02. O destino é....UM FILHO DA PUTA DO CARALHO!

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Mais um daqueles dias de merda que não era nenhuma novidade na minha vida. Mais um dia do bom e velho discurso do Senhor Theerapanyakul, vulgo meu pai, sobre responsabilidades e casamento. Tudo que eu mais odiava era ter que ouvir aquela ladainha repetitiva quase todos os dias.

Entendam… eu amo meus pais, amo mesmo. Sou grato por tudo que me deram na vida, mas não admito ser controlado por eles na questão de quem devo me casar. Eu sei que eles prezam por seus grandiosos nomes de respeito e tudo mais, mas eu estou pouco me fedendo para isso. Só quero ser eu mesmo, curtir minha vida e encontrar meu ômega destinado. Sim! Eu acredito em almas gêmeas e predestinadas,  principalmente porque sou um alfa lúpus e sei que existe um ômega por aí que será meu encaixe perfeito.

Não, eu não sou desses sonhadores românticos, mas tenho minha convicção de que sou predestinado a alguém. Meu lobo sempre insistiu nessa minha teoria, então não vou simplesmente me casar com qualquer um por conveniência dos negócios do meu pai.

Eu não entendo como meu irmão aguenta trabalhar naquela empresa. Eu sei que ele não é feliz lá,  mas ele insiste em dizer que sacrifícios são precisos quando se é o primogênito. Ah! Esqueci de dizer que meu irmão é noivo de uma ômega, que por "coincidência" é filha de um dos sócios do meu pai. Adivinhem quem insistiu nesse relacionamento? Bingo! Meu querido e adorado pai!

Fui tirado dos meus pensamentos com o barulho de mensagem no celular. Isso! Era disso que eu precisava! Uma noitada com meus amigos, regada a álcool, um pouco de conversa fiada, e quem sabe, no final da noite eu não arrume uma boa briga para extravasar toda minha raiva. 

Um banho rápido, uma troca de roupa mais rápida ainda, e meia hora depois eu já estava montado na minha máquina de duas rodas que eu tanto amo, rumo a boate de um dos meus amigos. Não sou muito fã do DJ que irá tocar lá hoje, aliás, eu simplesmente não suporto aquele alfa metido a galã,  todo cheio de frescura. Até o cheiro dele me irrita. Mimadinho filho de papai do caralho! Simplesmente insuportável, mas talvez, se eu tivesse alguma sorte, hoje eu poderia sair no soco com ele. Aí sim minha noite seria perfeita. Dar uma surra naquele idiota. 



Cheguei na boate e meus amigos já estavam à minha espera, e não sei por quê hoje meu lobo parece mais alerta do que nunca

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Cheguei na boate e meus amigos já estavam à minha espera, e não sei por quê hoje meu lobo parece mais alerta do que nunca. Eu confio muito nos instintos dele. Acho que somos muito sincronizados em tudo. Enfim… entramos e fomos direto pra parte vip, que infelizmente ficava perto demais do palco e do DJ da noite. 

Eu não sei como, mas o cheiro dele conseguia se sobressair mesmo em meio a uma multidão como aquela, cheia de odores misturados. Ele tinha um cheiro único, eu acho, um cheiro que sempre me incomodava, mas decidi focar em outras coisas, como por exemplo, na bebida que estava sendo me servida, e nas risadas dos meus amigos. Éramos um grupo unido, apesar de algumas desavenças, mas sempre nos apoiamos.  Vínhamos de famílias muito difíceis e éramos o suporte uns dos outros. Meu melhor amigo é o dono dessa boate, o  Tankhun, o mais velho do grupo. Ele é aquele tipo de pessoa que a gente sempre quer ter por perto, mesmo quando tá chateado, por que ele sempre vai te falar a verdade, te aconselhar e até te dar uns petelecos se tu fizer alguma merda. Somos amigos desde a adolescência. Acho que ele me conhece mais do que até meu próprio irmão. Só tem uma coisa que eu não gosto no Khun: ele namora o melhor amigo do cara que eu não suporto. 

O Arm é um puta cara, sério. Um amor e sempre tá sorrindo, mas ele tinha que ser o melhor amigo daquele DJ metido à besta?
Que merda…. Eu falei que ia relaxar hoje e tô aqui me estressando com o que não vale a pena!

Minha mente adora trabalhar demais… às vezes eu nem percebo as coisas ao meu redor enquanto me perco em meus próprios pensamentos.
E foi nesse momento que meu lobo se agitou mais ainda, me trazendo de volta à realidade. 

Um cheiro novo que me deixou completamente entorpecido adentrou minhas narinas, me fazendo levantar rapidamente do lugar onde estava. Era um cheiro doce, gostoso, que me deixou até salivando. Meu lobo gritava internamente para eu seguir o cheiro, e mesmo com tanta gente, consegui farejar até a pista de dança e lá estava ele: o ômega mais lindo que eu já tinha visto em minha vida! Ele dançava como se não existisse nada à sua volta, de olhos fechados, em uma dança tão sensual que me fez ficar vidrado, parado feito estátua, apreciando aquele monumento que era o ômega. Céus! Como ele era perfeito! E seu cheiro era tão… tão… nem tenho palavras pra explicar.

Minha mente estava nublada, embriagado pelo cheiro dele, pelo jeito que ele se movia tão lindo, mas logo, minha alegria se transformou em pura raiva, e pude sentir os feromonios de outro alfa inundar o local, um cheiro bem conhecido, mas que dessa vez, se misturavam ao cheiro do meu ômega e se tornava como uma droga viciante. Eu não sei quanto tempo fiquei ali parado, tentando entender aquela mistura de cheiros, mas quando finalmente voltei a mim, um babaca estava colocando as mãos no MEU ÔMEGA,  e eu não ia deixar isso barato.

Avancei com raiva, sentindo meu lobo enfurecido e possesso, chegando rapidamente perto do ômega que claramente estava odiando os toques do outro cara.

- SOLTE MEU ÔMEGA AGORA!! - Minha voz acabou saindo num tom autoritário demais, mas na hora não me preocupei. O que me deixou furioso foi o fato daquele filho da puta também estar chamando o MEU ômega de seu…. Não era possível que aquele DJ de merda iria me desafiar naquele momento tão importante. PORRA, ERA MEU IMPRINT! Só podia ser sacanagem daquele idiota. Dei mais um passo, vendo o alfa já tirar as mãos do meu ômega, e me virei para o DJ abusado, usando minha voz de comando.

- ELE É MEU! -  Mas em vez de fazer o filho da puta recuar, ele simplesmente partiu pra cima de mim, me dando um soco no rosto que me deixou desnorteado por alguns segundos. Esse DJ é mimadinho, mas têm um ótimo gancho de direita, confesso. Conseguiu abrir meu lábio, me fazendo sentir aquele gosto de sangue na boca. 


Apenas sorri, e parti pra cima dele, retribuindo o soco, além de vários outros. Só sei que nessa briga, acabei perdendo o paradeiro do meu ômega, enquanto Tankhun e os outros rapazes nos separavam.

- Mas que merda você tem na cabeça, Vegas? Por que está batendo nele?

- Esse mimadinho do caralho estava mexendo com o MEU ÔMEGA! - Tankhun apenas riu e me encarou. 


- Eu tive um imprint,  Khun. Eu achei meu ômega destinado, mas esse idiota disse que era dele, e acabamos brigando. Só sei que perdi meu omega de vista.

Buscava meu pequeno em todos os lugares com os olhos, enquanto ainda era segurado longe do DJ.  Eu podia sentir a confusão de sentimentos do ômega, e sentir ele bem distante dali já.  

- Calma, cara. Se ele é seu destinado, vocês irão se encontrar de novo… vem, vamos conversar no escritório.

OHANA - A família que a vida me deu  (VegasPete versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora