Blue Hair

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Agatha estava em sua sala na base da ordem concentrada lendo como funcionava alguns rituais para aprender a conjurar. Quando estava prestes a fazer o símbolo do ritual, ouviu alguém bater na porta.

- Pode entrar!! - diz a garota sem tirar os olhos no caderno em sua mão.

- Oi Agatha! Como cê' ta?? - era Arthur, assim que Agatha ouviu sua voz, levantou a cabeça em direção ao mais velho.

- Opa, Arthur, to suave, só vendo uns rituais, nada de novo. E você ta bem?

- To' sim, só a ordem que ta uma loucura com o pessoal novo. - Arthur estava realmente cansado já que ele anda ajudando muito o Sr. Veríssimo com todas essas mudanças na ordem.

Não tinha tantas pessoas assim, mas ainda sim, era uma galera. Alguns grupos de pessoas estrangeiras e outras do Brasil mesmo, só que de outro estado.

- To' ligada, tem gente nova pra caralho. - Fala enquanto passa a língua pela boca, um tic da garota.

- Pois é bem provável que venha mais galerinha de fora.

- MAIS??? Ta' porra...

- Pois é! mas isso é bom demais para ordem, você sabe, só assim para derrubar o kian. - diz Arthur com um sorriso no rosto, por fora ele parece bem tranquilo sobre isso, mas por dentro so ele sabe a bagunça que está sua cabeça. Mudanças sempre foi algo difícil de Arthur lidar mas graças a ordem isso mudou, inevitavelmente.

- Kian broxa do caralho. - diz revirando os olhos.

- E bota broxa nisso. Mas enfim, só queria ver se você tava bem, tenho que voltar ao trabalho já ta quase acabando por hoje mesmo. Beijinhos Agatha!! E vai para a casa dormir porra, fica aqui ate tarde não!! - Arthur diz fingindo estar bravo.

- Ta ta eu vou, não se preocupa. Tchau Arthur! - Agatha fala em tom de deboche, todo dia Arthur fala a mesma coisa pra ela. Assim Arthur sai da sala deixando Agatha sozinha.

Bom, amanhã é um novo dia, quem sabe algum desses novos agentes sejam legais, o que é bem difícil, na visão de Agatha, alguém ser legal com ela de primeira é algo quase impossível, tirando Arthur, Dante, Ivete, Veríssimo e Mia, claro, mas vai que né...

☆ ☆

Um pouco longe dali (diga-se muito longe) na cidade de Toronto havia uma garota de 1,60 de altura e pele parda arrumando suas malas.

O nome dela é Elisa, uma jovem meia canadense e meia brasileira de curtos cabelos azuis cacheados.

Estava em seu quarto preparando as malas, já que depois de amanhã iria viajar para o país natal de sua mãe, o Brasil!! Ela já foi ao Brasil antes, mas foi quando pequena então não se lembra muito do país, mas tinha um português quase sem sotaque, pois sua mãe e Carla (braço direito da família e sua segunda mãe) sempre ensinou a garota a falar português, então a comunicação não sera um problema.

O quarto dela tinha uma cama bagunçada, fotos na parede, um guarda-roupa bem bagunçado também, ela não era la a pessoa mais organizada do mundo mas também não em um nível de perder as coisas em seu próprio quarto, bem... as vezes sim, mas isso não vem ao caso agora. Ao lado da cama tinha uma mesa com vários materiais de desenho e artesanato, Elisa amava arte no geral, principalmente coisas feitas a mão. Os desenhos eram bem variados, ia de apenas flores fofas a desenho macabros de monstros, mas havia um tipo específico de desenho, não era flores ou monstro, mas sim uma garota. A garota que Elisa sonha há tempos. Lisa adorava desenhar cada detalhe dela com medo de acabar esquecendo de seu rosto, até porque sua memória não é a melhor, mas quando se tratava dos sonhos que tinha com a garota tatuada, ela nunca esquecia, lembrava de cada detalhe.

comfort - Agatha Volkomenn Onde histórias criam vida. Descubra agora