Capítulo 2

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" A vida é feita de riscos e para que a gente possa se aventurar é nescessário sair da zona de conforto, nem que para isso seja nescessário cortar laços"

💮Isabella;
By- Amor de Primavera

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Por muito tempo Aysha se martilizou pelas suas amizades passageiras, mas após os concelhos da melhor amiga ela resolveu esquecer tudo aquilo que feriu com os seus sentimentos e recomeçar do zero. Não foi fácil, até porquê nada é fácil, mas ela aprendeu e se reergueu.
O que a garota não esperava era que no meio do processo exaustivo de aceitação ela iria passar por uma avalanche de confusões.

Chegou uma doença ou melhor a morte em forma de praga, era visto o caos em todo mundo depois de sua chegada. Viver uma pandemia não era nada fácil, todos os dias eram divulgados protocolos e mais protocolos para impedir a proliferação da doença, pessoas com inúmeras pressões psicológicas, as variadas formas de privação em locais abertos ao público, pessoas tirando a própria vida por não conseguirem suportar o peso da prisão.

Era visto constantemente a angústia no rosto das pessoas, a cada dia mais era visto o quão perturbador o mundo estava se tornando. Pessoas se privavam ainda mais umas das outras, como se fossem animais ferozes, como se fossem indiferentes. A situação não estava muito diferente de alguns anos atrás, o medo não era tão indiferente assim, para muitos o tempo parecia ter parado pois sentiam a mesma sensação de que seus antepassados. Pessoas suplicavam pelas suas vidas diariamente e quando suas preces não se cumpriam viam o fôlego de vida passar lentamente pelos seus olhos.

 Pessoas suplicavam pelas suas vidas diariamente e quando suas preces não se cumpriam viam o fôlego de vida passar lentamente pelos seus olhos

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Já se passava das 8:30 AM, o ambiente era recluso e de pouca luminosidade. Era possível ser visto roupas jogadas no canto do quarto, livros revirados e uma escrivaninha totalmente bagunçada. Aysha não tinha mais prazer em arrumar as coisas, algo que ela costumava a fazer constantimente se tornou rotineiro e exaustivo.

A garota havia ficado mais reclusa e a culpada de tudo isso era a sua mente persistente. Todos os dias inúmeros pensamentos invadiam a sua cabeça, era impossível em que um só dia a mesma deixasse de se martilizar, era uma ação que se tornou habitual em sua vida. Junto com o isolamento vinheram as inseguranças, Aysha descontava toda a sua ansiedade nos alimentos, a garota não sabia quando parar e como faria para dá um fim nessa compulsividade alimentar.

Ela passou a se auto sabotar, a garota alegre de antes agora se comparava constantemente com as pessoas que via. Ela sentia vergonha de si e nunca desejou nada mais grandioso do que a escolha de mudar sua feição.

- Arfg! Eu não aguento mais - diz a garota totalmente impaciente, ela estava enlouquecendo aos poucos trancafiada dentro da própria casa, queria vê o sol, vê as pessoas, vê os animais ela sentia saudade de respirar um ar puro sem ter que usar uma máscara - eu preciso sair ou eu vou enlouquecer!

Esbraveja a adolescente para si mesma, já não sabia quantas vezes tentou produzir algo para se distrair. No início a idéia parecia boa a garota investiu em pinturas e rabiscos, mas depois de um tempo essas atividades que antes eram divertidas passaram a ser sem graça. Ela não sabia mais o que fazer para tentar se ocupar e fazer com que esses dias de isolamento deixassem de ser tão entediantes.

Revirou a quarto todo a procura de um casaco e um calçado para poder sair para a sua liberdade traiçoeira, assim que encontrou suas vestes saiu apressadamente pelos corredores do condomínio, estava a espera do elevador quando se deu conta de que faltava algo... a máscara, algo que muitos só viam médicos usando, passou a ser de uso universal. Esse era o modo de prevenção mais básico e
também o modo de prevenção mais carcerário que já existiu, com a proteção era impossível sentir o ar puro e fresco pelas narinas.

Após estar devidamente protegida finalmente a garota conseguiu vê as ruas, os carros, as flores. Estava com saudade de vê as paisagens, sentia saudade da agitação dos horários de trabalho. Aquilo que antes te sucumbia de estresse, hoje acalenta o seu coração. Estava sendo difícil se acostumar com essa nova forma de viver em sociedade.
Não era só aysha que estava cansada fisicamente e psicologicamente de toda essa pressão, muitas pessoas ao redor do mundo estavam desgastadas e inconformadas consigo mesmo.

Sentia falta de visitar a amiga, sentia falta dos abraços e das saídas totalmente descontraída das duas, mas tudo isso era impossível no momento, as mensagens não eram capazes de nutrir a saudade em que ambas tinham de si.
Não podiam ter contato íntimo com as pessoas pois a vacina ainda não havia sido feita, então mesmo estando tão perto, ambas ainda se sentiam tão distantes.

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Aeeee, capítulo 2 prontinhooo. Confesso fiquei muito emotiva enquanto escrevia, mas faz parte. Infelizmente essa foi a realidade de muitas pessoas ao redor do mundo e achei bastante interessante retratar essa fase da personagem em um momento tão difícil. Espero que tenham gostado 💮.

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