capítulo 10

465 64 3
                                    


Uma semana depois foi realizada uma pequena cerimônia apenas com os mais próximos , naquela noite Ochaco fez o seu melhor.

Deu um banho de horas em Izuku e o enfeitou da forma mais perfeita possível,  o robe vermelho do ômega ia até seus pés e ele cheirava a rosas.

Assim que a , agora mulher , saiu do quarto ele se jogou na cama.

' Izuku Mitori o novo consorte de sua alteza o príncipe herdeiro ..... que palhaçada , de que adianta me casar com ele se nunca seremos mais que amigos ou irmãos? '

Colocou o antebraço encima dos olhos e  levantou uma perna , a abertura do robe deslizou por sua pele e deixou sua coxa farta a mostra.

Ouviu a porta se abrir mas não se mecheu, respirou fundo e abriu a boca soltando um bocejo.

Sua mão livre deslizou para de baixo do travesseiro e ele ouviu os passos se aproximarem da cama , uma mão tocou sua perna e ele não demorou a puxar a adaga e atacar a pessoa.

Com apenas alguns movimentos ele prendeu o invasor de costas na cama e colocou a lâmina em seu pescoço.

– Vem cá, as pessoas não sabem inventar nada inovador ?

Perguntou para o homem que obviamente era um alfa.

– Mas que merda ?

A voz de um guarda real foi ouvida no quarto e Izuku levou seus olhos até ele , pela distração acabou por se descuidar e o alfa jogou-o de cima de sí e correu.

' Que deja vú'

Atirou a adaga e ela se fincou na parte de trás do joelho do homem , ele gritou e caiu no chão.

O esverdeado levantou da cama e andou até ele , com o pé virou-o e pisou em seu peito.

– Acha que já não tentaram isso antes ? tentem ser mais originais.

Sugeriu antes de pegar a espada da cintura do homem , a mesma que ele estava prestes a sacar

Jogou a arma para longe e colocou força no pé que estava no peito fo homem.

– Você vai daqui direto pro inferno seu idiota.

Katsuki entrou no quarto e olhou para Izuku e depois para o alfa no chão.

– Eles não se mancam , mande levarem-o daqui antes que eu mesmo corte a garganta desse infeliz.

Bakugou esfregou as têmporas antes de fazer como Izuku havia dito.

– Quando é que isso vai parar hã ?

– Não sei Deku , mas já está ficando irritante ao invés de preocupante.

– Não é ?

O esverdeado andou até a cama e se sentou.

– Sinto muito por ter que passar por isso mais uma vez.

– Eu já não tenho medo , me tornei forte o suficiente para deixar de me surpreender e assustar com situações como essa.

– No mês que vem vai acontecer a festividade que comemora o começo da primavera , o que acha de vir comigo ?

– Sério ?

– Sim , você está trançado aqui a muito tempo , será bom que saia e socialize um pouco.

Izuku sorriu largamente antes de abraçar Katsuki.

– Aliás , como fez aquilo ?

– O que ?

– Pelo que eu vi ele tinha apenas um ferimento não muito grave na perna , mas quando eu entrei ele nem sequer relutou para sair de baixo nos seus pés.

– Sua alteza ainda não percebeu ? suponho que não já que está perguntando.

– O que eu não percebi ?

– A adaga estava envenenada , é aquela que eu pedi para Mina arranjar que eu lhe daria de presente.

O loiro piscou e só então lembrou que a havia guardado embaixo do seu travesseiro.

– Ah sim,  agora me lembro.

– Veneno da paralisia , pelo visto ele era alguém bem resistente .... o idiota tentou com todas as suas forças me matar , que idiotisse.

– Já está tarde.

– Sim ..... já está.

Só então o menino começou a sentir um nervosismo já conhecido o tomar , ele iria dormir na mesma cama que Katsuki , iria dormir com seu marido !

Embora suas expectativas tenham se esgotado rápido já que assim que se deitaram na cama seu esposo virou as costas para ele e o desejou um boa noite.

Mordeu seu lábio sabendo que estava totalmente frustrado mas não podendo culpar ninguém além de si mesmo por ter deixado aquele sentimento tão complicado de se lidar aflorar em seu peito.

Fitou as costas do alfa por um tempo até pegar no sono se sentindo calmo ao sentir os feromônios de Katsuki espalhados pela cama.

No meio da madrugada abriu seus olhos se sentindo apertado , um aroma forte de menta tomou seus sentidos e então ele já sabia o que estava acontecendo.

Se sentindo satisfeito ele sorriu e fechou os olhos dormindo mais uma vez.

Na manhã seguinte Katsuki acordou com a luz do sol batendo em seu rosto , fechou os olhos com a deliciosa fragrância que tomava o ar ao seu redor.

Baixou a cabeça em busca da fonte e sentiu seu nariz encostar em uma pele quente e macia , não pensou duas vezes antes de agarrar quem quer que fosse o dono daquele maravilhoso cheiro e respirar bem fundo.

Sentiu seu corpo entorpecer , subiu sua mão pelo pano que cobria a costa da pessoa.

Ouviu um grunhido e então um bocejo , logo uma voz sonolenta entrou por seus ouvidos.

– Kazinho , isso faz cócegas.

Afastou o estremecer que rodou seu corpo ao ouvir aquela voz e retomou sua postura antes de falar.

– Acho que nunca tinha sentido seus feromônios tão seriamente.

– É que eu não deixo vazar facil- CALMA AÍ !

Se afastou de imediato de Katsuki e sentou na cama, seu cheiro não era forte do jeito que estava naquele momento a não ser que ....

– Kazinho saia.

– Porquê isso do nada ?

– Meu cio está vindo , eu não sou mais uma criança que acabou de ter seu primeiro período de calor , você nem ninguém vai conseguir aguentar meu feromônio sem uma poção.

– Será estranho para os outros se eu não passar esse momento com você.

– Foda-se os outros , não vou deitar com você !

– Eu também não quero isso ...... quer que eu chame alguém pr-

– Não ouse continuar essa frase , eu casei ontem , mesmo se não o tivesse feito ..... acha mesmo que eu seria capaz de dormir com alguém só para suprimir minha dor ?

– Não eu-

– Saia antes que eu me aborreça ainda mais com você , diga para que Ochaco entre.

– Porquê ela ?

– Prefere que eu chame Shinso e abra as pernas para ele ?

Se sentiu estranhamente irritado ao ouvir aquelas palavras.

– Certo , estou indo então.

O loiro saiu do quarto com um péssimo humor.

Nossa segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora