𝐕𝐨𝐳 -6-

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· · ──── ·✦[Capitulo anterior...]✦· ──── · ·

 Quackity estava imerso em um sono profundo, seu corpo entregue ao relaxamento enquanto sua mente se desligava das preocupações que permeavam sua vida na Federação. No entanto, como uma fenda nas sombras da sua tranquilidade, uma voz que ele conhecia muito bem, perfurou a escuridão do seu descanso. 

 Era um sussurro suave, quase etéreo, como se viesse de todas as direções ao mesmo tempo. Quackity sentiu um arrepio percorrendo sua espinha, a familiaridade da voz enviando calafrios por todo o seu corpo, um arrepio de reconhecimento e, ao mesmo tempo, uma onda de inquietação que o fez estremecer sob o lençol.

 Ele tentou forçar seus olhos a se abrirem, lutando contra o peso do sono que o mantinha em seu abraço acolhedor. Cada pestanejar era como uma batalha contra as amarras do torpor, mas quando finalmente conseguiu vencer a batalha e abrir os olhos, percebeu que não estava mais onde esperava estar. 

 O cenário em sua frente era uma escuridão profunda, completamente distante do mundo branco e estéril da Federação. Ele piscou várias vezes, tentando se acostumar com a escuridão densa, mesmo ele não fazendo muito esforço... ele já esteve naquele lugar... muitas vezes... enquanto a voz continuava a ecoar em sua mente, ecoando como um eco incessante.

"Que bom te ver de novo... Quackity."



· · ──── ·✦[Agora?...]✦· ──── · ·

 O som da voz era mais do que uma simples frase; era um sussurro que continha camadas de significado, como se cada palavra fosse um enigma a ser decifrado. A voz parecia ecoar em sua mente e ressoar em seu peito, como se carregasse consigo não apenas as palavras, mas uma sensação de conexão e mistério. Quackity sentiu-se instintivamente compelido a responder, mas a incerteza do momento o manteve momentaneamente silencioso.

 O vazio que o cercava era palpável, e a voz parecia preencher esse vazio com um tom enigmático. "Você sabe que eu sempre estou aqui, Quackity. E sabe por que estou aqui, não sabe?" As palavras pairavam no ar, carregadas de significado oculto, como fragmentos de um quebra-cabeça que ele lutava para montar em sua mente.

 Um turbilhão de emoções assaltou Quackity. Medo, raiva, nervosismo - todos se misturaram dentro dele, formando uma cacofonia de sentimentos confusos. A questão de se estava sonhando ou acordado martelava em sua mente, mas ele sabia que precisava conter essas emoções, principalmente o medo. Ele engoliu em seco, forçando suas cordas vocais a vibrar em resposta a essa presença misteriosa que o cercava.

 "Sim, eu lembro do meu objetivo." Sua voz saiu cautelosa, tingida com um toque de bravura que ele estava lutando para manter. "Mas você... o que você quer? Por que está aqui?" A pergunta foi lançada no vazio, a necessidade de respostas fervendo dentro dele como uma tempestade prestes a desabar.

 A voz ecoou novamente, cada sílaba carregada de uma intensidade inquietante. "Você quer trazê-los de volta, não é?" A afirmação ecoou nas profundezas da escuridão, como se as próprias sombras estivessem sussurrando aquelas palavras. "Lembre-se disso, Quackity."

 Essa voz... Quackity... Quackity estava familiarizado com aquela voz, tão familiar como um eco persistente em sua mente. Ele reconhecia... ele reconhecia aquela PESSOA.

 As palavras reverberaram em sua mente, penetrando como gotas de água em um lago calmo. Quackity sentiu como se fosse levado por uma maré de memórias, lembranças de um objetivo que ele havia abraçado com fervor. As lembranças eram uma tapeçaria de emoções - determinação, esperança, anseio por redenção. Mas agora, naquele lugar sombrio... que ele já esteve lá muitas vezes.. as inseguranças começaram a rachar essa tapeçaria, deixando rachaduras de dúvida e medo.

 Sem conseguir conter suas emoções, Quackity sentiu uma explosão de angústia dentro de si. Ele se ajoelhou no chão, gritou, liberando uma torrente de sentimentos que haviam sido desencadeados pela voz, pela presença enigmática que parecia ter um domínio sobre ele, mesmo nos recantos mais sombrios de sua consciência. Os gritos ecoaram nas trevas, uma expressão cruamente emocional de tudo o que ele estava sentindo naquele momento, um grito por clareza, um grito por entendimento, um grito para dissipar a escuridão que o cercava.

 Em resposta, as sombras pareciam se contorcer, uma dança sinistra que imitava os redemoinhos de suas emoções tumultuadas. E enquanto os ecos dos seus gritos desapareciam lentamente, o vazio retornou, envolvendo-o novamente em uma escuridão impenetrável, deixando apenas a lembrança daquela voz e a incerteza que ela trouxera consigo.

 Quackity sentia seu coração batendo forte no peito, a respiração ofegante enquanto tentava entender o que havia acabado de acontecer. Cada palavra, cada sombra, cada sensação parecia ter deixado uma marca indelével em sua mente. Ele estava sozinho na escuridão, suas emoções turbilhonando enquanto ele lutava para processar o que havia acontecido e o que ainda estava por vir.

 A voz então emerge das profundezas da escuridão, ecoando suavemente: "Não há razão para temer-me, Quackity. Minha intenção é apenas ajudar."

 Quackity observa, vislumbra aquela figura familiar emergindo das sombras e avançando em sua direção. A figura finalmente se revela, aproximando-se de Quackity.

 "Me ajudar?!?! Serio isso?!? ME DEIXE EM PAZ!" Grita Quackity, sua voz carregada de tensão e frustração, ecoando pela escuridão.

 A figura solta uma risadinha, com um tom de misteriosa complacência. "Tudo bem então, mas saiba que você inevitavelmente retornará aqui. Ah... você já sabe disso." A pessoa se aproxima ainda mais, seus dedos segurando suavemente o rosto de Quackity, virando-o para encará-la. Os olhos de Quackity estavam embaçados pelas lágrimas.

 A pessoa "misteriosa" solta outra risadinha, antes de continuar: "Ah... eu estava prestes a elogiá-lo por reprimir suas emoções quando Cucurucho sorriu para você. No entanto, parece que você ainda não consegue reprimir completamente, não é?" 

 Um sorriso sutil brinca nos lábios da figura. "Apenas um sorriso do Chefe o deixou com raiva e medo? Você ainda tem muito a aprender, parece que continua fraco."

 Nesse momento, Quackity sente uma mistura tumultuosa de emoções, suas mãos cerradas em punhos enquanto ele encara essa pessoa, cujas palavras parecem atingir os pontos mais sensíveis de sua mente.

· · ─── ·✦[Continua...]✦· ─── · ·

Aquele 1%.... - Chaosduo QSMP (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora