Amor e Amizade

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Tá tudo certo, tudo numa boa, tudo tranquilo. Essa insistência de Shadow pra eu pegar um simples anel quase me irritou. É só um simples acessório, não acham?! Tch, não vai fazer diferença alguma.
Porém, entretanto, todavia, no entanto. Chegamos logo na casa de Shadow e eu apenas me despedi, porque eu teria que pegar um ônibus pra voltar pra minha casa, ainda.

Sonic: Tchau! Já tô indo.

Shadow: Quer que eu te acompanhe?

Sonic: Não precisa.

Shadow: Tem certeza? Já tá bem tarde.

Sonic: Por quê, se preocupa tanto assim~? — Dei um sorriso atrevido, levantando e abaixando minhas sobrancelhas.

Shadow simplesmente fez aquele cara de bunda dele, sem emoção alguma, olhando quase no fundo da minha alma.

Shadow: Não. Eu só não quero que outra pessoa te mate no meio do caminho, porque eu já irei fazer isso um dia.

Sonic: Táaaa! Vou fingir que acredito. — Revirei meus olhos, ainda sorrindo — Fica tranquilo, não precisa me acompanhar, não.

Shadow: Hmph. Tá.

Acenei pra ele mais uma vez, e me virei, se afastando. Não muito longe, ouvi Shadow gritar:

Shadow: Me manda mensagem quando chegar!

Soltei uma risada baixa, mas não me virei. Apenas respondi com um joinha enquanto continuei descendo a rua. Acho que esse cara me ama.

Cheguei no ponto de ônibus e estava vazio vazio. Até que a companhia de Shadow não seria tão ruim assim aqui, mas esquece isso. Mais ou menos uns 5 minutos depois, o ônibus chegou. Subi, claro. Por sorte consegui um banco pra sentar e as ruas já estavam bem vazias, então não demorou tanto pra eu chegar em casa.

Abri a porta de casa. Entrei, fechei e minha mãe apareceu do além, já gritando comigo. Ah... Vou ter que aturar ela mesmo?... Sônia apareceu logo depois.

Mãe: SONIC! ONDE VOCÊ TAVA?!

Sonic: Para de gritar! E eu avisei que iria pra casa do Shadow.

Mãe: Não avisou!

Sonic: Não? Acho que esqueci então--

Sônia: Se avisou, foi só pra gente, mas pra sua namorada aparentemente não.

Sonic: O quê? Como assim?

Sônia: Cara, onde você enfiou seu celular?

Senti meus neurônios queimando em chamas esse momento. Tirei a mochila das costas e abri, pegando meu celular. Liguei e arregalei meus olhos com as 50 mil mensagens que a Amy me mandou. Isso sem contar as chamadas perdidas.

Sonic: Misericórdia.

Sônia: Ela até veio aqui.

Sonic: Ela veio aqui??? Por quê?

Sônia: Porque ela tava te procurando, né?!

Fiquei até assustado, mas eu não esperava menos. Olhei pro celular mais uma vez, lendo as mensagens com calma. A primeira mensagem foi enviada às 19:13. Hmm... A saída da escola é às 19:05, então essa hora provavelmente era a que Amy estava me esperando na frente da escola. A última mensagem foi às 23:17, e agora eram exatamente 23:26.

Sonic: Que horas ela veio aqui?

Mãe: Acho que era umas 21:30... MAS ISSO IMPORTA?! VAI TOMAR BANHO, TÁ TODO SUADO!

Sonic: Tá, tá! Eu tô do seu lado, tá bom?!

Passei pelas duas e subi as escadas pro meu quarto. Abri a porta e, estava uma zona. Se eu tivesse apenas chegado aqui em casa, numa boa, eu até consideraria arrumar ele. Mas agora, estou estressado com toda essa situação. Fechei a porta e me joguei na cama. Agora eu teria que aturar os surtos da Amy, até por mensagem...

Sonadow - Coração DivididoOnde histórias criam vida. Descubra agora