𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮́𝐥𝐨 𝐗𝐈

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Não pode ser verdade. Não acredito.

Estou presa em uma névoa. Volto ao campus, na hora de fazer a minha aula de 13:30. Meu telefone vibra como uma colméia de abelhas furiosas, mas ignoro-o. Eu ando longe do campus, na intenção de obter a verdade. A verdade indescritível.

Explica tudo - por que minha mãe estava sempre tão paranóica e porque ela precisava de todos os pagamentos para pagar agiotas a não importuná-la. Então por que eu nunca os vi?

Indo lá em baixo, eu salto para o primeiro trem para Brooklyn. Vai ser um longo tempo até conseguir chegar lá. Abundância de tempo para pensar. Os federais me deram um cartão, que eu tenho em meus dedos. Eles me imploraram para ligar se eu mudar de ideia.

Espantada, vejo como as pessoas entram e saem do carro de metrô sem um cuidado no mundo.

Não faço ideia o que está acontecendo ao redor.

Sinto que estou sendo observada.

A paranóia incha dentro de mim novamente. Meu pescoço estrala como eu olho ao redor, meu peito aperta. Eu giro o anel em meu dedo incessantemente. Meus olhos seguem cada pessoa que embarca no metrô.

Poderiam ser um dos de Taehyung? A seguir-me?

E se eles me viram ser pega pelo FBI?

Meu corpo balança só de pensar o que seria parecido com Giacomo Vittorio, e então me alegro fervorosamente que ele está atualmente no hospital.

A viagem para o Brooklyn é inteiramente demasiado rápido. Eu subo lá em cima com passos pesados e pernas cansadas, os meus olhos procuram a casa da minha mãe, que é apenas a alguns quarteirões de distância. Meu coração bate como uma montagem, o sentimento de pavor quando me aproximo da casa.

Por favor, que não seja verdade.

Meu punho martela na porta e eu suspiro quando a porta abre-se imediatamente, como se ela estivesse esperando. Para alguém. Minha mãe está vestida com roupas normais, pela primeira vez. Até uma fraca coloração de cor nos lábios

Ela nem usa batom.

— Oh, é você, - ela diz em um tom decepcionado. —Se você não vai me ajudar, só vai embora.

— Precisamos conversar.

Ela fecha a porta, mas eu abro meu caminho no cotovelo.

— Cecília, como se atreve?

— Mãe, precisamos conversar!

A borda em minha voz a faz andar para trás, para a casa de merda. Ela fecha a porta atrás dela.

Aquela familiar sensação se rastejando pela minha pele desce sobre mim.

— Mãe, quem realmente matou o pai?

Alargam os olhos da mãe e ela distraidamente escolhe um ponto no rosto dela. — O que está falando sobre?

— Que ele se meteu com as pessoas erradas?

A boca treme como ela ignora a minha pergunta, caminhando para a sala para pegar um isqueiro na mesa do café. Seu rosto torturado acende-se periodicamente na luz da chama.

— Lhes devia muito dinheiro. Pilwon deveria nunca ter feito isso, ele não deveria ter levado o dinheiro desses animais.

A voz dela cai, soando mais vulnerável do que ouvi em anos.

𝐀𝐋𝐓𝐎 𝐑𝐈𝐒𝐂𝐎 | KTH +18 [ Concluído ]Onde histórias criam vida. Descubra agora