Forest observava Honest brincando com Pequeno Slade no lago, notando que Honest estava mais parecido com ele mesmo e ficando feliz por isso. Quando Honest reapareceu, o olhar frio e vazio incomodava muito Forest, pois Forest amava muito aquele pestinha.
Honest jogou Pequeno Slade para o alto e o deixou cair na água, Forest se encheu de orgulho quando seu filhote emergiu bem longe, mostrando que ele sabia nadar muito bem. E era isso, a cada dia seu filhote o surpreendia ao aprender uma coisa nova e Forest se maravilhava com isso. Era oficial, ele, Forest Slade North, era um pai babão.
Niyati estava no deck ensinando as filhotes a dançar. Forest não estava muito satisfeito com isso, pois ela mexia os quadris de uma forma provocante e é claro que os machos olhavam. Mas ela nem fez caso dos rosnados dele e ele não era um macho que se exaltava por causa de ciúmes, então ele apenas ficava a distância com a pior cara que pudesse fazer, encarando todos os machos que olhassem para ela.
"Todos sentem seu cheiro nela, amigo, não se preocupe." Salvation disse se sentando ao lado dele.
"Eu não me preocupo, é só que..."
"Que você é um macho sortudo. Tem uma fêmea linda e muito especial e um filhote incrível. Concentre-se nisso." Ele o cortou.
"Eu pensei que você ficaria mais tempo em Homeland." Forest disse.
Salvation deu de ombros.
"Eu amo muito os meus pais, mas eles estavam me sufocando, então eu vim pra cá. Eu não sei, acho que quase morrer faz coisas com a gente. Eu estou me sentindo deslocado. Você acredita que se era mesmo para eu morrer, como eu não morri, isso me deixa sem propósito? Como se eu não tivesse por que estar vivo?"
Forest o encarou.
"De onde você tirou isso?" Forest perguntou, Salvation olhou para o lago e ficou em silêncio. Forest suspirou e disse:
"Não existe isso de hora da morte, Sal. Não era para você morrer. Você ter sido salvo é algo para agradecer e seguir em frente, honrar essa nova oportunidade que você recebeu."
"Recebi de quem? De Niyati?" Ele disse e olhou para Niyati mostrando a Diane como mover os braços e as mãos. Eram movimentos graciosos, Diane fez igual, Charity bateu palmas.
"De certa forma. Niyati o salvou, da mesma forma que minha mãe já salvou muitos de nosso povo. A vida é um presente, algo inexplicável, que devemos honrar. E você só precisa fazer isso, honrar a vida."
"Como se eu não posso tocar em Bronzy? Como honrar o fato de que estou apaixonado por alguém que pode me matar?" Ele perguntou em voz baixa, Forest não tinha resposta a isso.
"Eu fui vê-la. Ela estava enrolada naquela cobra dela e eu tive medo. Eu tive medo, Forest! Ela disse que sentia muito, mas que ela não devia ter me tocado, não devia ter me beijado. Ela disse que não podia ter um companheiro e que a partir daquele dia não iria mais procurar um."
Forest só acenou com a cabeça.
Ele e Niyati estavam tão felizes! Os dias eram marcados pelo trabalho no hospital e os cuidados com Pequeno Slade. As noites! Forest se mexeu, só de olhar para ela seu corpo se aquecia.
"A dor que eu senti foi algo diferente. Uma dor pela qual eu ansiei. Eu estava disposto a morrer só para continuar sentindo aquelas sensações. E eu..." Salvation não terminou de falar, mas não precisava.
"Você quer de novo." Forest disse, Sal baixou a cabeça.
"Por isso está aqui, por ela. E por isso meus tios te sufocam, não é o amor deles que te sufoca, mas é que eles são um lembrete do porquê você deve ficar longe dela." Forest disse.
"O que eu devo fazer?"
"Voltar para Homeland. Ficar o mais longe que puder. Sei que você já sabe disso, mas eu não poderia dizer algo diferente."
"Há uma missão. Uma bem longe, uma que papai e Darkness recusaram, mas que a NSA continua insistindo para aceitarmos."
"Uma missão suicida." Forest afirmou.
"Para os humanos não para nós, quer dizer, não para mim." Ele disse.
Forest balançou a cabeça.
"Não faça isso, Sal. Não é a solução."
"Mas é melhor que ficar aqui como um cuzão chorão. Um passarinho me contou que você vai aceitar e eu consegui convencer meus irmãos a irem também. Então, se prepare que os leãozinhos estão dentro." Forest e Salvation piscaram para Candid, mas ele não lhes deu tempo para responder, ele gritou um 'estou de volta, perdedores' e correu para o lago. Quando ele emergiu o lago estava cheio de gente querendo abraçá-lo, foi uma festa.
"Você não achou que seu pai deixaria você ir sozinho nessa missão, achou?" Simple disse se sentando ao lado de Salvation.
"Eu disse que ia montar uma equipe. Papai não pode fazer isso, eu sou um chefe de missão." Salvation disse com a cara fechada.
"Bom, ele fez, nós aceitamos e já está decidido." Simple disse, se levantando, pulando na água e começando uma luta com Candid. Os filhotes começaram a apostar, Forest achou engraçado que a maioria apostou em Simple.
"Papai!" Pequeno Slade pulou no colo de Forest, Forest o beijou.
"Então, vai partir numa aventura." Forest disse a Honest, ele deu de ombros.
"Alguém precisa por freios naqueles dois." Ele disse. Candid desferia um monte de socos na cara de Simple, os filhotes gritavam.
"Eu vou falar com o meu pai, eu já tinha preparado tudo, eu ia sozinho."
"E provavelmente alguém iria ter de salvar sua bunda depois, então, relaxe hoje, pois amanhã iremos para Homeland."
Honest disse usando seu tom mais autoritário.
"Eu sou o chefe da missão." Salvation se levantou e se esticou. Honest nem levantou seus olhos.
"É. Você é. Te vejo amanhã no heliporto." Ele disse e foi separar seus irmãos.
Candid foi confirmado como vencedor, Simple sorriu e chamou os filhotes para comerem, todos o seguiram.
"Ele parece bem." Salvation disse. Simple foi para o grande fogão do deck e os filhotes o rodearam.
Forest fez que não com a cabeça.
"Eu não acho. Quer dizer, não, ele não está bem. Eu sinto isso, eu sinto as coisas agora, por causa de Niyati."
"Mamãe." Pequeno Slade pulou dos braços dele e correu para Niyati. Ela cambaleou quando ele pulou nos braços dela. Forest riu.
"Eles são personagens, Salvation. Todos os três tem uma camada exterior que cativa as pessoas e que as faz se sentirem confortáveis com eles, por que são o que as pessoas esperam que eles sejam. Candid o preguiçoso, Honest, o eficiente e Simple, o amado. Mas eles estão longe de ser apenas isso, do mesmo modo que você ainda não desistiu de Bronzy."
Salvation suspirou.
"Foi tudo tão rápido! Eu fui procurar James, James estava na sala dele com Celina. Uma surpresa, eu nunca imaginei que James fizesse uma coisa dessas. Ela ficou toda atrapalhada, tentando me distrair enquanto ligava para James, como se James fosse se importar que eu soubesse o que ele estava fazendo com sua companheira em sua sala."
"James iria te mandar tomar no cu se você o questionasse." Forest disse, eles riram.
"Mas ela não sabia disso, então disse que James não estava e que eu deveria ir ver Joe. Ela me pegou pelo braço e saiu andando comigo, eu estava achando a aflição dela muito engraçado. E também estava surpreso por ela não ter percebido que eu sabia que James estava na sala dele pelo cheiro."
"Ela não foi criada aqui, ela sempre se esquece das nossas capacidades." Forest disse.
"Sim, eu não sabia disso. Mas eu me deixei levar, ela me levou para o estacionamento, mas não sabia por que me levou lá." Sal riu.
"E então, eu lhe ergui o queixo e disse que não precisava me distrair, que James estava pouco se importando que eu soubesse que ele estava compartilhando sexo com Celina na sala dele. Ela arregalou os olhos, aqueles lindos olhos cor de uísque e eu não resisti, lhe beijei os lábios. Um simples beijinho. E aí, eu não consegui parar de pensar nela."
Forest apertou o ombro de seu amigo e se levantou. A aula de Niyati tinha acabado, ela vinha a ele com Pequeno Slade encaixado em seu quadril.
Sua fêmea e seu filhote. Toda a sua vida e existência naqueles dois seres que vinham ao seu encontro. Forest abriu um grande sorriso, o sorriso que ela gostava, mostrando as presas. Ela retribuiu e Forest se sentiu um macho completo.
O resto do dia foi passado com eles brincando com Pequeno Slade, até que seu filhote dormiu mamando nela. Eles voltaram para casa, Niyati deu banho em Pequeno Slade, ele rosnou mau humorado por terem o acordado. Foi engraçado.
Depois, no quarto, ele encarou os olhos azuis dela e toda sua vida até aquele momento lhe passou pela mente. Tudo.
"Eu sinto que você está contemplativo. Por quê?" Niyati perguntou, Forest a abraçou se inundando em seu cheiro.
"É como se toda a minha vida de antes fosse apenas uma passagem de tempo até esse momento. Como se minha vida começasse a partir de agora." Forest disse, sem saber como explicar o que sentia.
Niyati porém, apenas sorriu.
"Isso é o que eu sinto a cada nascer do sol, desde que te conheci."
Ele a beijou, um beijo cheio de saudade por ter passado o dia a desejando e estar aliviado de que finalmente poderia se render ao desejo de possuí-la.
Ele a suspendeu, Niyati abriu as pernas e Forest suspirou. Ele afastou o rosto e mergulhou nos olhos dela, azuis, francos e sábios.
"Eu te amo, Niyati. A cada vez que te tenho nos braços eu sinto que toda a minha vida, meus esforços, tudo o que eu tenho e sou, tudo isso só tem sentido real quando te tenho assim. Próxima, colada a mim." Ele disse e o beijo que se seguiu foi cheio de sentimento, seus lábios colados aos dela, sua língua lhe invadindo a boca, lhe possuindo, exigindo tomar tudo o que pudesse, não só da boca, mas também da alma.
Ele deitou Niyati de costas na cama, suspendeu sua camisola simples e antes de beijar a buceta, se encheu daquele cheiro único. Ele lhe abriu as pernas ao máximo e ficou um tempo observando cada centímetro daquela parte especial dela, sua parte mais íntima do corpo. Ele lhe lambeu a vulva com energia algumas vezes, Niyati gemeu a cada vez. Ele apenas lambeu, até que ela tentou se mexer, tentou aumentar o contato, Forest sorriu malvado e não deixou.
"Eu senti saudade o dia todo. Agora é a sua vez." Ele disse e a lambeu de novo.
"Mas eu também senti." Ela disse, Forest vibrou a lingua bem sobre o clitóris dela, ela chiou. Ele foi chupando e vibrando a língua, mas sem deixar que ela se movesse, segurando as pernas dela abertas só máximo. Niyati gemia descontrolada agora, pois Forest adicionou os dentes na estimulação de seu clitóris. Ele mordia a pontinha bem de leve, mas isso a fazia pular, ou tentar pular, já que ele a segurava contra o colchão.
"Forest, por favor!" Ela implorou e Forest sugou seu clitóris, o colocando todo na boca e a soltando, Niyati rebolou algumas vezes e gritou sua liberação. Forest se afastou e foi tirando sua roupa enquanto a olhava prostrada na cama, rendida às sensações que o orgasmo lhe sacudiu.
Forest voltou para a cama, a cobriu com seu corpo e a possuiu.
Niyati chiou quando a cabeça do pênis de Forest lhe tocou a entrada do útero. Uma conexão perfeita, ele estava totalmente enterrado nela.
Ela começou a se mover, Forest apenas se manteve firmemente enterrado nela, ela se movia contra ele. Os músculos vaginais o apertavam, a pélvis dela se esfregava contra sua pele. A lucidez foi o abandonando e Forest deu boas vindas ao seu animal interior, o lombo que lhe doou os genes para que ele fosse quem fosse, o lobo que lhe doou a capacidade de se vincular. A capacidade de amar e ser amado da forma mais intensa, única e perfeita de que se tinha conhecimento.
Quando o clímax o tomou, Forest se deixou voar pelas dimensões invisíveis que habitavam o mundo, que estavam ali, mas só aqueles que conheciam o Amor verdadeiro podiam acessar.
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Forest
FanfictionAté onde uma aventura inesperada pode curar um coração partido? Até onde podemos ir para salvar quem nós amamos? Essas perguntas e outras marcarão nossa próxima história, a história do primeiro Nova Espécie de segunda geração, Forest Slade North Pri...