Pela manhã havia um anjo nu na camadormindo profundamente. Uma cobra estava na cama ao seu lado, suas escamas erampretas e vermelhas e seu rosto triangular, mostrando que era venenosa, eramaior do que o rosto de Aziraphale seu corpo longo passava ao redor da perna doanjo a enrolando e seu comprimento só parava no chão perto da porta.
O anjo abraçava a cobra deixando bem próximo dele.
Eles dormiram a manhã toda até a tarde, Crowley acorda vendo o anjo deitado doseu lado com os olhos abertos.
- Bom dia raio de sol – O anjo sorrio brincando, os olhos de serpente afiadoscomo uma faca o encaravam como se ainda estivesse processando. – Nunca pensei quetentaria me confundir com uma presa enquanto dormíamos....
Todo o corpo de Crowley como serpente estava imobilizando o anjo, passando dasua barriga e se enrolando até a ponta do pé na sua perna direita.
Ele era grande demais para a cama.
Ele piscou algumas vezes enquanto finalmente acorda o suficiente para voltar aonormal.
- E tambémnunca pensei que gostasse de dormir, para mim o mal não dormia.
- Oh, eu gosto de dormir – O Crowley diz com sua voz rouca encostando o rosto no travesseirosem se importar com a janela atrás dele sem cortinas mostrando sua nudez na luzdo sol do meio-dia. – Eu dormi quase o século 19 inteiro, só acordei em 1832para ir ao banheiro. – Diz o demônio entre o bocejo.
- Isso explica por que não te vi naquela época, pensei que estava tomando umabronca dos, er, bom, seus supervisores.
- Eles- nãose preocupe. – Crowley volta afechar os olhos ainda meio sonolento. – Eles me ador...
Ele voltou a dormir.
- Ohquerido.... – Aziraphale sorrir vendo um demônio tão astuto dormindo como um bebê.
Agora que estava livre Aziraphale pode se levantar.
Ele já havia acordado a um bom tempo, mas não queria acordar o demônio na suafrente.
Ele estrala os dedos e uma cortina escura que não estava lá antes se fechadeixando apenas uma brecha de luz perto do peito de Crowley.
Mesmo com o sol da tarde estava fria demais, então o anjo cobriu o demônio como lençol.
Quando o anjo finalmente sai da cama sente seu corpo latejar, mesmo estando nacama ele havia vestido o pijama novamente por milagre. Seu corpo estava vestido,mas ainda dava para ver mordidas e cupões de coloração roxa, verde e vermelhana parte esquerda do seu pescoço quase todo.
Elesuspira e começa a andar para fora do quarto.
Decide tomar um banho quente.
Mesmo sentindo dor e mesmo tendo o dom de curar até ossos quebrados decidiu nãotirar o que Crowley fez comtanta paixão.
A dor não era ruim.
Ele se olha no espelho finalmente olhando para as marcas que apenas sentia.
- Oh que desastre. – Ele fala em um reclamo.
Ele fecha a porta do banheiro, finalmente irá tomar o banho que precisa.
Depois de um tempo ele sai vitalizado, suas roupas eram como os habituais sóque sem o sobretudo já que estava dentro de casa.
Ele anda até a escadaria, mas passa pela porta aberta do pequeno quarto antes.Ele olha para a cama que agora não era mais tão pequena assim e percebe que nãotinha ninguém.
Ele suspira e olha para o relógio dentro do bolso da sua calça.
duas horas da tarde.
Onde será que Crowley foi?
Bem, era verdade, o demônio sempre saia e voltava sem avisar, avisar nunca foi necessário,um sabia que veria o outro de novo e o outro sabia o que o outro tinha quefazer.
Um demônio como Crowley só fazia o mal, era seu trabalho afinal, o anjo nunca quissaber disso então raramente perguntava da vida do demônio, principalmente emtempos de guerra.
Mas era diferente agora certo? Já que eles fizeram o que fizeram pela noite.
Aziraphale decidiu não pensar muito nisso e desceu.
Nenhuma presença maligna, nenhum demônio dentro da biblioteca.
Nem mesmo o seu demônio.
Ele decide pegar um disco e colocar para tocar, as melodias de Frédéric Chopin invadem a biblioteca. Umdisco novinho em folha.
As músicas realmente agradavam o anjo que finalmente relaxou sentando-se em suacadeira de madeira e pegando um bom livro para ler.
Ele não ia abrir a livraria hoje.
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bons presságios
Romance- Me pergunto o motivo de Crowley arriscar toda a sua existência por você, você nem parece fazer o tipo dele... - o demônio no banco do passageiro falou quase para si mesmo, enquanto olhava a paisagem neblinada -...Se bem que...Lembro de ter ouvido...