𝑰𝒏 𝒃𝒆𝒕𝒘𝒆𝒆𝒏 𝒖𝒔 - Sam carpenter

𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟎 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝟐.

Alara Prescott Kincaid

Assim que adentramos o local minha mãe entrou em minha frente dando passos largos porém lentos, sem fazer muito barulho. A casa estava vazia, não conseguíamos enxergar ninguém, o que me fez ficar ainda mais tensa. Minha mãe entrava nos cômodos com movimentos ágios, mas a única coisa que encontrávamos era a bagunça da recém festa, que provavelmente não terminou bem.

— Quem quer que esteja aí, Assassino ou não, tem cinco minutos para aparecer — ainda na minha frente, Sidney seguia alarmada 

Passamos por um corredor pequeno e escuro, e no final dele minha mãe parou em frente a uma porta, ela me olhou como se quisesse me avisar o que iria fazer, apenas assenti e fechei os olhos com o barulho de tiro que soou minutos depois, ainda desconfiada minha mãe da um chute forte fazendo com que a porta se abra, nada.

— Lara olhe para mim — ela pede e assim o faço — Eu vou procurar em mais cômodos aqui, inclusive no porão, você sobe e vê se encontra algo la em cima, tudo bem? — apenas balancei a cabeça em concordância — Qualquer coisa grite. — Ela andou até mim e deixou um beijo em minha testa — eu te amo.

— Eu te amo mãe. 

Me virei e fui em direção as escadas, antes de subir engatilhei a arma deixando-a pronta para qualquer  coisa, eu dava passos curtos subindo os degraus tentando não emitir nenhum som, eu nunca tinha feito aquilo antes, eu sequer sabia o que estava fazendo, meu coração ainda estava acelerado com a cena que eu havia presenciado antes, eu já desconfiava, mas ela assim em minha frente me fez desabar, se Amber, que é minha amiga a 9 anos era a assassina, então em quem mais eu poderia confiar?

Aqueles pensamentos começaram a me deixar angustiada, quando cheguei no último degrau hesitei por um minuto, mas continuei andando, entrei no corredor vendo todas as portas fechadas, mas não era possível ouvir nenhum som, aquilo era estranho.

Continuei andando devagar até que escuto um barulho vindo de uma porta mais à frente, provavelmente um quarto. Andei até lá, com as mãos trêmulas encostei na maçaneta, posicionei a arma em minha mão direita apontando para a porta, preparada para qualquer um que estivesse lá dentro, devagar a abri e adentrei o cômodo, mas pela minha surpresa, não havia ninguém ali dentro.

Respirei aliviada, mas durou apenas por 5 minutos, já que logo depois escutei a porta atrás de mim se fechar.

— Droga! — sussurrei para mim mesma assim que percebi que ela estava trancada, tinha alguém naquele quarto comigo.

Fiquei parada por alguns segundos olhando para a porta, não tinha coragem de me virar.

— Chegou atrasada para a festa, princesa — assim que escutei a voz, meu corpo congelou

— Porque? — reuni toda a coragem que havia em mim, me virando para encara-lá

— Oh meu amor, eu acho que já te expliquei isso no hospital não è? — Amber dizia com um tom de deboche, o sorriso irônico em seus lábios me deixava enjoada — Mas eu não me importo de explicar novamente — ela deu um passo em minha direção — Toda a minha infância Alara, você foi o centro das atenções, sempre que iríamos para um cinema, festa ou qualquer merda de lugar que seja, todos só olhavam para você e para o seu sobrenome idiota! — sua voz firme mostrava indignação e raiva, mas não me deixei abalar.

— Então você decidiu virar uma assassina por inveja? Esse è o seu grande motivo? Céus! Você não passa de uma garota mimada que sempre quis atenção! — praticamente cuspi as palavras, eu estava apavorada, mas em nenhum momento iria demonstrar isso.

— Não infrinja seu ego Alara. Eu tenho muitos motivos, esse foi apenas mais um na lista. — conforme os passos que ela dava em minha direção, eu ficava ainda mais nervosa.