𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 7

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Alara Prescott Kincaid.

— Você. — Mindy diz calmamente

— Eu? — Sam responde indignada — Eu não acredito nisso! — ela levanta bruscamente do sofá, Ajuntando suas coisas e rapidamente deixando o lugar. Sem dizer mais nenhuma palavra.

— É sério Mindy? Que droga! — Alguns olhares ainda pesavam sobre mim, mas ignorando todos, me levantei e fui atrás dela.

Assim que corro para fora da casa percebo que Sam não estava mais ali, seu carro havia sumido, o que quer dizer que ela provavelmente teria saído com ele. Retiro meu celular do bolso discando seu número, sem surpresa, ela não atende. Assim que me viro na intenção de voltar para dentro, esbarro com Dewey.

— Ei, calma aí — ele segura fortemente meus braços

— Desculpa eu.. — respiro fundo me recompondo — Você pode por favor me levar ao hospital? Preciso conversar com Tara.

— Claro, mas primeiro nós vamos até a delegacia, preciso falar com seu pai. — ele diz e seguindo caminho até o carro

— Isso é mesmo necessário?

— Sem sombra de dúvidas. — ele abre a porta do carro — vamos, entre.

A delegacia estava num verdadeiro caos, com policiais se movimentando freneticamente em todas as direções, viaturas entrando e saindo constantemente. Entre as fotos dos antigos assassinos e vítimas, aproximo-me para dar uma olhada e me deparo com uma foto de Jill. Recordo-me dela com extrema nitidez, pois a primeira vez que nos encontramos eu tinha apenas 5 anos. Sempre gostei muito dela, brincávamos juntas na varanda de casa e, sempre que passava alguém vendendo doces, ela comprava para mim.

Éramos extremamente próximas, até o dia em que completei 11 anos e minha mãe ordenou que meu pai me levasse para longe em uma viagem. Na época, não compreendi bem o motivo, mas anos depois minha mãe revelou a verdade: Jill era uma assassina que havia tentado a matar. Fiquei devastada, me tranquei no meu quarto por uma semana inteira. Jill havia se aproximado de mim apenas para me atacar quando não havia testemunhas por perto. Todas as vezes em que compartilhamos momentos, tudo era uma farsa. Até hoje me pergunto o que teria acontecido se eu não tivesse viajado naquela época. Será que algo terrível seria feito comigo?

Despertei de meus próprios pensamentos apenas quando senti uma mão sobre meu ombro, me virei bruscamente, assustada.

— Sou eu, tudo bem. — meu pai assegura e me puxou para um abraço, que retribui sem dizer nenhuma palavra.

— Aconteceu algo? Porque está aqui? — ele pergunta, mas antes que eu conseguisse responder, Dewey aparece atrás de nós dois.

— Eu trouxe ela. — assim que meu pai reconheceu a voz, ele virou-se perplexo

— Dewey?! Oque você..

— Oi Mark, tudo certo? Obrigada por avisar que está na cidade e que minha afilhada foi atacada pelo gosthface! Aliás, Fico muito lisonjeado por estarem hospedados em minha casa e não em um hotel. — Dewey esbraveja

— Olha só eu... — Meu pai respirou fundo, olhou para os lados e assim que tomou consciência de quem ninguém nos escutava, ele continuou. — Sidney disse que você não trabalhava mais com a polícia, e sinceramente, depois de tudo que passou achei que não quisesse mais se envolver nisso.

 𝑰𝒏 𝒃𝒆𝒕𝒘𝒆𝒆𝒏 𝒖𝒔 - Sam carpenter Onde histórias criam vida. Descubra agora