Capítulo 7

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Um Convite para um Batismo

Por favor, junte-se a nós para o batismo de Alice Maria Everhart.
Na Igreja St. George Hanover, no Décimo Segundo dia de Março de 1813.
O café da manhã será realizado em Steele House.

Anastasia estava no corredor da igreja, surpresa. Ela não podia acreditar em seus olhos. Hoje era para ser uma celebração em família, o primeiro momento alegre em que todas as quatro irmãs Steele tinham estado em um mesmo lugar desde que Margaret se casou com Sir Roland.

E agora...

Oh, céus. O próprio diabo havia aparecido para o batismo de Alice. Sr. Christian Grey estava de pé no vestíbulo, segurando sua sobrinha.

O canalha.

Isso não poderia ser permitido. Anastasia dirigiu-se para ele com passos apressados.

Ele olhou para cima e a viu. E teve a temeridade de sorrir.

—Ora, Senhorita Ana...

—Quem deixou você entrar aqui?- Ela perguntou em voz baixa.

—Fui convidado. Assim como você.

—O que você está fazendo com ela? Dê-me este bebê neste instante.

—Mas ela gosta de mim. E eu gosto dela. Vê?

De fato, a pequena Alice tinha o punho cerrado sobre o dedo indicador do ladino. Ele puxou suavemente contra seu aperto, e ela flexionou seu braço gordinho e puxou de volta.

Um pequeno sorriso curvou os lábios de Grey, e Anastasia imaginou que não havia ironia nisso. Um sorriso meramente encantado. Talvez até mesmo de alegria.

—Devo dizer, - ele murmurou, balançando a criança vestida de branco para frente e para trás, —que eu não esperava gostar tanto de você, pequena Alice. É uma surpresa feliz.

E foi uma surpresa muito infeliz, quando a proximidade do homem ainda afetava tanto a Anastasia. Esta visão em particular. Homens diabólicos não deveriam ser autorizados a segurar gatinhos, bebês, ou buquês de flores silvestres. Deveria haver uma lei do Parlamento.

Fazia quase dois anos desde aquela noite nos jardins Alderfield. Anastasia tinha acreditado que ela tinha terminado com ele. Ela pensou que ela tinha banido quaisquer aspirações por seu belo rosto e o seu cheiro de couro de bergamota.

Ela pensou errado. Ela conseguiu—com dificuldade—desviar o olhar de seu rosto familiar, mas não deteve o seu cheiro de mexer com seu interior. O cheiro a lembrou de um caso de viajem. Ele trouxe à mente aventuras passadas. A fez ir longe de sua casa e explorar novos e perigosos lugares.

Oh, céus. Aquela noite, no jardim. Aquele beijo mágico.

—A pequena Alice não gosta de você - disse ela. —Ela é uma criança.

Impressionável e babenta. Demasiado jovem para vê-lo pelo canalha que você é.

—Bem. Por que não a deixemos crescer um pouco, e assim ela poderá tomar suas próprias decisões sobre o tio Christian?

Tio Christian?

Ele não podia estar falando sério. Será que ele realmente achava que ele poderia de alguma forma entrar para a família Cade e atormentá-la para sempre? Ele não tinha feito o suficiente?

Ele franziu os lábios e fez uma careta arrulhadora ao bebê.

—Você vai crescer e se tornar uma linda, mulher inteligente, assim como sua tia Anastasia. Não é, querida?

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