O Julgamento Divino

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A luz do sol dourado rompia entre as nuvens escuras, iluminando um imponente salão celestial. Seu interior impecavelmente decorado abrigava uma mesa de ébano maciço rodeada por treze cadeiras ornamentadas. Nelas, estavam sentados os deuses de diferentes mitologias, trazidos à existência mais uma vez para tomar uma decisão fatídica sobre a humanidade.

Athena, a deusa da sabedoria, vestida com uma armadura prateada observava atenta os demais deuses. Seus cabelos negros estavam presos em uma trança elaborada, enquanto sua lança dourada repousava ao seu lado.

Ao seu lado, estava Hefesto, o deus ferreiro, com sua fulgurante forja encrustada de rubis. Sua aparência era marcada por uma barba espessa e desgrenhada, seus músculos robustos se destacavam em sua vestimenta de pele de leão, adornada com braceletes de ouro.

Sentado no centro, Hermes, o arguto mensageiro dos deuses, trajava uma túnica alada de cor símbolo da sua velocidade, com o manto bordado de prata e ouro, seu chapéu alado repousava sobre seus cabelos louros encaracolados.

Ares, o destemido deus da guerra, com olhos flamejantes e peitoral de armadura negra, segurava seu poderoso machado enquanto observava atentamente o desenrolar da reunião.

Dionísio, o deus do vinho, surgia em meio ao ambiente reluzente com seu rosto cheio de vida e alegria. Rodeado por um exuberante manto bordado com cachos de uva e folhas de videira, ele carregava sempre sua taça de ouro, transbordando uma bebida divinal.

Tyr, o corajoso deus escandinavo da guerra e da justiça, usava uma armadura de couro adornada com runas e um elmo com chifres. Empunhava uma poderosa espada, que representava seu compromisso com a paz e a ordem.

Shinigami, o deus da morte, envolvia-se em uma escuridão eterna, com uma aparência sombria e misteriosa. Sua roupa negra esvoaçante cobria-lhe cada centímetro do corpo esguio e sua face estava oculta sob uma máscara pálida e expressão imperscrutável.

Amaterasu, a deusa do sol, irradiava uma luminosidade suave e acolhedora. Seus cabelos longos e escuros pareciam uma viva chama, enquanto sua túnica de pura seda refletia os raios do sol, trazendo vida àquele salão.

Tsukuyomi, o deus da lua, emanava uma aura mística e enigmática. Com cabelos negros como a noite e olhos brilhantes como as estrelas, sua veste prateada flutuava suavemente ao vento, irradiando uma serenidade indescritível.

Set, o deus egípcio do caos, apresentava-se com um visual aterrorizante. Seu corpo era meio humano, meio animal, destacando-se pelos olhos amarelados e a pele escura coberta com tatuagens intrigantes. Vestia uma túnica rasgada e uma coroa adornada com chifres.

Osíris, o deus juiz do submundo, trajava uma veste branca impecável, contrastando com sua pele morena. Seus olhos profundos transmitiam uma mistura de sabedoria e compaixão, enquanto um medalhão dourado repousava sobre seu peito.

Anhangá, o deus brasileiro das matas, aparecia em forma de espírito da floresta. Com seu corpo coberto por uma pele de jaguar e sua face pintada em tons de vermelho e preto, ele exalava o poder da natureza selvagem.

Ao lado dele, encontrava-se Vishnu, o supremo deus hindu, envolto em uma túnica multicolorida que remetia aos seus incontáveis avatares. Seu rosto exibia múltiplas expressões divinas, emanando uma energia impressionante.

À medida que a reunião prosseguia, cada um dos deuses expunha suas opiniões sobre a humanidade. Discutiam suas virtudes, falhas e o impacto que exerciam no mundo. As vozes ecoavam pelo salão, criando um ambiente solene.

- Eu voto contra a humanidade. Ela deve ser extinta. --- diz Anhangá, o único deus brasileiro presente no salão.

- Tudo que eles fazem contra a flora e fauna mundial não deve ser perdoada. --- continuou o deus das matas

- Concordo com Anhangá, os humanos estão se auto-destruindo, melhor acabar com o sofrimento deles logo. --- disse Hefesto concordando.

- Não acha melhor deixá-los continuaram com as bebidas e festividades? --- perguntou Dionísio.

- Vê se não viaja, Dionísio. --- disse Amaterasu discordando

- Ai ai --- foi o que o deus do vinho murmurou

- Nós japoneses concordamos com a exterminação humana --- afirmou Shinigami.

- A Grécia também. --- disse Hermes.

- A Índia está a favor de acabar com eles de uma vez por todas --- diz Vishnu de forma enfurecida.

- O Egito concorda. --- diz Osíris

- Então acho que pela vontade de todos aqui presentes, a humanidade deve ser extinta. --- afirmou Athena

Foi então que Brunhilde, a mais velha das valquírias, irrompeu na reunião, seus cabelos prateados flutuando ao vento. Vestindo uma armadura dourada, seu porte majestoso e olhar desafiador transmitiam força e determinação.

- Deuses, antes de chegarmos a uma decisão final, proponho um Ragnarok, uma batalha de 1 contra 1 entre treze deuses e humanos. O primeiro a conquistar sete vitórias poderá decidir o destino da humanidade --- disse Brunhilde desafiando a ordem divina.

Os deuses entreolharam-se, entre surpresos e incrédulos. Porém, após uma longa e densa reflexão, concordaram com a proposta de Brunhilde. A batalha seria um ponto de virada, em que tanto os deuses quanto a humanidade seriam postos à prova.

O Ragnarok foi iniciado!

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