Cap. 5

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J.JK.

Eu achei que, ao acordar, a situação ficaria estranha entre Jimin e eu. Pensei que ele não olharia na minha cara ou que ficaria um clima tenso, mas nós acordamos juntos e ficou tudo bem.

Mesmo que tenhamos dormido na mesma cama, cada um ficou para o seu lado. E isso, confesso, achei um pouquinho esquisito. Nós só não fomos até o final, mas não deixa de ser sexo o que fizemos, então criamos algum nível de intimidade – especialmente física.

Só que, claro, se ele não se sentiu confortável com isso, não cabe a mim julgar suas atitudes.

Jimin não ficou para o café da manhã, ou almoço ao ver pela hora que saímos da cama. Ele apenas trocou suas roupas, me deu um beijo na bochecha e chamou um carro por aplicativo.

Talvez o clima tenha sim ficado um pouco estranho.

E eu não parei de pensar nele ou em cada toque de seu corpo por todo aquele dia e os dois seguintes. No terceiro dia, contudo, ele me convidou para jantar, e eu aceitei de bom grado. Tudo que eu precisava após um dia cheio, era de algo para distrair a mente e talvez até relaxar o corpo.

Sabia de suas tantas intenções pelo tom de suas mensagens com frases de duplo sentido, então me sentia ansioso também.

Jimin é absurdamente lindo, beira a um escândalo o tamanho da sua sensualidade e o jeito que ele sabe exatamente o que fazer e como fazer. Eu nunca tinha sido controlado por alguém na cama, mas com ele soou tão natural que não foi um incômodo em nenhum aspecto.

Além do mais, durante o banho ele me disse que mesmo gostando do controle, também gostava quando seu parceiro o segurava com força e mostrava quem verdadeiramente mandava, além de me deixar claro que ele não quer ser ativo e que o controle não tem nada de relação com isso.

Esse fato em específico me tranquilizou, porque eu prefiro ser ativo. Não sei se pode ser considerado uma preferência quando nunca tentei de outro modo, então vou dizer apenas que eu gosto de estar por cima e nunca senti interesse em fazer de jeito diferente.

Mas isso não vem ao caso e sim o fato de que eu estou nesse exato minuto me arrumando para ir ao seu encontro em um restaurante chique e afastado da cidade. O preço exorbitante do lugar me faz pensar que é algo mais recluso e que não ficaremos tão expostos. Todos que me conhecem pelo meu trabalho como modelo sabem quem eu gosto de beijar e sabem que eu não dou a mínima para a opinião alheia. Meu corpo é meu produto de imagem, mas eu não sou um objeto que eles podem tocar. Então, minha sexualidade realmente importa a algum deles?

As marcas com as quais trabalhei nunca colocaram isso em pauta, inclusive.

Após um pouco de trânsito, chego ao lugar escolhido por ele e reparo no pouco movimento. Sequer preciso dar meu nome na recepção, eles apenas me guiam para uma sala separada e exclusiva, com músicos apenas para mim e meu parceiro, que traja roupas sociais e está sentado como um verdadeiro modelo do outro lado da sala, atrás da mesa.

Calça social branca, camisa vermelha e blazer branco. Ele está um verdadeiro pecado, como sempre é, e eu fico abismado por ainda me surpreender com esse fato. Porque Park Jimin é absurdo.

— Boa noite, Sr. Jeon. — Cicia, me encarando por trás de sua taça. E ele é sensual até bebendo água.

— Boa noite, Park. — Devolvo. — Não prefere beber vinho?

— Essa noite terminará como você bem sabe, gosto de estar sóbrio para permitir ou negar o que quer que aconteça. — Ele ri, debochado. — Apesar de que, com você, seria difícil negar qualquer coisa.

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