➳ 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘵𝘩𝘳𝘦𝘦

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[✓] CAPÍTULO REVISADO: 10-12-23.


Carlos não esperava que alguém de Auradon fosse tão amigável com ele de forma espontânea, especialmente uma princesa. Mal sempre fazia comentários péssimos sobre essas garotas: mimadas, metidas, arrogantes.

Mas Florence não se encaixava em nenhum desses adjetivos.

Ela era legal, o melhor comentário que podia fazer justamente por não conhecer tantas palavras gentis. Não parecia ser o tipo de garota que desfazia dos outros ao primeiro olhar, sequer petulante se não conseguisse o que quisesse na hora que quisesse.

Mas ele não podia se perder nisso, tinha uma missão para cumprir.

Carlos adentrou o prédio referente aos dormitórios, em seguida indo ao quarto que dividiria com Jay. Foi uma surpresa — uma boa surpresa — encontrar todos ali reunidos. Mal caminhava de um lado para o outro pensativa, Evie checava sua imagem no espelho mágico que sua mãe dera antes de deixar a Ilhas dos Perdidos e Jay jogava videogame.

— Onde diabos você se meteu?! — Mal perguntou no instante que viu o garoto de cabelos brancos adentrar o cômodo. — No que estava pensando?!

— Foi mal, perdi a noção do tempo. — Carlos murmurou. — O que eu perdi?

— Só uma apresentação chata e mais um monte de blá blá blá. — Jay respondeu sem tirar os olhos da tela da televisão. — Onde você se meteu?

— Eu estava com a Florence, e... — Ele começou a dizer, porém rapidamente interrompeu a si próprio. Porém já era tarde demais, todos os olhares voltaram-se para si. — Merda.

— Quem é Florence? — Evie perguntou, curiosa. — Oh, espere! E a outra garota que nos recepcionou. O cabelo dela tinha um pouco de tinta e as roupas não eram exatamente bonitas. Lilás demais. — Torceu o nariz. — Então por que estava com ela?

— A pergunta em si é "por que estava com ela?" — Mal corrigiu, cruzando os braços. — Fala sério, Carlos. Viemos aqui por um único motivo, só isso. E você já está saindo por aí com uma "princesinha cor-de-rosa?"

Carlos revirou os olhos.

— Temos que fingir estar nos enturmando, não? — Ele rebateu. — E tem mais. Nesse meio tempo, Florence me contou onde a varinha da Fada Madrinha está sendo mantida. Facilitei nosso trabalho, de nada.

Mal arregalou os olhos de surpresa.

— Espere, ela contou para você? Do nada? — Perguntou.

— Não. Nós estávamos conversando sobre magia e ela acabou soltando essa informação. — Carlos explicou. — Disse que a varinha está guardada no Museu de História Natural.

— Evie, use seu espelho e veja onde diabos esse museu fica. — Mal ordenou.

O espelho logo deu sua resposta.

— Quatro quilômetros e meio daqui. — Evie disse. — Fecha às onze da noite.

Mal pareceu pensar em algo. Um minuto ou dois depois, disse:

— Ótimo. Preparem-se, porque a varinha da Fada Madrinha será nossa ainda hoje.

[...] Ao anoitecer.

Equilibrar os deveres reais com a escola era uma coisa que Florence nunca soube fazer, e por conta disso lá estava ela mais uma noite, tentando organizar e fazer a lição de casa atrasada. Recusava-se a ir para a detenção mais uma vez por conta disso. Fora que seus pais não ficavam nem um pouco felizes quando recebiam avisos da Fada Madrinha avisando que a filha quase zerou uma ou duas provas.

𝐈 𝐒𝐄𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓 • carlos de vilOnde histórias criam vida. Descubra agora