Dinheiro. Negócios. Nova realidade.
Han Jisung precisa aceitar que a vida dá voltas constantemente e que, para o seu bem, é melhor aceitá-las, por mais que as odeie. Mas a favor dos pais de Jisung, ele se vê preso em um mundo completamente diferent...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
( 🐊 ) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ
Fogo.
As chamas cálidas apenas cresciam e não existia água por perto para combater o incêndio. A madeira clara da residência com apenas um andar soltava estalares altos, ruídos estranhos. Via-se um rosto sorridente ao lado da casa preso a um escadote, a cabeça arrancada do corpo balançando para um lado e para o outro, chamando apenas a sua atenção enquanto o sangue escarlate do pescoço cortado escorria com rapidez. O olhar da cabeça pendente por uma corrente estava sobre si como se tivesse morrido a olhar para Han Jisung. Naquele momento, Jisung queria até mudar o seu nome para não ser reconhecido por ninguém. Mas estava vazio. O fumo espalhava-se por todo o ambiente interno e externo, arrancando as folhas verdes-vivas das árvores. O fogo era imenso, tão infinito quanto o céu em plena escuridão. Jisung tentou mover uma parte do seu corpo, porém foi impossibilitado pela própria voz. Os músculos rígidos não o deixaram mexer, ficando estático a intercalar o olhar entre a casa que ardia e o rosto sorridente da cabeça.
De repente, imensos estilhaços de vidro voaram para todos os lados com a pressão. Por algum motivo, antes de acertar Han Jisung com um pedaço afiado como uma lâmina, um ruído o despertou do pesadelo, ofegante, a respiração quebrada. Seus olhos bem abertos foram parar à porta do quarto trancada. Jurou ter escutado alguém tentar forçar a fechadura, porém o silêncio mostrou-lhe que era mais uma vez coisa da sua cabeça. Com rapidez, Han levantou-se da cama e começou a andar para o lado e para o outro, transtornado por conta do pesadelo, sentindo um peso nos ombors. O peito estava apertado e a cabeça cortada da ilusão encontrava-se em sua mente. Não tinha muitos detalhes, porém notou o olhar azulado enquanto ele sangrava com um sorriso horrendo nos lábios. Teria morrido feliz? Confortável? Por escolha? Não, não passava de um mero pesadelo como qualquer outro.
Han parou de andar e começou a respirar fundo devagar para que não se engasgasse com o ar nos pulmões. Ele olhou para o compartimento da casa onde estava, simples, ao contrário da sua vida. Teve vontade de chorar, porém quis imitar o sorriso da cabeça, comprimindo os lábios entreabertos ao inclinar minimamente a cabeça. Estaria sorrindo certo? Igual a ele? Feliz com a decisão, a próxima a tomar?! O irônico de tudo era que Jisung não conhecia seres demoníacos, ele era o próprio demônio. Ah, que piada engraçada. Ele deixou o sorriso desmanchar na face que voltou a ficar fechada.
Não demorou muito para destrancar a porta e sair para fora do quarto. A exaustão explícita em seu rosto, debaixo dos olhos com bolsas enormes, fundas e salientes. O corredor estava vazio para a sua sorte e Minho deveria estar dormindo ainda. Os raios de luz do lado de fora encontravam-se fracos, nascendo dentre uma escuridão acentuada. Ele olhava para fora da janela à procura da pessoa do seu pesadelo, confiando na presença dela no mundo, na existência da cabeça. Talvez estivesse procurando o corpo para tentar ler o enigma diante dos seus olhos. Aquele pesadelo tinha de ter a ver com algo em sua vida, fosse um passado já morto ou um futuro distante. Somente queria conseguir tirar todas as suas dúvidas mesmo que aparecessem cada vez mais com o encerrar dos minutos.