VOL I. / Hana Yamazaki: A descoberta. /

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Mensagem recebida às 17:12 / ontem.

Soyen:

- Hey, desculpe a demora.

- Estava ocupada, tive que sair do telefone.

- Respondendo a sua pergunta... eu fiquei pensando em quando nos encontraremos novamente.

-

Mensagem enviada às 23:48

Hana:

- Poxa, eu te marquei tanto assim? Não me xingue depois se eu começar a abusar disso ;)

- Mas falando sério agora, não vou mentir, isso também martelou em minha cabeça nesses tempos...

- Como você está hoje? Até quando irá ficar na Espanha?

Mensagem recebida às 00:01

Soyen:

- E qual seria a graça se não fosse?

- Eu já voltei, foi uma viagem rápida para resolver alguns problemas... que andaram afetando o trabalho no geral a um tempo.

- Eu to bem cansada se for para ser sincera, e cheia de coisas para fazer também, quando eu tiver um tempo livre, gostaria de marcar algo?

-

- Soyen, desculpe se estiver atrapalhando, fiquei sabendo que veio de carro com Aquino. - Ryotaro inicia o diálogo, vendo ela guardar seu celular assim que o vê se aproximando, abrindo um sorriso amigável.

- Ah, sim, Aquino me trouxe aqui, por quê?

- Nada, eu iria te convidar para uma carona, mas creio que você também vai embora junto a ele, estou errado?

Ela virou para ver Aquino ao fundo interagindo com outras pessoas do salão, em meio a outras retirando-se do local.

- Eu converso com ele depois, sei que não iria me fazer perder essa chance, não acha?

A pergunta soltada no fim, não tinha um propósito além de inflar mais o ego do influenciador prestigiado à sua frente. Dando ao mesmo, uma razão de estar soberbo ao egocentrismo.

(...)

-

Por dentro do corredor, sua atmosfera era notoriamente densa graças a todo o significado. Ao redor, as diversas portas numeradas transmitiam a malícia por trás, em seus sons sugestivos abafados vindo de dentro, em meio a visão das portas preenchidas com a luz rosada. Algo de fato digno de se chamar vulgar.

Vestindo um sobretudo preto, combinando com outra peça por baixo, calça social e saltos baixos, já que sua estatura predominante já era classificada acima da média. O estalo de seus saltos eram ouvidos em um bom som ao ecoar pelo corredor, mas também não exagerado equiparável aos ruídos por trás de cada cômodo privado.

Não suficiente, os passos de seus saltos não estavam sozinhos. Mais duas pessoas caminhavam em cada lado há uma distância respeitável atrás dela: seus dois guardas, substituídos.

O caminhar do conjunto parou assim que ela ficou à frente de uma das diversas portas. Visivelmente descrita como "008" um dos primeiros quartos, considerados pelo salão, os especiais.

Se fosse qualquer outra pessoa, reconheceria o luxo e se sentiria lisonjeada pela oportunidade, ou pelo contrário, veria como uma tremenda perda de tempo e dinheiro gasto em vão. Então vejamos, pelo caso de Soyen que o recebeu gratuitamente, já não atribui do mesmo valor a tempos... seu propósito, já não era mais reconhecido a anos.

A cidade da purificação - Hideaki Yamaguchi / VOL IOnde histórias criam vida. Descubra agora