a camiseta preta de Gojo. Você logo se levantou, antes olhando uma última vez para aquele o qual te arrancou as melhores risadas em meio a tantos lutos.
-S/n: Satoru Gojo, você foi incrível.
Agora, se perguntassem ao platinado, ele diria estar vendo a mulher mais forte do mundo caminhando em direção ao campo de batalha, aonde Hajime se entretinha com o tão temido rei das maldições."
-Geto: Satoru?
Ele se sobressaiu, encarando o moreno
-Geto: Vamos?
-Nanami: Se apresse, Gojo!
-Haibara: Nanami não seja rude!
-Gojo: Eu... — ele colocou a mão sobre o peito, os olhos lacrimejando — Não posso deixar ela sozinha.
Suguru passou o braço pelos ombros de Gojo
-Geto: S/n não está sozinha... ela nunca esteve.
-Haibara: Nós estamos indo para o coração dela Satoru. Vamos ajudá-la nessa luta, vamos ajudar a todos...
-Nanami: Não seremos mais do que boas lembranças, mas isso é o que fará ela forte.
-Gojo: Mas...
-Geto: Vamos... ela precisa de nós.
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