Daisy

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Já estava entrando em desespero, já corri por todos os lugares que o Izana vinha normalmente e não achava nem por um decreto.

Estava debaixo de um poste de luz acendendo um cigarro para tentar me acalmar quando meu telefone toca com o número lá de casa.

— Alô, e aí, acharam ele? — perguntei  imediatamente.

— Oi gatinho, o Izana tá aqui em casa, pode voltar — era a voz da Delfi. Eu fiquei tão feliz de ouvir isso.

— Ainda bem, eu já tô voltando... Me espera antes de ir! — falo já correndo pelo caminho que eu vim.

— Eu não pensei em ir em lugar nenhum, Izana e eu estávamos comendo a sua parte da sobremesa — ela dá uma risadinha, também consigo ouvir a risada de Izana no fundo.

— Irmão mais velho não tem um segundo de paz — eu não conseguia tirar o sorriso do rosto após desligar o celular.

Perder a minha parte da sobremesa não era nada, saber que eles estão se dando bem e que a garota que eu amo gosta da minha família... É só o que eu precisava.

Cheguei em casa era bem tarde, no sofá da sala, somente a minha namorada assistia TV enquanto fazia carinho numa coisinha de cabelos prateados que jazia dormecido em seu colo.

— Além de roubar a minha sobremesa quer roubar a minha namorada — Resmungo pegando izana no colo.

Não falei com a Delfi, primeiro pus o Izana na cama. Ele estava fingindo que dormia e eu conheço bem os meus pequenos pilantras.

— Ela é legal, Shinichiro — a vozinha rouca dele enquanto segura minha mão era adorável.

— Então tá aprovada? — Sorrio um pouco, fazendo carinho na cabeça dele com minha mão livre.

— Tá sim... Ela não quer te levar embora da gente — ele boceja e finalmente larga minha mão para abraçar sua coberta.

— Boa noite, doidinho — Dou um beijinho em sua testa, já deixando o quarto na escuridão completa que ele preferia para dormir.

Ao sair do quarto encontro Delfi me esperando na sala do mesmo jeito, só que com as pernas cruzadas agora.

— Obrigado por achar ele — Falei coçando minha nuca, ainda meio sem jeito, deixei ela sozinha aqui com os meus avós

— Não precisa agradecer — ela fala baixinho, rindo enquanto fica de pé e me abraça, aconchegando sua cabeça no meu peito.

— O que eu seria sem você? — Murmuro abraçando Delfi com força.

— A mesma coisa só que sem namorada, eu acho —ela estava extremamente sonolenta, mas o fato dela estar esfregando seu nariz suavemente em meu pescoço era mais um motivo pra eu querer que ela ficasse aqui.

— Definitivamente sem namorada — pego minha loirinha no colo.

— Shinichiro, me põe no chão! — ela me agarra, rindo.

— Você não confia na minha força, amor, tô ficando ofendido —falo correndo com ela pro jardim.

— Não é isso — Ela se agarra mais em mim até que parece que Delfi entende o que eu estava fazendo —Seu mau caráter...

— Droga, me descobriu — sussurro acariciando suas costas.

Eu só queria ela grudadinha em mim, a missão foi um sucesso já que agora a minha namorada está com os lábios roçando em meu pescoço.

— Você tá testando o meu sono — a voz dela era inocente demais pra alguém que logo em seguida começou a beijar meu pescoço com uma vagarosidade que podia me levar a lugares terríveis pra ela.

— Você tá testando um monte de coisa em mim — Aperto suas coxas, quando minhas mãos estavam subindo o celular dela começou a tocar lá na sala.

Por ser bem tarde, Delfi tinha que atender logo... Mas eu inconscientemente amaldiçoo quem quer que tenha ligado, enfim, eu xinguei bastante o meu sogro.
Aquele espanhol mandou a Delfi voltar pra casa logo e bla bla bla.

— Eu te levo em casa, minha deusa — Digo de imediato quando Delfi me conta do conteúdo da ligação após desligar.

— Eu queria tanto dormir com você, Shini — ela fala me fazendo questionar se eu não tinha dinheiro o suficiente pra aumentar essa casa e pôr ela pra morar aqui.

— A gente vai ter que fazer isso outro dia, meu amor — Seguro seu rostinho usando meu polegar e o indicador, roubando um beijinho calmo da boca rosada dela — de preferência, combinado com seu pai antes.

Entrelaço meus dedos nos dela e pego minhas chaves.

— A gente vai de moto? — o sono parece ter sumido do rosto dela, dando lugar a uma animação que eu gostei muito.

— Vai, é pra chegar mais rápido pro seu pai não brigar com você — Falei meio sem jeito.

— Maneiro! — ela comemora baixinho e sai andando na frente.

Eu amei a animação da minha namorada pra montar na moto junto comigo.

— Você tá segura disso mesmo sabendo o troglodita que eu sou no trânsito, gatinha? — Perguntei colocando o capacete em sua cabeça (o da mídia)

— Eu namoro o líder da maior gangue de tokyo... Acho que eu vou aguentar um pouco de perigo — Delfi segura meu rosto e beija minha boca, ela está realmente intensa hoje, já que eu basicamente fiquei sem ar.

— Eu te amo — Falo ainda ofegante antes de montar na moto, sentindo minha garota agarrar minha cintura.

Eu me exibi um pouquinho durante o trajeto, as luzes da cidade sendo apenas a iluminação de mais um momento nosso, passageiras em comparação com o que eu sentia agora.

Era impagável ouvir a risada da Delfi quando passávamos por algo mais rápido ou quando fazíamos uma curva que na cabeça dela com certeza iríamos capotar.

Isso fez deixar ela em casa uma tarefa mais difícil.

— Entregue — Suspiro quando paramos em frente sua casa, que estava totalmente iluminada.

— Tá todo mundo me esperando — ela diz meio desanimada enquanto desce da moto.

— Tem que marcar um dia para me apresentar oficialmente — era só uma brincadeira, eu não queria passar esse nervoso, a família dela já me conhece mesmo!

— Pode ser na semana que vem, parte da minha família vai vir da Espanha para visitar — QUE? ELA TÁ BRINCANDO? — Meu pai vai fazer um churrasco, vai ser uma ótima oportunidade pra apresentar você e as crianças para todo mundo.

Minha nossa senhora da bicicleta sem freio, ela quer me apresentar pra família toda?

— Mas você já quer me apresentar assim até pros seus parentes? — Coço minha nuca enquanto ela tira o capacete, estava entrando em pânico só de pensar.

— Claro — ela me agarra pela camisa que quase faz com que eu e a moto tombemos — Você vai casar comigo, Sano, quanto antes eu te apresentar melhor.

Aí papai, ela falou de um jeito tão decidido que minhas pernas ficaram moles que nem macarrão.

— Sim senhora — sussurro, você manda e eu obedeço com auau.

— Boa noite, amor — Delfi beija minha boca bem rapidamente, me da o capacete e se afasta pra casa

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⏰ Última atualização: Aug 07, 2023 ⏰

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