12. We can do this!

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Bruna's Point Of View.

Minha cabeça estava chegando rapidamente ao ponto de quebrar em mil pedaços. A dor em meu nariz não permitia que meus pensamentos fluíssem de forma consistente, no entanto, eu não poderia tirar da minha mente todos os problemas que estaríamos afrontando com a chegada de Liana... ou Rafaella. Eu nem sabia como chamá-la.

— Primeiro de tudo, eu quero pedir desculpas de novo. — eu disse e quando vi que várias delas franziram a testa e outras estavam prestes a me interromper, eu continuei: — Eu tenho o hábito de não explicar as coisas bem quando estou ansiosa ou nervosa e bem, eu sei que a maneira como eu mostrei a todos vocês a verdade não foi a melhor. Por isso, eu sinto muito.

— Isso não me dá o direito de bater em você. — Bianca apertou a mandíbula. — Bailey está certa, eu me comportei como um animal.

— Não, Bianca, você se comportou como um ser humano que se sentiu traído. — eu disse, em parte porque era verdade e em parte porque eu estava tentando acalmá-la da culpa. — Além disso, eu também tive um pouco de culpa, porque pode ter certeza que eu estava provocando você.

Ela arregalou os olhos em espanto.

— O quê? Por que diabos você fez isso? — Bailey gritou.

— Porque enquanto Bianca não extravasasse a raiva que ela tinha contra mim, ela não seria capaz de escutar tudo o que eu tenho a dizer. — eu me virei para ela. — Estou errada?

— Não, você não está. — meu sorriso cresceu quando ouvi suas palavras. 

— A propósito, devo esclarecer que eu nunca soube que Liana e Rafaella eram a mesma pessoa, não até ontem à noite. — eu disse, tentando eliminar qualquer dúvida de sua cabeça.

Balançando a cabeça, Bianca respirou fundo e vi em seus olhos que ela estava prestes a perguntar o que todos queriam saber.

— O que aconteceu com a Rafaella?

— Na verdade, eu só sei o básico, porque a minha relação com Liana começou sete meses depois de sua chegada ao hospital. — fiz uma pausa de alguns segundos. — Posso chamá-la de Liana ou isso incomoda você? Eu ainda não me acostumei, mas posso fazer o esforço de chamá-la de Rafaella se você quiser.

— Você pode chamá-la de Liana, afinal, esse é o nome dela agora. — Bianca respondeu.

— Mas não será por muito tempo. — Mari rebateu, abrindo e fechando os punhos para controlar sua própria ansiedade.

Eu balancei a cabeça, afinal de contas aquela era a lógica. 

— Liana estava bastante irreconhecível quando chegou ao hospital. Sua cabeça estava sangrando muito devido a uma ferida profunda, ela tinha quebrado algumas costelas, hemorragia interna e múltiplas escoriações superficiais, mas nada era mais preocupante do que o bebê. — Bianca levou uma mão ao peito enquanto fechava os olhos. Involuntariamente, meu nariz franziu em preocupação e meus olhos se encheram de lágrimas, no entanto eu consegui manter minha voz firme para perguntar. — Você está bem? Quer que eu pare? 

— Talvez você devesse esperar até se acalmar um pouco, Bianca. — Manoela Yang aconselhou. — Eu acho que nem você ou Marcela estão em uma boa posição para ouvir tudo isso agora.

— Eu estou bem, você não deve se preocupar comigo. — Marcela Altman disse olhando para mim, seus olhos estavam estranhamente escuros e ela tinha uma mão segurando gentilmente suas próprias costas, como se estivesse tentando se acalmar. Ela sentou-se ao lado de Bianca Karev e ela abraçou-a carinhosamente, mostrando seu apoio. Ao lado deles, Viviane Kepner estava expressando um pouco de preocupação com o rosto pálido de Marcela. — Ela era... ela é minha melhor amiga, eu preciso... saber o que aconteceu.

remember me. || rabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora