capítulo 4

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Na manhã seguinte Izuku custou a acordada e quando o fez viu algumas moças paradas ao lado da cama.

– Hum .... bom dia ....

Uma delas sorriu docemente e se aproximou.

– Bom dia senhor Izuku.

Ele a encarou,  ela tinha mais ou menos sua idade e era fofa.

– Onde está o Príncipe?

– Ele já foi para seu treinamento matinal , disse que quando você acordasse poderia ir até ele.

O garoto assentiu e respirou fundo , as lembranças da noite passada martelando em sua cabeça.

– O que ..... aconteceria se um consorte do rei fosse violado por outro ?

– Morre.

O garoto tremeu , agradeceu a deusa Inari por suas cordas vocais terem funcionado naquele momento.

– Onde posso me banhar ?

– Nós faremos isso por vossa senhoria , venha conosco senhor.

– Por favor me chame de você ou de Izuku , eu sou apenas um convidado.

– Por hora , assim que completar a maior idade irá entrar formalmente no harém do Príncipe.

Ele ficou calado , ela estava certa , no final ele teria de ficar com Katsuki.

Ele parou e começou a pensar no loiro , fechou os olhos e lembrou da sensação de segurança que percorreu seu corpo ao sentir o toque do mais velho.

Não demorou a afastar tais recordações. Ele precisava agradecer ao Príncipe pela noite passada então virou-se para a mesma serva de antes.

– Por favor me ajude a me arrumar para que eu possa ir ao encontro do Príncipe.

– Como quiser.

Foi estranho ter pessoas tocando seu corpo e o dando banho e vestindo , a roupa era estranha também.

Muitas camadas e era claramente roupa feminina.

' Eu sou homem , porque me vestem como mulher ? '

– Não posso colocar uma vestimenta menos .... feminina ?

– Vossa senhoria é um ômega.

– E um homem,  bolas , será que terei que me vestir assim pelo resto da minha vida ?

A moça prendeu a risada.

– O que acha de tirarmos algumas camadas e no lugar de saia pusermos uma calça ?

– Melhor impossível!

Ele deu um sorriso radiante que fez com que algumas das empregadss alí presentes corassem, quando terminaram o ajuste ele sorriu largo.

Uma calça branca com uma túnica e uma pequena camiseta ,curta demais para seu gosto.

– Poderiam me guiar até vossa alteza ?

– Precisamos arrumar seu cabelo.

– Isso ?

Apontou para a moita em sua cabeça.

– Ele está um caos.

O garoto riu e foi até a bandeija com água perto deles , molhou o cabelo e pegou um pano o enxugando.

Foi até a bancada e viu alguns cosméticos.

– Hum ..... acho que isso deve servir.

Pegou alguns produtos e misturou em uma vasilhinha de barro.

Quando ficou pronta ele passou um pouco dela no cabelo e sacudiu a cabeça , as ondas se formaram quase que sozinhas.

Fez um ajuste aqui e ali é logo estava pronto , virou para elas e sorriu.

– Está pronto !

– Como fez isso ?

– É apenas uma loção para ajudar o cabelo a ficar do jeito correto , me ajuda quando ele decide virar um rebelde.

Elas o observavam maravilhadas.

– Não é comum usar esse tipo de coisa por aqui, de onde você vem ?

Sorriu ao perceber que o chamaram por " você " e não " vossa senhoria " ou " senhor "

– Eu nasci em uma terra muito distante , lá todos sorriam e viviam felizes o tempo todo ..... não existiam alfas na minha aldeia , talvez por isso não goste de usar roupas femininas , já que de onde eu vim homem se vestia como homem e mulher como mulher.

– Parece uma terra dos sonhos.

– E era , até que uma praga se alastrou e nós ômegas começamos a morrer um por um ..... quando meus pais morreram eu tinha apenas cinco anos e não pude me cuidar sozinho , aquela caravana me encontrou e eu venho viajando vom eles desde então. Foi lá na vila que aprendi essa mistura , a maioria de nós tinha o cabelo ondulado como o meu e como ficar com ele pra cima o dia todo não era confortável inventaram isso.

– Sinto muito pelos seus pais.

– Não sinta , eu nem mesmo lembro de seus rostos. Bom e por onde fica a sala de treinamento ?

As garotas saíram de seu transe.

– É por aqui.

O guiaram para seu destino e por algum motivo o viam de uma forma diferente agora , não era mais o ômega homem que servirá sua alteza e sim o pobre órfão que teve de entrar em uma caravana de artistas viajantes para viver.

Mas ..... isso era bom ?

Nossa segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora