𝐄𝐦𝐨𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 -4-

721 59 41
                                    


· · ──── ·✦[Capitulo anterior...]✦· ──── · ·

 No interior do refeitório, Cellbit e Quackity mantêm um momento de descontração enquanto conversam sobre diversos assuntos. Suas risadas ecoam pelo ambiente, enchendo-o de uma energia que contrasta com a tensão que existia antes.

 No entanto, a atmosfera muda de repente quando um som sutil, quase imperceptível, reverbera pelo ar. Os dois levantam a cabeça ao mesmo tempo e percebem a figura imponente de Cucurucho, o líder da Federação, diante deles. Sua presença silenciosa é acompanhada por uma aura de mistério que preenche o refeitório.

------------------------------------------



· · ──── ·✦[Agora...]✦· ──── · ·

 Cellbit e Quackity trocam olhares rápidos, o coração acelerando com expectativa enquanto se levantam das cadeiras, seus movimentos espelhando uma determinação mútua. Encarando Cucurucho, eles enfrentam o líder da Federação com uma mistura de esperança e incerteza, seus olhos buscando avidamente qualquer sinal revelador em sua expressão. No entanto, Cucurucho permanece em silêncio, um sorriso enigmático pairando nos lábios como um enigma sem resposta.

  Os segundos de espera se esticam até que, sem uma única palavra proferida, Cucurucho estende um braço para cada um, entregando a Cellbit e Quackity um papel dobrado. Com olhares curiosos e confusos, os dois pegam os papéis, desdobrando-os com cuidado para revelar o conteúdo escrito que aguarda. Seus olhos percorrem o texto rapidamente, enquanto suas mentes correm para assimilar as informações apresentadas.

 Porém, a aparente falta de resposta por parte de Cucurucho não consegue conter a explosão de reações em Cellbit, que mal consegue conter sua exasperação: "O que diabos é isso? Tarefas?!" Sua voz carrega um tom misto de indignação e incredulidade, ecoando pelo refeitório como um grito de confusão.

 O silêncio de Cucurucho persiste, seus olhos fixos em Quackity por um breve momento antes de desviar o olhar. O desconforto que cresce em Cellbit atinge seu limite de paciência, e ele não pode mais reprimir a necessidade de respostas. "Responda, seu urso desgraçado! O que é isso? E o que aconteceu comigo? Por que estou preso neste lugar?" Ele desafia com uma intensidade furiosa, elevando o tom de voz em um segundo momento: "E o que aconteceu com as minhas memórias?!?!?"

 No entanto, as palavras de Cellbit parecem dispersar-se pelo ar, não deixando qualquer impressão em Cucurucho, que permanece imperturbável. Enquanto a frustração de Cellbit cresce, Quackity capta a tensão que se acumula no ambiente e sente arrepios correndo por sua pele. Um desconforto inexplicável o envolve, mas por enquanto ele opta por ignorar essa sensação inquietante.

 Com a realidade de que suas perguntas permanecerão sem respostas imediatas, Cellbit solta um suspiro de frustração, seus punhos se apertando com força. Dirigindo seu foco a Quackity, ele nota a tranquilidade aparente no rosto do outro, deixando-o com mais perguntas do que respostas. "Como ele pode estar tão tranquilo?" Cell questiona internamente, enquanto uma mistura de emoções passa pelo olhar de Cellbit, incluindo raiva, nervosismo e um traço de medo.

 Não obstante, por trás da fachada aparentemente tranquila de Quackity, uma tempestade de sentimentos furiosos, nervosos e medrosos está em ebulição. Ele esconde essas emoções profundamente, determinado a não deixar que transpareçam em sua expressão ou postura. 

 Ele possuía habilidade excepcional em mascarar suas emoções, habilmente escondendo-as de todos e de si mesmo principalmente. Ele fazia reprimir sentimentos indesejados, principalmente a raiva, buscando evitar ao máximo permitir que ela emergisse. Estranhamente, havia um motivo mais profundo por trás de sua luta constante contra essa emoção (raiva): um temor oculto de que, se a raiva tomasse o controle completo, algo aconteceria.

 Cucurucho pareceu captar a essência da luta interna que Quackity travava para conter sua raiva. Seus olhos encontraram os de Quackity, penetrando até o âmago de sua alma, e um pequeno sorriso brotou nos lábios do líder da Federação, carregando uma compreensão sutil e enigmática.

 Quackity cede um pouco à pressão de reprimir suas emoções, e uma sensação de nervosismo e medo começa a se infiltrar. Uma leve dor de cabeça se instala, como se fosse uma consequência da luta interna que ele estava travando.

"Não, ele não pode aparecer... não... agora não, não é um bom momento..." Quackity murmurou para si mesmo, sua mente em tumulto. Ele procurou desesperadamente por algo que pudesse acalmá-lo, uma distração para afastar os sentimentos tumultuosos que ameaçavam dominar sua mente.

 No entanto, enquanto Quackity lutava internamente, ele percebeu o olhar de Cellbit fixado nele, expressando confusão e preocupação mesmo ele ainda estando com muita raiva por Cucurucho. A sensação de ser observado intensificou seu desconforto, como se suas emoções estivessem sendo expostas para o outro de alguma forma.

 Cellbit percebeu que algo estava diferente em Quackity, uma mudança sutil em sua postura e expressão que denotava inquietação. Uma sensação de empatia se apossou dele enquanto observava o outro, entendendo que Quackity precisava se acalmar.

 Sem qualquer hesitação, Cellbit tomou um passo à frente, seus braços envolvendo Quackity em um abraço caloroso e solidário. O gesto inesperado surpreendeu Quackity, que inicialmente pode ter relutado, mas logo se entregou ao conforto oferecido. Enquanto as brasas da raiva continuavam a queimar dentro de Cellbit, a proximidade e o calor do abraço de Quackity proporcionaram uma sensação de alívio, Quackity sentiu o mesmo alivio.

 Enquanto os dois permaneceram abraçados, uma breve pausa do turbilhão de emoções, a conexão física serviu como um refúgio temporário. A aura de tranquilidade de Cellbit que antes estava irritado, irradiava atuava como um contrapeso à tensão no ar. Quando finalmente se separaram, a agitação interna de Quackity começou a diminuir, permitindo que suas emoções encontrassem um lugar de equilíbrio também.

 Após o abraço, Quackity solta um sorriso sincero para Cellbit, suas palavras saindo um pouco desajeitadas: "Ah... É... obrigado." Sua voz carrega um tom de gratidão e vulnerabilidade. Cellbit responde ao sorriso com um aceno suave, seu gesto demonstrando compreensão e camaradagem.

 Cucurucho permaneceu presente, sua figura imponente observando a cena diante dele. Seu olhar era imperturbável, não revelando nenhuma expressão de emoção ou intenção. A tensão no ar parecia não afetá-lo, como se ele estivesse acostumado a situações assim. A atmosfera ao redor parecia palpitar com uma aura enigmática enquanto ele se mantinha ali, uma presença que parecia ultrapassar os limites do compreensível.

 E então, sem aviso prévio ou gesto aparente, Cucurucho simplesmente desapareceu no meio do nada. Sua forma se dissipou como fumaça, dissolvendo-se no ar e deixando para trás apenas um vácuo de onde ele estava. A velocidade e fluidez de seu desaparecimento eram impressionantes e um tanto perturbadoras, como se ele nunca estivesse ali para começar.

 A ausência súbita de Cucurucho deixou um eco de mistério no ar, como uma pergunta não respondida. Cellbit e Quackity ficaram momentaneamente imóveis, surpreendidos pela maneira repentina como ele havia desaparecido. Um silêncio incerto preencheu o espaço antes ocupado por sua presença, e os dois se viram olhando para o lugar vazio onde Cucurucho estava antes, tentando compreender o que acabara de acontecer.

· · ──── ·✦[Continua...]✦· ──── · ·


── ·✦[EPILOGO..]✦· ──

????:"Que bom te ver de novo... Quackity"

--------------------------------------------------

Aquele 1%.... - Chaosduo QSMP (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora