capítulo 6

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– Que tal irmos tomar café juntos irmãozinho?

– Eu adoraria meu príncipe!

– Me chame de Katsuki sim ?

– Não posso ! o senhor será o próximo rei , é questão de respeito.

– Não liga muito pra isso baixinho,  nós o chamamos de pincher raivoso as vezes.

– Mas eu não sou tão íntimo de sua alteza quanto vocês.

– Você será o consorte dele,  será mais íntimo dele do que qualquer um de nós já pensou em ser.

Mais uma vez o rosto de izuku se transformou em um tomate ,a confusão do garoto era clara mas por algum motivo sabia que o assunto daquela conversa não era dos mais educativos.

– Não digam asneiras ao menino , ele só tem doze anos.

– Eu tinha treze.

Confessou Ashido.

– Você tem fogo no cu, por isso.

– OLHA O RESPEITO NA FRENTE DA CRIANÇA.

Repreendeu com raiva.

– Ok ok.

O menino os olhou com confusão.

– Tinha treze anos quando aconteceu o que ?

Ela se desconcertou e desconversou.

– Não iam comer ? vai na frente Iz , eu já libero a tua companhia.

– Tudo bem.

– Tchau.

Se despediram juntos Denki , Kirishima e Sero.

O garoto sorriu e acenou de volta antes de se virar e sair do local.

– Mudou de assunto é ? hahahahahahhaha eu ia amar te ver explicando pra ele ,Alien.

– Vai a merda Katsuki.

– Olha a boca Ashido.

Advertiu Sero.

– Mas mudando de assunto , vocês viram certo ?

– Ele daria um ótimo soldado de elite.

– Não vou transforma-lo em alguém como nós.

– Fala como se fossemos ruins.

– Não é isso , apenas não consigo o ver matando pessoas.

– A alma dele é doce , dá pra ver de longe que não aguentaria fazer nosso trabalho.

– Mas que tem habilidade ele tem.

Comentou Denki pondo um fim na conversa , e Bakugou foi embora antes que começassem a falar merda.

Saiu e assim que a porta fechou Mina piscou.

– Impressão minha ou ele foi gentil com o Iz ?

– Não,  realmente aconteceu.

– WTF POR QUE NINGUEM DISSE NADA ????

– Eu não queria.

– Não prestei atenção.

– Ele ia me bater.

– Os homens de hoje em dia são verdadeiros frouxos.

– Sem essa , agora vamos voltar ao treinamento logo.

– Beleza.

Do lado de fora os dois se afastavam enquanto mantinham uma conversa casual.

– Aposto que gostou dos meus amigos.

– A Mina é muito legal e os outros parecem engraçados.

– São uns palhaços desgraçados.

– Fala isso mas parece ter muito carinho por eles.

– Pode não parecer mas tenho , eles são os únicos com quem posso ser eu mesmo sem limites ou deveres.

O garoto sorriu e Bakugou devolveu.

O café da manhã deles não foi algo muito demorado, saíram para caminhar mas logo tiveram que se separar.

Querendo ou não cada um tem seus afazeres.

As servas o apresentaram para um professor que a rainha enviou para ele , sendo um consorte do futuro rei ele deveria ser bem versado se quisesse
manter seu posto.

Sua rotina se formou em poucos dias.

Acordar , se lavar , assistir o treino da elite pela manhã , almoçar com o príncipe,  estudar o resto da tarde e dormir no quarto ao lado do de Katsuki.

Muitas vezes era desconfortável pois ouvir os sons obscenos que saíam de lá durante a madrugada o tirava o sono.

Dois anos depois nada havia mudado muito , ele agora era próximo de Bakugou a ponto de fazer brincadeiras com ele.

Era um menino agitado e vez ou outra se metia em encrenca fazendo travessuras com alguém do quinteto elite.

Conforme ia crescendo o menino ficava ainda mais bonito , seus olhos pareciam ficar ainda mais cativantes a cada ano que passava.

As esmeraldas reluzentes que enfeitavam aquele rosto bronzeado e cheio de pequenas e fofas sardas poderiam prender qualquer um que se atravesse a olhar por tempo demais.

Mas quem se atreveria ? desde o incidente em sua primeira noite no castelo ele estava quase o tempo todo acompanhado de dois assustadores guardas.

Fumikage Tokoyami e Hitoshi Shinso.

Eles eram apenas alguns anos maus velhos que o garoto mas a aura que emanavam era amedrontadora , coitados dos pequenos seres que pensassem em machucar aquela criança.

Fumikage é um assassino-espião que foi enviado pelo próprio rei e Hitoshi poderia matar alguém apenas com a fica aparentemente inofensiva em seu pescoço.

Ia tudo perfeitamente..... ao menos até  um incidente nada agradável de uma tarde qualquer de julho.

Nossa segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora