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O anjo andou sem pressa até a mesa pequena e redonda no meio da sala.
Fazendo um pequeno milagre, ele limpa aquela bagunça.
As taças sumiram junto com as garrafas vazias.
Ele suspirou e foi tranquilo até sua confiável escrivaninha onde decidiu anotar algo em seu diário, como gostava de fazer.
Dava para ouvir os canos tremendo no teto quando a água quente do banheiro foi ligada.
- Bom – Aziraphale sorrio sabendo que seu amigo demônio iria seguir seu conselho.
Um tempo se passou e o anjo satisfeito se inclinou na cadeira macia.A história magnífica do incrível mágico Fell foi registrada.
Enquanto se levantava da cadeira ele murmurava cantarolando.
- Um magnífico número sem sombras de dúvida.
O anjo se pergunta se Crowley já foi para cama.
Então decide subir.
Aziraphale vai até o seu pequeno quarto.
O quarto escuro estava repleto de livros e papéis entulhados.
Quase 6 mil anos de história estavam por toda livraria.
No canto perto de uma janela grande que dava para rua havia uma pequena e simples cama com um elegante demônio de terno dormindo nela.Crowley empilhou seu paletó, gravata, óculos e chapéu ao lado da porta em cima de alguns livros e ao lado da cama no chão seus sapatos finos.
O anjo foi de forma curiosa até o Crowley.Seus cabelos vermelhos estavam perfeitamente penteados para o lado.
Seu cabelo nunca sai de moda, não importa qual seja a era ele sempre tenta se vestir a caráter.Sua pele meio bronzeada e seu corpo esbelto chama sempre a atenção aonde vai.
- Está dormindo? - Aziraphale pergunta meio sem jeito de pé do lado da cama.
Mesmo com o quarto escuro dava para ver os olhos amarelos com pupilas afiadas se abrindo.
Na mesma hora a luz fraca e amarela do abajur liga.- Não tem como dormir com você me encarando né. - O demônio olha para cima e depois olha para o anjo - Quer dizer, o que foi? Quer dormir também?
- Eu devo? - por magia a cama dobra de tamanho e o Aziraphale já estava deitando usando um pijama simples da época.
- Isso é novidade - Crowley sorrir e vira o corpo para o lado olhando para o anjo deitado ao seu lado. - Gosta de dormir tanto assim é? - seu tom era de brincadeira.
O anjo estava inocentemente deitado olhando para o teto com as mãos juntas e os dedos cruzados na barriga.
- Para ser sincero eu gosto mesmo - ele olha de lado e depois olha para cima de novo. - é bem melhor do que ficar com tédio a noite toda.
- Pois é né.
- Além do mais é bem relaxante.
- É bem relaxante mesmo – Crowley fica analisando o pijama claro de Aziraphale, calça solta e camiseta com botões, estranhamente combinava com a aparecia macia do anjo – E qual é da roupa? Acho que a última vez que te vi usando algo sem ser aquele terno brega foi em 1820.
- Não seja rude, é confortável. – O anjo passa a mão no tecido de algodão do pijama – tanto quanto as minhas roupas normais.
Crowley da um sorriso e encosta melhor o rosto no travesseiro.
- O que você tem hoje em anjo? Nunca foi assim.
- p-Percebeu? Eu também não sei! – Aziraphale o olha virando o seu corpo para o lado – Eu não entendo também, talvez seja porque estou agradecido por ter me salvado. Quer dizer, me ajudado.
- Eu te salvei, é, é verdade, duas vezes, só nesses dois dias – Ele lembra do número de mágica ridículo, mas prefere não falar em voz alta – Uma pena que encerrou a sua carreira de magico. Não durou muito, mas foi -bem- melhor assim.
- Eu posso fazer um número uma vez ou outra em particular. – Aziraphale fica animado pensando em qual magica poderia fazer enquanto Crowley se limitava em falar "Não, não, realmente não". – Mas não é só disso que estou falando – Aziraphale olha para o demônio na sua frente com mais calma.
Mesmo não admitindo Aziraphale sabia bem que Crowley era o único com quem podia conversar, o céu não entenderia muitas coisas ditas por ele, principalmente quando se tratava da terra.
O anjo também nunca se misturou muito com os humanos, tenta evitar como pode interações sociais.
O que resta é Crowley.
O oposto dele, mas de certa forma igual.
- Hoje fiquei feliz, muito feliz em te ver Crowley. – Ele sorrir ainda olhando para o demônio, sua voz era suave e calma. – E fiquei feliz por toda a noite.
Aziraphale com seu jeito inocente e calmo apenas avança um pouco e segura o braço do Crowley que dá um pequeno pulo de susto. – Hoje fiquei feliz até mesmo por me tocar, não é estranho? Geralmente é como humanos se sentem!
- Como assim? – Crowley volta a postura e sorrir voltando a se divertir com a situação – Feliz? Bom, isso é bom eu acho, é bom, certo? – Ele pergunta também confuso.
- Bom, eu não sei, deve ser horrível com certeza – Azira tira a mão do braço do demônio – Mas mesmo assim sinto, o que dá para fazer?
- Eu também fico feliz anjo – Crowley pega a mão do anjo de volta para si.– Falar, ou até tocar, isso é, também novidade, mas legal.
O anjo suspira dando um sorriso tímido. Seus olhos se voltam para as mãos do Crowley brincando com a mão dele.
- Escuta, Crowley... – O anjo olha para o rosto do demônio no escuro.
Seu rosto era quase inocente o lembrando do anjo que era antes, ele sempre foi brincalhão e agora está se distraindo brincando com a mão – Você já pensou alguma vez em beijos?
Crowley fica um tempo só olhando para o Aziraphale, dava para entender só de olhar qual beijo estava falando.
- Eu-Eu não sei, já? Talvez? Eu realmente não sei. Você sim?
- Não até agora, na verdade.
- Até agora você diz, quer dizer comigo? – Crowley fica sem reação então apenas sorrir sem graça. – Quero dizer, claro que é comigo, com quem mais seria? É comigo né?
- Claro que com você. Está realmente sendo desagradável, não pode apenas responder normalmente? É uma pergunta simples. – O anjo bufou impaciente tirando a mão das mãos dele. – Quer saber? É uma pergunta boba. – Ele vira o corpo ficando de costas para o demônio.
- Ah qual é - Crowley se senta na cama. – Até em uma luta de box alguém nocauteado tem 10 segundos. Eu só estava processando. Quer saber? Beijo? Adoraria, vamos nos beijar, apenas vire de novo. – O demônio segurava o ombro do anjo o puxando.
Aziraphale fica deitado de barriga para cima e olha para o demônio, seus olhos azuis sempre inocentes estavam desconfiados, estava tão ansioso por uma resposta que não pensou em esperar apenas tirou suas conclusões o deixando irritado.
- Tira essa cara vai – Crowley coloca as mãos na cama entre o anjo e inclina o seu corpo para ele deixando o rosto deles bem próximo – Eu quero te beijar, pronto, está feliz?
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Oii gente linda, se estão gostando comenta? se tiver qlqr erro em venho depois da uma limpada.
obrigada pela leitura!prox cap: Lemon
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bons presságios
Romance- Me pergunto o motivo de Crowley arriscar toda a sua existência por você, você nem parece fazer o tipo dele... - o demônio no banco do passageiro falou quase para si mesmo, enquanto olhava a paisagem neblinada -...Se bem que...Lembro de ter ouvido...