𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮́𝐥𝐨 𝐗

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Um livro senta-se em seu estômago, enquanto ele avança na cadeira dele. Sento-me nas proximidades, fingindo assistir TV. De tempos em tempos o seu olhar sobre seu livro para, me encontrando.

Eu sei o que ele está fazendo. Ele fica lá dia após dia, me observando, nunca me deixa fora de sua vista.

Não importa o quê. Ele está em toda parte.

Seus olhos me seguem quando saio da sala. Mesmo quando ele não está à vista, posso sentir sua presença.

Em desespero, viro-me para a porta.

Talvez se eu for embora agora.

Se eu for muito calma.

Talvez.

Não tenho sapatos, mas sou grata por isso, porque eu sou muito mais silenciosa no chão. Eu alcanço e seguro a maçaneta de bronze.

Um braço grosso envolve na minha cintura, me puxando de volta em seu peito. Eu grito, já no limite.

— Onde você acha que vai? - Ele pede, em minha orelha.

O grito torna-se um tremendo gemido. Os lábios dele encontram a área sensível embaixo de minha orelha. Eu fecho os olhos, disposta a não sentir prazer, e não me divertir.

Mas eu faço.

Eu sou impotente contra os sentimentos que ele me dá. Só de roçar com os dedos no meu pescoço é suficiente para tornar-me mole. Eu sou empurrada contra a parede delicadamente quando seu corpo cobre o meu. Sua boca quente desce por cima da minha.

— Fiz uma pergunta.

A dica de um sorriso em sua voz me faz uma pausa. Não sei se este é um dos seus jogos, ou se ele é sério.

— Eu queria ir embora. Só por um pouco de tempo.

— Onde? Eu vou te levar.

— Não confia em mim? - Peço, olhando nos olhos quentes dele.

Ele me dá um sorriso irônico, tocando meu ombro com o dedo. — Ah, não me faça te amarrar. Você não vai ser capaz de lidar com o quanto eu iria gostar disso.

Abandonando todos os pretextos, eu contorno o seu peito e caminho na direção da sala de estar. Não há nenhum escape. De jeito nenhum eu posso manipular ou enganá-lo.

Mas meu coração pensa diferente.

— Este é o seu apartamento, também. Você pode fazer o que você quiser aqui. Você só não pode deixá-lo sem mim. Ainda não.

— Por que não?

Ele enfia as mãos dentro de seus bolsos. — O chefe não confia em você. O que você viu no bar do Jimin... - ele balança a cabeça.

— O que acha? Confia em mim? - Eu falo enquanto ele olha para baixo para mim com uma mistura de calor e incerteza.

— Ainda não. - Ele diz quase se desculpando.

Uma pequena picada de dor ameaça as minhas lágrimas. — Esse relacionamento não vale nada a menos que haja confiança. Eu espero que você perceba. - estalo fora.

As suas mãos escovam no meu rosto e vejo a sua determinação se desintegrando. Tae odeia fazer isso comigo. — Eu odeio ver você tão triste.

— Isso faz de nós dois - digo devidamente.

Ainda não muda o fato de que ele está me mantendo aqui.

𝐀𝐋𝐓𝐎 𝐑𝐈𝐒𝐂𝐎 | KTH +18 [ Concluído ]Onde histórias criam vida. Descubra agora