- é melhor começar a querer porque é exatamente isso que vai conseguir se continuar fazendo o que está fazendo. - o garoto - Gally - rosnou enquanto cerrava os punhos.
- o que você quer dizer?, eu não estou fazendo nada! - Marcel esbravejou, embora estivesse tremendo de medo de levar um soco das mãos daquele garoto.
Gally riu com desprezo, balançando sua cabeça como se estivesse incrédulo com a resposta de Marcel. - claro que é pôr mera e pura coincidência as coisas darem errado quando vocês três decidem mostrar suas caras de mertila!
Marcel junta as sobrancelhas em desagrado, parte disso pôr ser chamado pôr aquele insulto desconhecido. Ele mantia alguns passos afastados de Gally, quase na beirada da roda de clareanos entre eles.
- quer deixar o Marcel em paz? - Chuck resmungou, tomando a frente. Marcel quase sentiu mais culpa do que gratidão pelo garoto uns três anos mais novo que si o está defendendo-o. Quase.
- não se mete, fedelho. - a voz de Gally é abafada por um zumbido irritante. Marcel tapo seus ouvidos e aperta os olhos, derrepente sentindo como se tudo estivesse de baixo d'água. Suas pálpebras tentam olhar em volta, mas o barulho é tanto que só o faz se encolher no chão.
Quando foi que eu caí no chão?
Com os olhos semi-serrados ele tenta olhar em volta, mas ninguém na roda parece estar escutando esse barulho estridente além dele. Uma forte dor de cabeça o atinge e seus braços ficam fracos de mais para sequer tampar os ouvidos.
- Marcel?, Marcel!
- tente. Fale alguma coisa. - a garota cruzou os braços e levantou o queixo em um tom mandão.
- é tão natural pra você e o Thomas. E- eu simplesmente não consigo. - o garoto de cabelos clareados choraminga, inclinando sua cabeça para a parede metálica.
- Marcy, se você não conseguir eles vão te matar. - o garoto se esforça para não enrijecer a postura ao ouvir as palavras virem a sua mente.
- vamos lá. Você consegue me ouvir, agora tente mandar uma mensagem de volta. - o outro garoto na sala se pronuncia, suas mãos nos quadris e expressão empática.
- vocês estão parecendo dois pais. - Marcel resmunga mentalmente, torcendo para que sua mensagem tenha sido recebida.
Thomas e a garota se entre olham antes de sorrir para Marcel, suas expressões mistas de alívio e entusiasmo. Marcel sente os músculos de suas bochechas doerem com a súbita vontade de sorrir, um sorriso de verdade em algum tempo, embora isso signifique apenas o início de muitas coisas. Coisas ruins.
Azuis.
"Tom, não conheço nenhuma dessas pessoas. Venha até aqui! Está tudo desaparecendo..."
"Tom, não conheço nenhuma dessas pessoas. Venha até aqui!, está tudo desaparecendo..."
"O labirinto é um código, Tom. O labirinto é um código."
- o que? - ele escuta ao longe, suas pálpebras ainda muito pesadas para abrir, embora a vontade de ver alguma coisa sólida e ter noção de lugar seja gritante. Ele usou os braços como apoio, se inclinando para olhar em volta.
- o que aconteceu? - Marcel surpreendeu-se por conseguir falar tão rápido depois da inconsciência, encarando Chuck ao seu lado com os olhos cerrados, mas não por excesso de luz.
- você capotou, lá na frente com o Gally, a garota acordou, os muros...
- o quê? - Marcel quase sente seu pescoço estalar com o quão rápido se virou para Chuck.
- é, o pessoal ficou falando que você provavelmente plongou nas calças mas você não faria...
- Chuck, foco, a garota que subiu na caixa comigo acordou? - Marcel sentia-se eufórico, curioso e confuso. Emoções de mais para alguém que acabou de acordar da inconsciência induzida por lembranças muito mal recordadas.
- é, bem, sim. Billy e Jackson a levaram para o amansador, algo sobre ela ter desencadeado o vérmino... Não isso não está certo... - Chuck franziu as sobrancelhas enquanto se erguia em pé, começando a andar de um lado a outro...
- pérmino... Lérmino...
- término! - Marcel se levantou em um impulso, se arrependendo e tendo que apoiar os quadris cama atrás de si por conta da fadiga.
- isso aí... Espere, como você...?
- preciso chegar até ela, Chuck. - Marcel interrompeu o garoto, dando alguns passos para a frente, encarando o céu rubro pela janela a esquerda.
- isso... não vai ser possível, Alby deu instruções sérias sobre nem chegarem perto dessa garota. - a expressão de Marcel cai, e ele cerra os punhos com isso. Alby não era o primeiro no comando que estava acamado?
- E temos outro problema, Os portões, eles não fecharam á noite. - Chuck diz isso hesitante em dar essa notícia ao amigo recém despertado.
- noite? - Marcel imediatamente volta seu olhar para a janela. Cacete, já é noite. O sol sumiu, a caixa não sobe mais e os portões NÃO FECHAM. Isso é o término? Término do que?
- o que tá acontecendo... - |ɘɔɿɒႱ usa seu braço pra se apoiar contra a parede, sentindo-se como se não fosse aguentar ficar de pé. Pressionando sua testa contra a parede, olhos fechados como se isso fosse ajudar na realidade a sua volta, mas ele ainda sente Chuck o olhando com preocupação. Ainda sente a cortina branca entre suas memórias. Ainda sente vontade de socar, gritar, se encolher e chorar.
O líder dos construtores, Gally, desapareceu após ser repreendido por confrontar Marcel. Ele ralhou palavras sem sentido e foi visto correndo para fora, para o labirinto, cuja as portas já deviam estar fechadas. Sem o seu líder, os construtores receberam ordens de erguer barricadas diante de cada porta, eles obedeceram embora Thomas soubesse que não teriam tempo o suficiente e que não havia matérias que permitissem um bom resultado. Teve a impressão que os encarregados, ao manter as pessoas ocupadas, tentavam retardar os inevitáveis ataques de Pânico. Thomas ajudou enquanto os Construtores reuniam todos os objetos soltos que pudessem encontrar e os empilhavam nas aberturas, prendendo as coisas uma nas outras da melhor maneira possível. Aquilo lhe parecia horrível, ridículo e o aterrorizava - não havia como se proteger dos Verdugos.

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Maze mind: maze of chaos
Ciencia Ficción⚠️Ua/Universo alternativo ⚠️ ⚠️ Boy×Boy⚠️ Memórias de sua vida anterior já não existem mais. Uma nova e temivél se inicia. Corra. Lembre-se. E açima de tudo: fique vivo. Ao despertar dentro de um tenebroso elevador em movimento. a única coisa que M...