Um little em minha porta Pt.1

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Sim, de madrugada pra não perder o costume.

ALERTA DE GATILHO: Violência; relacionamento tóxico; alcoolismo.

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O dia mal terminou e eu já estou na minha quarta garrafa de cerveja. Eu não costumo beber. Nem gosto tanto do gosto da cerveja, mas desde a partida do meu ex-namorado - me deixando de presente belos cornos -, ela tem sido minha melhor amiga.
Olá, meu nome é Taehyung e eu estou sofrendo o término do meu namoro de três anos. Tem três meses que ele me deixou e eu ainda não me reergui.

Já fiz de tudo a essa altura do campeonato. Mudar de visual. Sair de casa. Ficar com outros caras. Novos hobbies para ocupar a mente. Mas nada. Repito. NADA funcionou. Minha última opção, e menos saudável, foi me entregar ao álcool. Beber até esquecer meu nome tem sido a forma como venho lidando com isso. Tenho evitado meus amigos por causa disso. Caso eles descubram, estou ferrado. Não preciso nem dizer que meu desempenho na faculdade também foi por ralo abaixo, certo?

Descarto a latinha na pia e já parto para a próxima rodada. A campainha toca. Meu mau-humor aumenta em 300%. Quem em sã consciência vem ao dormitório de um estudante depois das aulas. Todos estão mortos em suas camas, descansando ou estudando mais - no caso dos masoquistas.

Abro a porta e me deparo com um garoto. Ele é menor do que eu, por isso preciso olhar para baixo para olhar em seus olhos. Os mesmo estavam vermelhos, marejados e inchados. Carregava em seus braços uma pelúcia e um travesseiro; nas costas, uma mochila.

- Pois não?

- Boa noite. Desculpa o incômodo. Eu sou seu colega de sala e vizinho de dormitório. - Tento puxar na minha memória se já o vi na sala, ou pelo menos na escola. Mas não. Não tenho memória nenhuma desse ser. Nem mesmo uma miudinha - Eu gostaria de saber se eu posso dormir em seu dormitório essa noite. Eu soube que seu colega saiu dos dormitórios, então acredito que não serei um incomodo tão grande com uma cama sobrando.

- Por que eu faria isso?

- Bom, eu briguei com o meu parceiro de quarto...

- E desde quando isso é um problema meu? Ligue para a direção ou se acerte com ele. Ou durmam brigados. Não me importo.

- Por favor, tio! Ele me dá medo!

- Já disse que isso não é problema meu.

Tentei fechar a porta, mas ele enfiou seu pé na abertura. Gritou quando começou machucar a perna. Fui obrigado a abrir quando alguns rostos curiosos apareceram para averiguar a cena.

- Entra, moleque! - Agarrei em sua gola e o joguei para dentro do quarto. Ele mancou algumas vezes, e então se virou para mim com cara de nojo.

- Cara, esse lugar tá um lixo.

- Você prefere dormir na rua?

- Não. Desculpe pelo o que eu disse. Na verdade, obrigado. Não sei o que faria se você não aceitasse.

- Não sei o que estou fazendo em te aceitar.

- Ah, não seja cruel. Eu sou bonzinho, tio.

- Não me chama de tio. Nós não temos tanta diferença de idade.

A pequena criatura me encara confuso e receoso, mas finalmente se cala. Lhe ofereço uma cerveja e agradeço internamente por ele negar - ignorei sua cara de julgamento para minha bebida.

- O tio teria leite de baunilha?

- Não me chame de tio. E você tem o que? Cinco anos?

- Não. Seis.

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⏰ Última atualização: Sep 25 ⏰

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