Baby tanies

herói

ALERTA DE GATILHO: Menção de abuso sexual; menção de agressão física; palavrões.

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O corpo do garoto se chocou contra a parede com força, espalhando uma onda de dor por toda extensão de suas costas.

— Larga meu filho! – a mulher tentava lutar contra o marido bêbado.

O homem sempre bebia mais do que podia e depois descontava em sua mulher ou filhos, principalmente o mais novo, pois ele era assumidamente gay e não abaixava a cabeça para ele. Sempre o respondia tudo o que o pai falava, sem medo do maior.

— Cala a boca, sua vadia! Esse moleque escolheu isso quando quis ser uma bicha.

— Vai se foder, seu alcoólatra! — o homem lhe acerta um soco no rosto do filho, que revida com um chute no estômago. Isso faz o homem se afastar o suficiente para o menor se recompor.

— Eu sabia que você não deveria ter nascido! Só trás decepção para essa família! — A mãe segurava o homem com todas suas forças para que ele não avançasse no filho. Chorava histericamente, cansada de toda essa situação que se repetia quase todos os dias.

— Eu?! Você quem enche o cu de cachaça e depois vem descontar as frustrações na gente! E eu quem estraguei essa família?!

— Pelo menos eu não estou enchendo o cu de porra! — o garoto fica paralisado por segundos, mas não estava chocado do que escutou, já estava acostumado.

— Seu filho da puta — dessa vez o menor quem tomou partido para cima de seu progenitor.

— Já chega, Yoongi! — o irmão mais velho chegou a tempo de segurar o caçula.

A mãe havia ligado para Jin assim que o homem chegou em casa. O mais velho era o único que teria força para segurar o pai.
Porém Jin odiava ter que voltar a casa de seus pais e principalmente ter que encarar aquele homem que um dia chamou de pai. Odiava aquele homem mais do que qualquer coisa ou pessoa em toda sua existência.

— Não me segura, caralho! Eu vou matar esse bêbado desgraçado!

— Me respeita, moleque! Eu sou seu pai! — ambos gritavam como dois animais raivosos.

— Jin, leve seu irmão daqui! Por favor! — o mais velho não perdeu tempo em obedecer. Não queria deixar a mãe sozinha com o pai, mas não tinha escolhas. Precisava tirar Yoongi daquela situação o quão antes. Só ele sabia pelo o que o irmão mais novo passava.

A mãe também sabia, mas fingia que não, por isso Jin a odiava também. Então não se importava tanto de deixá-la pagando por seus atos.

Jin obrigou Yoongi a entrar no carro e enquanto dirigia ferozmente, enxergaram a viatura se aproximando da casa.

Apesar da raiva, nenhum dos dois se pronunciou dentro do carro.

Ao entrar na casa do mais velho, Jin trancou a porta e levou o irmão ao banheiro o mais rápido que pôde.

— Calma, caralho. Não precisa me arrastar — Jin ajudou o mais novo a remover suas roupas, o deixando apenas de cueca e então ligou o chuveiro.

— Ele tocou em você? — perguntou apreensivo.

— Não. Eu não deixei. Por isso a gente começou a brigar — o irmão mais velho analisou o caçula, em busca de algum sinal de omissão ou ferimentos. Haviam algumas marcas, mas eram cicatrizes antigas, de quando o garoto era mais novo e não conseguia se defender dos abusos do pai alcoolizado.