Cap. 2

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J.JK.

Eu sou um homem corajoso.

Poucas situações ao longo da minha vida me fizeram pensar de modo diferente. Porque além da coragem, eu também sou dono de uma confiança que beira ao invejável. Alguns dizem que me falta modéstia, outros que meu ego é maior que a cidade de Seul. Mas, sinceramente? Pessoas confiantes estou pouco se importando para a opinião de quem queria estar em seu lugar.

Agora, parado diante do meu maior objetivo dos últimos tempos, me sinto entusiasmado e extremamente ansioso. Há um quê de nervosismo em meu cérebro, coisa pouca, mas serve para fazer meu coração acelerar e bagunçar a energia que percorre junto ao meu sangue por todo o meu corpo.

O loiro em minha frente é quente, é sensual, é lascivo. Observar o suor escorrer por seu pescoço me dá desejo, me atiça a querer tirar gota por gota com minha própria língua. Ele me deixa desnorteado.

— Me desculpe, mas o que faz aqui? — Ele me pergunta, o mesmo tom doce de segundos atrás. — Sem querer ser rude, claro.

Um pequeno sorriso desponta dos meus lábios quando me aproximo um pouco mais dele. Mesmo revirado em um caos, suado e ofegante, seu cheiro é delicioso. E quando ele percebe como o farejo feito um cão de caça, ele não se impede de arquear a sobrancelha para mim.

— Não darei mais nenhum passo sem a sua permissão, não precisa temer. — Aviso, o encarando de perto.

— Não acho que você gostaria de manchar sua carreira com um escândalo que envolve um dançarino de boate, então não preciso sentir medo. — Ele dá de ombros. — Mas me sinto curioso quanto ao que deseja comigo, Sr. Jeon.

Seu jeito polido e bonito de falar me encanta, e eu não deveria sentir a excitação crescer por conta disso. É um detalhe qualquer, algo simples, nada de grandioso, mas me desperta admiração na mesma hora ainda assim.

— Não está acostumado a receber clientes em seu camarim? — Provoco.

— São clientes da boate, não meus. — Ele dá de ombros outra vez, e então arregala os olhos. — Eu não sou um garoto de programa.

— Eu sei que não. — Me disponho a dizer, rindo baixinho. — Porque se fosse, estaria milionário em minhas mãos e não trabalhando para um homem como o dono daqui.

Noto o modo como ele engole a saliva, parecendo nervoso, e o jeito que sua pele se arrepia com minha fala. Quando olho de perto para a bancada atrás dele, vejo o nome "Park Jimin" na moldura de um porta-retrato que carrega sua foto.

— Você tem um belo nome. — Sussurro. — Combina com você.

— Que jogo estamos jogando? — Jimin indaga, sussurrando assim como eu.

Respiro fundo, tentando me conter. Minhas mãos coçam de agonia por não poderem tocar no homem mais bonito além de mim mesmo que já vi em minha frente. Eu coloco as mãos dentro dos bolsos da minha calça e direciono a ele mais um sorriso.

— Acredito que ser direto será melhor para nós dois. — Começo.

— Sim, será.

— Eu venho aqui há muito tempo para vê-lo se apresentar, e todas as vezes desejei que tivesse o seu show apenas para mim. — Informo. — Na minha casa, no meu quarto, na minha cama...

— Ou em cima de você. — Ele, descarado, fala, cruzando seus braços em frente ao peito. — Apesar de que eu sei muito bem que sob os tecidos você é um homem ainda mais bonito, eu não tenho certeza de que você pode lidar comigo.

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