Cap. 3

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J.JK.

Eu sou dono de uma confiança que beira ao exagero. Sério, eu sou. 

Mas toda essa pose quase marrenta se desfaz quando me sento e observo um Park Jimin vestido em calças de couro, cropped vermelho e um blazer preto. Ele está descalço, como gosta de dançar inúmeras vezes, e seu sorriso de canto me deixa nítido que ele sabe o quanto está me provocando apenas com a sua aparência.

Não há nada que me abale mais do que um homem que sabe o poder que tem e sabe com quais cartas precisa jogar para derrubar seus adversários, mesmo que este seja eu: um admirador nada secreto que o quer de todas as maneiras que tenho direito de desejar.

Eu dou play na música e permito que ela ecoa alto pelo ambiente pequeno e de luzes vermelhas e roxas piscantes. Eu aprecio uma iluminação mais envolvente, mas ela consegue ficar ainda mais bonita quando está passeando pelo corpo de Jimin e pelo modo ele me encara e me hipnotiza.

Jimin inicia seus movimentos de modo ritmado, ele se move mais devagar que a música em um ritmo totalmente único e seu. E é delicioso em todos os aspectos: as roupas, as curvas de seu corpo, cada movimento, o sorriso de canto, o modo que passa a língua por seus lábios e o olhar penetrante e enlouquecedor.

Os primeiros segundos da música já causam o caos dentro de mim, meu corpo todo se inquieta e parece queimar. Ainda mais quando ele se aproxima de mim, apoia as mãos em minhas coxas e me mostra como sabe requebrar e até quicar contra o chão com maestria. Ao julgar por seu sorriso, sei bem que ele entendeu que o imagino fazendo esse mesmo movimento em outro lugar.

Em cima de mim, de preferência.

Jimin tem mãos pequenas e eu sempre soube, mas agora que as vejo em minhas pernas, parecem ser do tamanho perfeito para se infiltrarem por meus fios de cabelo e os puxarem com a força que eu gosto.

Ele retira a calça de couro bem na minha frente e se vira de costas para mim, me deixando ainda mais extasiado ao vê-lo trajar uma boxer preta feita de renda. Meu lábio inferior sofre com uma mordida, especialmente quando ele se aproxima ainda mais e faz o que causa a maior bagunça já feita em mim até então: ele se senta em meu colo.

E eu tenho o desejo de tocar nele, claro, mas sou bem treinado com relação as suas apresentações e sei que não se pode tocar em um dançarino no meio de sua performance. Ao menos, essas são as regras de Jimin e eu não ousaria quebrá-las. E tal gesto parece o agradar e, como recompensa, ele dança no meu colo enquanto se inclina para trás e apoia os braços em meus joelhos.

— Ainda acha que pode lidar comigo? — O ouço dizer enquanto a música chega ao fim.

— Isso é tudo o que você tem? — Provoco.

Mas eu deveria temer o perigo que habita seu corpo, porque ao som de Slow Down, também do Chase Atlantic, ele segue em meu colo. Só que agora Jimin parece ter como objetivo me desestruturar a ponto de eu perder o controle totalmente, jogar tudo para o alto e colocar meus dez dígitos em sua pele. Se ele quer ficar marcado ou não com isso, ainda preciso descobrir. Mas o toque eu já percebi que sim.

Ele se segura em meus ombros e se inclina para frente. A única peça que abandonou seu corpo foi a calça, mas isso me deixa atiçado a tirar mais dos tecidos de cima dele.

Quando ele volta a rebolar em cima de mim, eu sei que estou totalmente duro e que essa foi a sua intenção desde o começo, julgo sua satisfação por meio do sorriso safado que adorna seus lábios tão bonitos e apetitosos.

Mas no momento em que estou quase cedendo, ele se levanta e vira de costas para mim, continuando esse show particular que acaba de se tornar o meu favorito, mesmo que eu tenha me viciado por meio de todos os outros.

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