🐊; [miserável, olhe para mim: capítulo dois]

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Han começou a escutar alguns gritos em sua cabeça que se assemelhavam à sua voz enquanto mostrava a casa a Lee Minho, o que se mantinha calado, a boca numa linha dura. Jisung tentava ao máximo não olhar Minho, uma vez que sempre via os tais vultos atrás de si, voando, se entrelaçando, o assustando. Os espíritos atrás de si pareciam desenhar algo, mas Jisung não queria saber. Apenas queria parar de alucinar com tudo e com o nada a todo o momento, pois era frustrante e doloroso. Deveria estar pálido naquele momento. Mas pelo menos, Lee não falava nada e mantinha o silêncio aberto e bem amplo. A noite estava explícita do lado de fora e Jisung queria apenas ir para o quarto dormir sem ninguém por perto, somente para não passar por situações desagradáveis. Contudo, a reunião estava durando mais tempo que o desejável e Heejin e Jeong ficariam chateados caso Jisung deixasse o novo morador da casa sozinho, algo que Han estava por um triz de realizar.

Por vezes, o silêncio fazia Jisung prender a respiração, imaginando-se na cama, só, pronto a dormir. Ele tinha um segredo obscuro e assustador que poderia deixar as pessoas de boca aberta, as suas alucinações estranhas que não mudavam de jeito algum. Jisung estava longe de estar no comando, então não queria quebrar o silêncio ensurdecedor. Sentia o coração bater com muita força como se fosse um vulcão pronto a entrar em erupção. A sua mente não estava bem. Havia um vazio. Havia uma impaciência. Havia sombras o seguindo, querendo algo de si. O algo que Han Jisung não fazia a mínima ideia do que significava. E sempre existiam os minutos em que queria chorar, gritar para todos escutarem a sua dor, mas acabava por não dizer nada e guardar tudo dentro de si.

Jisung sentou-se no sofá quando voltaram para a sala a fim de esperar os familiares. Lee Minho fez o mesmo, sentando-se na outra ponta do sofá verde-musgo. Por algum motivo, eles não conseguiam ficar muito próximos por mais de dois minutos, uma vez que sentiam uma pressão nos peitos e um peso sobre os ombros. No entanto, Jisung viu de relance Minho o encarando mais uma vez. Não sabia se ele estava curioso quanto a Han ou apenas queria receber mais informações sobre a casa. Ambos com os rostos brancos, sem cor nas maçãs do rosto ou nos lábios.

Minho tinha uma expressão fechada na face, sem espanto ou qualquer outra coisa. Tinha uma única noção: Han Jisung chamava toda a sua atenção e não era por conta da beleza surreal, e sim por algo que Lee ainda estava longe de conhecer. Mas como moraria na casa deles por sabe-se-lá o porquê e por quanto tempo, Minho descobriria o que havia de tão errado com aquela casa. A mansão causava desconforto e era estranha em vários pontos. A cozinha grande não tinha janelas e apenas a sala sustentava um espaço para o ar circular. Minho não tinha medo, muito menos ficaria apavorado, apenas estava com algumas (muitas) dúvidas. O porquê dos pais decidirem viver com outra família. O porquê da mansão ser no meio do nada. O porquê da residência ser tão grande e sufocante ao mesmo tempo. A mansão parecia ter algo apreensivo a mostrar, o que Jisung já havia reparado, assim como Minho encontrava-se a um ponto de compreender melhor a divergência em relação a sua última casa, aquela que estava em mil e uma cinzas.

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