🐊; [é perigosa: capítulo um]

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As escadas formavam uma espiral assustadoramente esquisita. Han Jisung desceu degrau por degrau, devagar, apenas. Desde os dez anos de idade que odiava casas enormes. Morava em uma mansão no meio de uma floresta repleta de árvores altas e fartas de folhas em um tom verde-seco. Os feixes de luz do sol mal entravam na residência por causa dos galhos grossos que cobriam parte do local, rodeando a mansão, e, portanto, as luzes da casa estavam quase sempre acesas em todos os compartimentos. Jisung não gostava de viver daquela forma, no entanto, não poderia se queixar da vida que levava, uma vez que aquela mansão era a menos horrenda em que já teve. Os seus pais haviam trocado de residência por causa dos medos e receios de Han Jisung. Ele não podia fazer nada quando os pais gostavam daquele tipo de excêntrico, moda antiga e parecida à de filmes de terror que Han preferia não ver para não terminar tendo mais pesadelos do que já tinha. Por vezes, ele achava estar assombrado por alguma coisa, pois sentia a presença de alguém atrás de si logo ao despertar dos sonos leves - em relação ao sono - e macabros. Mas depois pensava estar louco, espíritos eram invisíveis, inexistentes, logo, jamais veria um ma vida.

Quando escutou um objeto colidir contra o chão de madeira escura, o coração de Jisung acelerou com rapidez, como se estivesse cheio de pressa para chegar a algum lugar. Havia sido apenas um garfo, ele viu a mãe na cozinha agachada a fim de apanhar o talher. Nunca entenderia a razão da mãe - Heejin - gostar tanto de peças em segunda mão, aquele tipo de objetos colocados à venda por acharem estar assombrados ou enfeitiçados. Nenhum deles acreditava naquilo tipo de coisa, porém Han Jisung ficava com um pé atrás e vivia dentro de um vazio extremo, profundo, com pensamentos desafiadores aos quais teria de respirar fundo antes de raciocinar com o intuito de chegar a algum lado. Era um pouco exaustivo e aterrorizante.

- Meu filho, bom dia! - Heejin cumprimentou com um grande sorriso no rosto - Estávamos esperando por você para tomar o café da manhã.

- O pai? - Jisung perguntou ao olhar para todos os cantos da grande cozinha em tons de castanho e bege, sem encontrá-lo.

- Está falando ao telefone. Vamos ter uma reunião aqui em casa - ela explicou, colocando o pão torrado e os sucos de fruta naturais em cima da mesa após Jisung sentar-se em uma das seis cadeiras - Vamos precisar dividir nossos bens com uma família que chegará em breve.

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