04. O destino é... CLARAMENTE, ABSURDAMENTE MALUCO

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Pete:


Não sei como consegui sobreviver à noite de ontem, mas aqui estou eu, largado na cama, olhando para o teto e repassando tudo que aconteceu ontem a noite.
Eu deveria estar feliz, não? Eu achei minha alma gêmea. Mas não estou feliz! Eu tô apavorado!

Por que caralhos a vida me deu duas, ao invés de uma alma gêmea? Alguém pode me explicar?

Não é por que sempre sonhei com minha alma gêmea que a vida tem que me dar em dobro né? Ai tá demais. Como eu vou conseguir lidar com isso?

Eu tô muito ferrado, cara! Não quero mais levantar dessa cama. Meu corpo todo dói,  como se eu tivesse levado uma surra.
Não, isso não pode estar acontecendo comigo.

Respira Pete, você vai arrumar uma solução….

Eu vou dizer isso até meu cérebro se convencer que é verdade!
E pra piorar, meu lobo tá me deixando louco. Ele tá irritado, me deixando irritado e sei que ele tá sentindo falta dos companheiros. Cara, não! Eu me recuso a aceitar isso.

Narração:


Pete ficou a manhã toda de sábado deitado na cama, se revirando de um lado para o outro, tentando seriamente achar uma solução para o que ele achava ser um grande problema.

Enquanto isso, na mansão dos Theerapanyakul,  Vegas tinha mais uma manhã agitada com seu pai, que insistia para o filho ir a um encontro arrumado por ele com uma ômega com pais muito influentes.

- Quantas vezes eu já disse que você não vai me arrumar um casamento arranjado, pai? Além disso, ontem eu tive meu imprint. - Disse de uma vez, querendo que o pai aceitasse o destino dele.

- Verdade, meu filho? - Sua mãe sorriu entusiasmada com a notícia, parabenizando o filho mais novo. - E quem é a ômega sortuda hein?

Vegas não respondeu. Apenas tomou um longo gole de seu café, encarando sua mãe de volta, sob os olhares críticos de seu pai que apenas observava a cena.

- No tempo certo irei apresentar à família. - Foi sua única resposta aos pais, e saiu da mesa, deixando os dois inquietos.

Como ele poderia responder quem era se nem ele mesmo conhecia o rapaz? E pior, como poderia contar que não era apenas um, mas que também havia outro alfa envolvido? E como ele iria conseguir se entender com esse maldito alfa? Mas só de se lembrar do pequeno ômega, do seu cheiro inebriante, e a mistura dos cheiros com aquele DJ mimado, deixava todo o corpo de Vegas arrepiado. Sem contar que seu lobo só queria saber dos companheiros, o fazendo relembrar cada segundo da noite anterior várias vezes ao longo da madrugada. O desejo de marcar os dois como seus era demais. Ele precisava ter muito autocontrole para não fazer isso.
Mas antes de resolver o que faria a seguir, tinha a questão mais importante: como iria achar aquele ômega no meio de tanta gente?

Se lembrava que Tankhun lhe disse que se ele era seu destinado, iriam se encontrar novamente, mas imaginar que esse encontro poderia demorar, o fez ficar angustiado, ainda mais por sentir por meio da ligação que os outros dois estavam igualmente confusos e angustiados.

Talvez, só dessa vez, teria de deixar seu orgulho de lado e ir falar com Tay. Afinal, era do interesse do DJ também que encontrassem o ômega. Mas não foi preciso ir ao encontro de Tay, já que seu celular tocou naquele momento, indicando o nome do outro alfa na tela. Um sorriso vitorioso brotou no rosto de Vegas. Aquele sorriso que faz muito bem para seu ego dominante.

- Ora ora, não me diz que já está com saudades do seu alfa, baby? - Provocou o mais novo, em tom de deboche.

- Como se eu fosse sentir saudades de um ogro como você! - Rebateu Tay, no mesmo tom. - Precisamos encontrar nosso ômega. Ele deve estar muito confuso.

OHANA - A família que a vida me deu  (VegasPete versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora