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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ– Um abraço?... – Minho engoliu a saliva e seu coração apertou. Jisung queria um abraço seu?, perguntou-se mentalmente.
Jisung apertou os olhos e soltou um "uhum", entrando em um silêncio profundo e meramente assustador. Por tudo o que estava acontecendo, Han só conseguia sentir receio, uma insegurança instável. A vontade de chorar pelo medo era imenso, quase o afundava por completo. Não sabia o que fazer, estava com pavor que acontecesse de novo o que havia acontecido e não queria sentir dor física, tampouco pressão psicológica de si próprio. Pelo menos pensou se um abraço poderia feri-lo ao ponto da dor que sentiu ao redor do pescoço que foi apertando estranhamente, um modo ilusório que Jisung não estava conseguindo lidar direito. Não depois de ver o amigo de Minho, Felix, o encarando tal igual em seu pesadelo, parecendo o querer sufocar, deixá-lo sem cabeça.
– S-sim – encolheu os ombros e largou o travesseiro, colocando-o de lado – Não pense que eu quero me aproveitar de você porque está aqui – Jisung sussurrou, a voz quase inaudível aos ouvidos de Minho, aquele que o observava e que via o nervosismo em suas pupilas, as péssimas sensações o rondando sem parar – Eu só preciso de um... abraço.
Minho pensou, achando estranho o fato de Han Jisung, o cara que o odeia por simplesmente estar na sua casa estava fazendo um pedido como aquele. Mas, por um lado, Lee não via problema em dar algo tão simples como um abraço. Não arrancaria um braço seu. Então, ele olhou ao redor do ambiente, sentindo uma sensação esquista, porém obrigou-se a ignorar para não assustar Jisung, e pegou em suas duas mãos trêmulas. Han estava muito inqueito e estressado. Parecia que a qualquer momento atingiria o ápice e enlouqueceria de vez.
Em silêncio, Minho passou o braço por debaixo da nuca de Jisung, puxando-o para o abraço. Seus músculos estavam tensos, assim como o clima. No entanto, Lee seguiu o seu caminho com a sua decisão e apertou Jisung em seus braços em um aperto caloroso. Inconscientemente, Han agarrou a camiseta de Minho pelo pânico que tinha dentro de si e encolheu-se dentro do abraço. Ele não queria estar sozinho, pelo menos não naquele momento obscuro onde nada fazia sentido, onde ninguém mais era confiável como antigamente. Não conseguiu raciocinar direito por conta do sonho, mas deixou algumas lágrimas caírem em sôfrego.
Estar nos braços de Lee Minho era uma novidade, algo que nunca pensou que fosse acontecer, mas lá estava ele, agarrando a peça de roupa de Minho, não querendo um afastamento. Poderia dizer que estava sentindo-se seguro naquele instante por mais estranho que parecesse pensar em Minho, um garoto esquisito que começou habitando a sua casa de um dia para o outro. Mas Jisung também não era normal, ele tinha problemas que pareciam ser impossíveis de resolver, as alucinações, os medos, as inseguranças, os pensamentos. De certa forma, todas essas coisas contribuíam para a sua infelicidade e seu desconforto onde fosse que estivesse.
Minho começou a fazer um leve carinho nos fios de cabelo de Jisung. Han engoliu a seco e deixou mais lágrimas escorrerem pelas maçãs do rosto quentes e rosadas. Ter os dedos de Lee entre seu cabelo criava uma espécie de aconchego diferente do normal. Jisung quis pensar o que era o normal, porém estava exausto demais. Talvez fosse pensar no dia seguinte quando estivesse brutalmente arrependimento do seu pedido. Ou ao menos era o que Han Jisung achava: que se fosse arrepender de ter feito o pedido impulsivo que rodeou a sua mente por longos momentos antes dele abrir a boca e expulsar as palavras.
Jisung sentia a respiração de Minho caminhando entre a sua que estava pesada em comparação à de Lee. Por algum motivo, o mundo parecia não ter cor nenhuma e um vazio absurdo atingiu o seu peito, parecendo o alargar. Apertou com mais força a roupa de Minho e enterrou a cabeça no peito dele, aproximando-se um pouco mais, como se realmente fosse possível. Os corpos estavam colados e Minho pôde sentir o próprio coração acelerando aos poucos. Ele não era um garoto que gostava de contatos físicos, porém estava bem ao sentir-se protegendo Han Jisung, por algum motivo.
Minho sentia os dedos finos apertando a sua camiseta, só que decidiu ficar em silêncio e não realizar nenhuma questão sobre, pois tudo estava estranho demais. Continuou mexendo nos fios de cabelo enquanto olhava para o teto, um tanto angustiado com o estado de Jisung. Queria entender melhor o que estava ocorrendo com ele. Talvez estivesse disposto a ajudá-lo com os piores problemas que pudesse enfrentar, pois o mundo, infelizmente, não era um mar de rosas coloridas e bonitas. Tudo era superficial à superfície, e, no fundo, macabro. Assim era o mundo onde viviam; falsas esperanças, medos incontroláveis, pessoas maldosas, problemas psicológicos e muitas outras coisas.
– Você quer... beber mais água? Posso ir buscar 'pra você – Minho perguntou com um tom preocupado na voz.
– N-não quero. E não... precisa ser simpático comigo – murmurou.
– Honestamente, eu estou preocupado com você, Han. Não pense que estou criando uma ficção por cima da realidade – falou, tentando não encarar os olhos sobre a sua face – Mas descanse agora. Você precisa.
Jisung ficou sem palavras depois de ter a noção da preocupação de Minho sobre as suas mãos. Era bizarro como o ser humajo funcionava, e tudo estava assustando Han Jisung. Ou então somente estava abalado com tudo e o psicológico estava triturando seu físico, fazendo com que cada parte do corpo doesse muito. Não sabia se poderia morrer do coração, porém sentia-o mais pesado do que nunca apesar da calmaria instalada no espaço. Enquanto Jisung tentava chegar a alguam conclusão, Minho pensava em cada pormenor até o momento; a casa, as pessoas ou até a forma como Jisung olhou para o seu amigo. Obviamente não tinha em mente tocar naquele assunto por mais que quisesse questionar Jisung. Não era hora para perguntas difíceis. Era hora de aproveitar o conforto antes que ele esgotasse. Ele esgotaria em breve, infelizmente.
Em um momento, vendo Jisung tão fragilizado, Minho sentiu vontade de chorar também. Contudo, conteve-se fortemente para não mergulhar num choro aflito.
– Eu vou... Eu vou dormir – Jisung falou – Não vá embora, por favor – a voz soou desesperada.
– Vou ficar aqui – Minho assegurou em tom baixo – Pode descansar.
– Minho.
– Hm?
– Obri... Obrigado – agradeceu.
Antes de adormecer, Jisung chegou a perguntar-se se estava sendo muito injusto com Minho o tratá-lo do jeito hostil. Por um lado, Han ficava com medo das pessoas se aproximarem muito de si e acabarem machucadas ou cansadas de si. E ainda estava confuso em relação a tudo. Por outro, ele esperava desesperadamente por atenção. Não queria acabar fechado num quarto vazio sozinho sendo massacrado pela própria cabeça. Minho parecia uma boa companhia. E foi pensando na pessoa que Han segurava para não ir embora que caiu em um sono profundo.
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Oi, como vocês estão?
Não ando nada bem,
mas vai ficar tudo bem!
Pensamentos positivos.Espero que esse capítulo tenha
entretido um pouco apesar dele ser
pequeno. Mas quis escrevê-lo
do mesmo jeito, pois queria mostrar
o contato físico, os pensamentos
e os sentimentos dos personagens.Relevem qualquer erro ortográfico.
E não se esqueçam de clicar na ⭐️ e
deixar um comentário. Obrigada por
todo o apoio.Até ao próximo capítulo.
<3
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Não Tente Escapar | minsung
FanfictionDinheiro. Negócios. Nova realidade. Han Jisung precisa aceitar que a vida dá voltas constantemente e que, para o seu bem, é melhor aceitá-las, por mais que as odeie. Mas a favor dos pais de Jisung, ele se vê preso em um mundo completamente diferent...