capítulo 12

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Katsuki sentiu sua roupa molhada pelas lágrimas de Izuku , seu coração apertado de vê-lo sofrer tudo isso por um único sentimento.

O amor.

Muitos o descrevem como um sentimento lindo e cor-de-rosa , mas quem já o experimentou sabe a verdade.

Existem dois tipos de amor , o correspondido e o unilateral.

Quando as pessoas vivem um amor correspondido em sua maioria é tudo enfeitado de flores e confetes, ao menos até que o encanto acabe e o amor vire um sentimento que está ao lado mas é totalmente diferente.

E existem as pessoas que vivem o amor unilateral, ele é como uma moeda , de um lado está a pessoa que ama de do outro o amado.

O lado que ama sempre vai sofrer com esse sentimento,  a diferença é que alguns sofrem mais e outros menos.Izuku é um não muito raro caso de auto-destruição por amor.

Pensar que o esverdeado se cortava simplesmente para não ter que deixar alguém tocar seu corpo ...... tudo por ele ..... aquele alfa que Izuku ama unilateralmente.

– Deku ?

O garoto se mecheu em seus braços mas não respondeu.

– Não sabia que amava alguém..... se tivesse me dito eu-

– Não teria casado comigo ? não adiantaria muito , eu sou meio que prometido a você desde que cheguei ao castelo ..... e se não tivesse feito não o veria com a frequência que vejo agora.

– Quando vai me dizer quem é ?

– Sinto muito Kazinho , esse segredo vai pro túmulo comigo.

– Não acha essa frase muito extrema ?

– É a verdade !

Não foi a verdade , em um futuro próximo Izuku abriria a boca sobre isso e a descoberta causará uma grande bagunça na cabeça de um determinado loiro.

O tempo passou e durante o resto da semana o menino foi supervisionado por Katsuki para não fazer mais aquilo.

Quando seu período de calor terminou ,ele ganhou um passe livre para andar pelo castelo do príncipe e as salas de treinamento que o loiro utilizava.

Finalmente pôde reencontrar o resto do quinteto mas infelizmente não podiam aprontar como antes , afinal ele é um consorte real agora.

Então o dia do banquete de comemoração havia chegado.

– Izuku tem certeza ?

– Eu não quero ir parecendo uma mulher.

– Mas está deixando ele crescer a anos !

– É só cabelo Ochaco , isso cresce.

– Mas mesmo assim , me dá um dó só de olhar.

– Se não vai fazer eu mesmo faço.

Comentou pegando a tesoura , ela se moveu e a pegou de volta.

– Está bem , fique parado por um momento.

Ela cortou as tranças do jovem e continuou a tirar o cumprimento até que ele estivesse do mesmo tamanho de quando chegou ao castelo.

– Agora vamos tomar um banho.

Ele assentiu com um sorriso e ela se sentiu irritada por sempre ser coagida a fazer as vontades daquele ser com verde por todo o rosto.

Depois do banho os dois foram até a roupa que a própria rainha havia enviado a Izuku , um presente de casamento para o garoto.

Um vestido verde e rosa.

Sua base era de um rosa claro e uma seda transparente em cima e esverdeada na calda, por cima uma túnica de seda verde do tom de seus olhos com flores de sakura desenhadas por uma linha rosa brilhante.

Izuku passou os dedos delicadamente pelo tecido e se surpreendeu pela qualidade e maciez.

– Tia Mitsuki nunca deixa de me surpreender.

– Venha, vamos vesti-lo logo

Demorou um pouco mas ele finalmente ficou pronto.Se olhou no espelho e mordeu os lábios pensando se seu marido o acharia bonito naquela roupa.

– Ele vai te achar bonito.

– Como consegue sempre ler minha mente ?

– Estamos juntos a seis anos , sei interpretar seu rosto ansioso e seus olhos cheios de expectativa.

– Exibida.

– Apenas ossos do ofício meu anjo.

Ele estreitou os olhos para ela e tocou o sino ao seu lado, a porta se abriu e Shinso e Tokoyami entraram.

– Saudamos o consorte real.

Disseram ao se curvar.

– Entrem e fechem a porta.

Assim o fizeram e quando se aproximaram de Izuku o arroxeado perdeu a compostura.

– Garoto você está simplesmente perfeito , o cabelo a roupa .... como consegue ser tão lindo ?

Elogiou ao abraçar Izuku.

– Hahahahahahaha obrigado Shin , eu chamei vocês aqui justamente pra darem sua opinião.

Tokoyami o olhou de cima a baixo e então se aproximou , estendeu o braço e afastou seu colega do esverdeado.

– Fica bem mais lindo sem essa uva podre grudada em você.

– Ora seu ....

E então iniciaram uma pequena discussão que teve seu breve fim graças à entrada do príncipe herdeiro no quarto.

– Então é assim que vocês cuidam do meu irmãozinho?

Izuku sentiu uma pontada no peito com a última palavra mas procurou ignorá-la , assim como ignora toda vez que Bakugou o chama assim.

Eles se ajoelharam e puseram a cabeça no chão.

– Pedimos perdão ao príncipe herdeiro por nossas ações inapropriadas em frente ao consorte real e sua alteza.

O loiro os encarou por um tempo antes de balançar a mão.

– Se levantem , se Izuku não se incomoda eu também não vou.

Ele encarou Izuku por alguns segundos antes de se aproximar.

– Você está ..... lindo.

Levou a mão até o rosto do esverdeado e o viu inclinar a cabeça em direção ao toque.

– Obrigado Kazinho.

O loiro retirou a mão e a colocou dentro de suas vestes ,tirou uma pequena tiara feita com um galinho de cerejeira e enfeitado tanto de flores quanto de escassas folhas.

– Posso ?

O ômega assentiu e Katsuki colocou a tiara por cima dos cachinhos de Izuku , ele sorriu para o loiro e o mesmo sentiu aquela mesma sensação estranha de outros dias percorrer seu corpo.

O mais novo virou para o espelho e viu seu reflexo , mordeu o lábio quando seus olhos focaram no colar em seu pescoço.

Aquele acessório não combinava nada com sua roupa e o deixava com uma aparência..... estranha.

Com certa exitação levou os dedos até a parte de trás do pescoço e abriu a pequena tranca , o objeto deslizou por sua pele a deixando a mostra.

Guardou e engoliu em seco antes de virar para seu marido.

– Agora estou pronto.

– Tem certeza ?

– Eu me sinto seguro com você ao meu lado.

O loiro sorriu ao ouvir aquelas palavras , seu coração estranhamente aquecido.

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