Esse livro não é sobre Atena a deusa, mas sobre Athena Makri uma garota que tenta entender o mundo em que vive.
Se passa no ano de 2070 na Grécia, com um governo bem louco.
Admito que viajei, mas para quem gosta tá aí.
O livro tem referências mitoló...
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O castigo:
Athena
-- É sua primeira vez aqui no castigo, Akila?
-- Sim, é a primeira vez, por que?
-- Na-nada, há quanto tempo você está aqui?( Akila veste roupas de couro pretas, e seu jeito dá a impressão de que não é alguém que se deve mexer)
-- Umas duas horas.
-- E o que podemos fazer agora?
-- Não temos muitas escolhas do que fazer, a não ser esperar, né Athena.
-- Verdade, fiz uma pergunta idiota- Sorrio sem graça.
-- Tudo bem - Responde ela de um jeito compreensível.
***
Depois de um tempo, nós estamos em um clima de desconforto e tédio, parece ter se passado umas 24 horas, estou com fome, sede e meu corpo está fraco, o mesmo deve valer para Akila que resmunga o quanto essa academia pode ser irritante. Enquanto estamos em inércia uma voz ecoa pela sala, ela vem de um auto falante no canto:
*Ok... já podemos começar, vocês podem escolher uma cor*
Assim que a voz termina de falar o chão fica cheio de quadrados coloridos e sortidos que piscam.
-- Merda, o que está acontecendo?- Resmunga Akila.
Ela está em um quadrado amarelo já eu estou pisando em quadrado roxo.
*Enquanto voam pelo céu seu controle é absoluto*(Dragões, Azul)
Logo depois que a voz termina de dizer a frase, todos os quadros azuis despencam em um abismo cuja a profundidade não sabemos, já que não ouvimos nada chegando no fundo.
*A voz que tranquiliza todas as espécies*(Sereias, verde)
Dessa vez são os quadrados verdes que desabam.
-- Isso é sobre os guardiões? - Pergunta Akila.
-- Parece que sim - Respondo.
-- Caramba, eu não sei sobre todas as cores ou todos os guardiões, não dei muita importância, eu nem queria estar aqui! - Fala ela com um tom de desaprovação.
*Sua força é admirável mas sua fuga é inesquecível*(Centauros, amarelo)
Assim que está prestes a terminar a frase eu grito para Akila:
-- SAI DO AMARELO!
Assim que me escuta, Akila com um movimento de reflexo pula para o quadrado ao lado de cor marrom, por muito pouco ela não cai.
-- Essa foi por pouco, que jogo mais doente! - Reclama ela enquanto recupera o fôlego.
-- Akila, precisamos manter a calma - Falo enquanto tento controlar minha respiração.
-- Você fala isso porque não foi você que quase morreu! - Diz ela em um tom eufórico.
Escuto a frase e já me movo para um quadrado laranja, enquanto Akila me encara atentamente.
-- Lamento pela sua situação, mas a minha também não é das melhores, além disso não tenho culpa de nada do que está acontecendo - Falo em um tom calmo e claro buscando compreensão.
-- Eu sei que não é sua culpa, e que devemos manter a calma, mas isso não é uma coisa fácil de se fazer - Diz Akila enquanto coloca a mão na cabeça e suspira.
A cada cor que desaparece fica mais difícil de se mover pela sala.
*Criatura injustiçada que na eternidade foi condenada* (Minotauro, marrom)
Dessa vez eu não consigo raciocinar a tempo, mas Akila acaba pulando no quadrado branco que está mais afastado das outras cores, enquanto os de cor marrom, desabam.
-- Essa foi por pouco - Diz Akila enquanto suspira. E eu aceno com a cabeça em concordância.
*Sua criação vai além da magia, ela vem da experiência* (anão, vermelho)
A sequência se repete, quando a frase termina os quadrados da cor de determinado guardião desabam no abismo e dessa vez a cor que caiu foi a vermelha, que acaba deixando Akila sem saída e eu com o caminho livre apenas para um branco distante e um preto próximo, mas que é difícil de identificar já que ele se camufla no abismo. Laranja, preto e branco são as únicas cores que restam.
*Símbolo de sabedoria seu rugido é celeste*(leão alado, branco)
No fim da frase olho para Akila com espanto, ela entende imediatamente indo um pouco para trás e pegando impulso para conseguir saltar para um quadrado preto que está a pelo menos 2 metros a sua frente. Quando salta, por muito pouco consegue prender suas garras no quadrado que é praticamente invisível, Akila usa a força de seus braços para empurrar seu corpo para cima.
Estou completando paralisada já que não consigo fazer isso, se o próximo for a cor laranja com toda certeza irei morrer.
*Quando a lua surgir ele mostrará sua verdadeira natureza*(lobisomem, preto)
Olho para Akila assustada e vejo seu rosto em completo terror, ela sua frio e espera o inevitável. Então Akila se perde em meio ao abismo.
E agora? Acabou? Fico me perguntando, esperando algum tipo de resposta.
*Surge em meio as cinzas um símbolo de esperança* (fênix, laranja)
Eu escuto a frase e não entendo o que está acontecendo, até que, o chão sobre meus pés desaparece completamente e eu caio em completa escuridão. -- Merda
***
Acordo na mesma sala e ela está do mesmo jeito de quando cheguei, Akila está sentada do meu lado e parece estar aliviada. Tudo isso não passou de uma ilusão, uma brincadeira que não consigo achar graça.
A porta se abre e dela saí Rael com um sorriso de orelha a orelha.
-- Se eu fosse vocês ficava agradecido de não ter sido real - Fala ele como se fosse o homem mais gentil de todo o universo.
Akila e eu estamos muito fracas e em choque, então só conseguimos trocar olhares e compartilhar do mesmo rancor.