Perda

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Tema:Sequestro, violência física, gravidez, aborto.










Jason ainda não havia voltado,  eu estou cuidando da pequena horta que havia feito la fora, quando um casal apareceu, ambos com sorrisos enormes, um mapa em mãos e mochilas nas costas, apareceram.

—Olá, desculpa incomodar, mas sabe onde fica o lago? A mulher pergunta.

—Eu, é... Pegue a trilha a direita, aquela. Respondo apontando para a trilha mais a frente.

—Ah sim... Eu falei amor, aí moça sabe como são estes homens, a nossa água acabou será que você pode nos dar um pouco, e eu estou morrendo de vontade de ir ao banheiro. Ela fala com um tom choroso.

Só  havia uma regra, e Jason nunca nem precisou dizer, nunca deixar ninguém  entrar em casa, e não sair sem ele nunca.

—Ah eu posso pegar um pouco de água, sinto muito mas não posso deixar vocês  entrarem. Falo educadamente a eles, o olhar gentil da mulher mudou rapidamente.

—Vadia idiota. A mulher xinga irritada.

—Acha uma arma então  Ele responde.— Porra.

Os dois trocaram de lugar, o homem veio me vigiar e a mulher foi revirar o antigo acampamento,  eles me arrastaram com eles, como um trovão a porta foi aberta, e Jason estava lá  parado bufando irritado, apertando a mão em volta do facão,  o loiro me soltou e partiu para cima dele, mas  não teve a menor chance com apenas um golpe sua cabeça  saiu voando pela, e seu corpo caiu aos pés  de Jason, o grito agudo da mulher o atraiu enquanto  ele caminhava até onde eu estava, passou por mim, seguindo atrás  dela para dentro da floresta.

Conviver com Jason era perfeito, aos poucos consertamos a velha cabana, ele me olhava por trás  da máscara com seus olhos brilhantes, talvez fosse a parte doentia da minha mente, mas eu quero acreditar que é  algum sentimento que ele tem em relação  a mim. E se não fosse não tem problema, não seria a primeira vez que estou errada.

Eu nunca mais vi ele matando, mas quando os sinos tocavam na cabana ele pegava o facão e saia floresta à dentro, sem olhar para trás, então depois de horas ou dias ele voltaria, coberto de sangue e ferimentos, a primeira vez que vi ele assim, quase morri de susto,  e ele ficou lá parado me olhando tentando cuidar  dos ferimentos dele, aprendi que ele não sente dor dos ferimentos nem fica com fome ou dorme, mas ele se deita na cama comigo, depois de várias rodadas seguidas e brutais de sexo, posso sentir as mãos enormes dele percorrendo meu corpo, e acariciando  meu cabelo.

O rosnado  furioso dele a fez se arrepiar, algo estava errado, muito errado.

Como ela pode trair ele assim, trazendo os amigos dela e fugindo com eles, isso fez minha raiva aumentar, quero machucá-la. Mentirosa, mentirosa, eu vou matar você, continuo a caminhar até ela, agarrando seu braço  a levando para fora, puxo e  aperto seu braço, enquanto tento ignorar suas palavras vazias.

—Jason... eu não gosto disso, você está me assustando, não deixei eles entrarem em casa eu juro. Se explica dando passos atrapalhados.—Por favor... esta me machucando... Jason por favor. Ela chora, tropeçando.

A jogo contra uma árvore, cansado de ouvir sua voz, seu pequeno corpo cai no chão, seu grito de dor é susto me faz ficar feliz, seu vestido branco está sujo de lama, e ela se encolhe com medo.

—Jason... Ela fala o nome dele em um susurro, antes de desmaiar.

Eu ia terminar com aquela palhaçada, vou arrancar cada membro do corpo desta vadia e espalhar os pedaços  por todo o lago, me aproximo, com o facão em direção a ela.

"JASOM não faça isso, por favor filho... me ousa...PARE por favor, olhe ... Olhe Jason".

A voz de minha mãe sussurrou muito baixo em minha mente em desespero, olhar o que ?  Me aproximo da pequena o seu rosto está marcado alguém bateu no rosto dela, seu pescoço  está com marcas avermelhadas e com cortes  suas unhas estão sangrando e quebradas, ela lutou.

O murmuro de dor saiu dele,  Jason esteve perto, muito mesmo de matá-la, a aconchegou em seus braços  enormes, então ele viu por reflexo algo em meio ao tecido do vestido, sangue, quando ele pegou em suas mãos trêmulas  ele ja sabia o que era, o choro em sua mente de sua  mãe, um bebê,  seu filho, o grito dele ecoou pela floresta.


Dói muito, eu a feri, ela perdeu nosso filho, será que ela sabia? E minha culpa eu não estáva lá para protegê-los, não acreditei nela, se minha mãe não tivesse  intervindo eu teria a  matado. E quando ela acordou, seu doce sorriso me quebrou.

— Eu estou bem... juro. Ela falou pela milésima vez a ele.

Super protetor é pouco, foram longos choramingos de dor é arrependimento, então quando jason me levou até lá fora, e me mostrou uma pequena roseira recém plantada e se ajoelhou tocando seu rosto contra minha barriga, meu mundo parou, lágrimas rolaram, eu perdi nosso filho.

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