Mia é uma garota da cidade com sérios problemas familiares. Seus pais morreram quando ela ainda era pequena, mas em um desvio do tempo a garota acorda em um castelo.
Em que ano ela está? E quem são essas pessoas que a tratam como se fosse da realeza...
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Hoje completa 12 dias que estou aqui. Sim eu contei.
É tão estranho, pois não me preocupo em voltar para o que um dia eu considerei uma "casa", os meus dias foram calmos, nada fora do comum, na verdade teve algo sim, minhas aulas de dança com o Edward começaram um dia após que o Sr.meia-noite me encontrou.
As aulas com ele foram ótimas, ele foi gentil e atencioso, teve que ter muita paciência. Mas acho que estou tendo melhoras.
Agora me encontro o analisando tocar piano. Sim piano! Ele é ótimo seus dedos tocam o piano tão levemente, por um momento me peguei pensando em coisas indecentes mas logo tirei isso da cabeça.
Ele estava calmo, os olhos gélidos já não se encontravam mais ali, ao invés disso ele exalava uma paz absurda.
Eu realmente tentei me afastar dele, mas com as aulas de dança isso foi impossível, acabamos nos aproximando mais. Ele é gentil, e atencioso, mas tão proibido pra mim.
Estava tão perdida sendo bombardeada com diversos pensamentos, que não percebi que a bela melodia avia parada de ser tocada. O ser mais lindo já visto por mim estava me olhando.
Eu me perdia em seu olhar, tudo era tão bom quando era com ele!
— Oque está deixando minha garota tão avoada? - Minha "garota", isso soava bem, meu coração estava descompassado, ele batia tão rápida que temia perder totalmente o ar.
Tenho praticamente certeza que devo estar mais vermelha que uma pimenta, volto minha atenção para o lindo homen a minha frente e fico tentada a dizer que estava pensando no que aqueles dedos poderiam fazer comigo. Mas não seria louca a esse nível. Ou seria?
— Hum... No Que será que eu estava pensando? - seus olhos estavam fixos no meu, era torturante de mais, mas não iria ceder tão fácil!
— Talvez em mim? Seu rosto delicado não esconde as impurezas que vc pensa....
Meus olhos se arregalam, tava tão na cara assim? Ou ele jogou verde? porque se foi ele conseguiu!
Eu fechei meu olhos morrendo de vergonha. Mas o som que eu escutei a seguir foi tão satisfatória que eu passaria essa mesma vergonha milhares de vezes. A risada dele era tão contagiante que eu não consegui me segurar e comecei a rir também.
Com meus olhos já abertos vi quando ele se curvava levemente pra baixo tentando parar de rir, mas ele sempre falhava miseravelmente.
— Pare de rir de mim! Não tem graça- meu olhos se reviraram no automático, não consegui manter a postura por muito tempo e o acompanhei rindo frenéticamente.
Acho que esse se tornou meu som favorito.
— Disculpa, foi inevitável- ele tinha um sorriso de canto tão perfeito.
Eu não o respondi, não consegui formular alguma frase decente.
Ele me deu outro sorriso de sua coleção perfeita, e virou de costas pra mim caminhando até o canto da sala, não sei quando, ou como aquilo foi parar ali, mas ele pegou um disco de música numa prateleira e colocou pra tocar.
