A magia está em toda parte, se você souber onde procurar.
|Reis e rainhas|
Anne Smith
Nós fomos parar dentro de algum tipo de caverna. A única coisa que eu podia pensar é que aquilo era fisicamente improvável.Os irmãos soltaram as mãos uns dos outros, embora eu não havia solto a mão de Edmundo, eu estava confusa demais para lembrar disso e ele, aparentemente, também não se encomodou.
Andamos na caverna e saímos em uma praia linda! Os pevense começaram a tirar os sapatos e algumas partes do uniforme da esfola e correram até a praia sorridentes.
Eu nem tive tempo de absorver o que taça acontecendo, pois alguém me puxou e me jogou na água e eu afundei.
Eu não sabia nadar.
Um par de mãos segurou na minha cintura e me reergueu na água. Passei as mãos no rosto e logo depois na boca e comecei a tocir.
— Tudo bem? — Perguntou Edmundo parado na minha frente e acenei com a cabeça, ele sorriu e me ajudou a ir para o raso novamente.
— Desculpa, Anne — Pedro falou — esqueci que não sabia nadar.
— Tudo bem. — falei— Eu estou bem!
— Tem certeza? — Susana perguntou e eu assenti com a cabeça
Edmundo estava distante, ele parou de pé na areia e ficou olhando para umas ruínas que havia em uma montanha acima de nós.
— Ed? O que foi? — Perguntou Pedro
— Onde nós estamos? — Edmundo falou
— Eu também queria muito saber. — Falei sentada na areia e observando ao redor.
— Onde acha que estamos? — Pedro disse como se fosse óbvio.
— Bem, é que eu não me lembro de ruínas em Nárnia. — Os pevenses ficaram confusos com a frase de Edmundo e pareceu que ficaram reflexivos olhando para as ruínas acima de nós.
— Nárnia? — Perguntei e os pevenses olharam para mim.
— Sim, eu te contei sobre ela naquela carta. — Susana falou.
— Contou para ela sobre o Aslam? — Lúcia disse animada.
— Quem? — Questionei — ata, o leão falante?
— Sim!! — confirmou Lúcia e eu me levantei.
— Tá, então quer dizer que viemos parar numa terra mágica com animais falantes sem passar pelo guarda roupa mágico da sala vazia?
— Como sabe do guarda roupa ? — Perguntou Pedro
— Susana me contou. — falei
— Acredita em nós? — Edmundo me perguntou.
— Isso é fisicamente impossível! — Falei — mas estamos aqui e eu não me lembro de ter me drogado , bebido ou algo do gênero. Achei que Susana estava bêbada quando me falou sobre... bom, seja lá o que isso seja.
— Temos muito tempo para tirar suas dúvidas sobre nárnia, mas temos que fazer planos, logo vai anoitecer e vamos ficar com fome.
— Trouxe alguns lanches na minha bolsa — falei — e acho que tenho umas pastilhas no bolso.
— Eu também trouxe os meus — Edmundo falou.
— Esqueci os meus lanches no banco da estação — falou Lúcia frustrada.
— Eu também — Pedro e Susana falaram.
— Mas mesmo assim se dividirmos deve bastar por hora. — falou ed e concordei.
Estávamos andando já a um tempo, todos nós estávamos seguindo Pedro que liderava o grupo. Eu ainda estava pensativa , eu não vou dizer que acredito em uma terra mágica e em um tipo de leão falante, eu ao menos
— Você está bem? — Ed se aproximou de mim.
— Claro!
— Mentirosa. Você está muito calada, quando você está calada demais é porque a sua mente tá gritando.
— Esse negócio de terra mágica, nárnia e sei lá mais o que é muito confuso — falei — não vou dizer que não acredito até porque estamos aqui e a Su nunca mentiria pra mim, mas isso é ...— suspirei — Muita coisa para absorver.
Edmundo prestava atenção á cada palavra que saia da minha boca.
— Sabe qual é o seu problema? — ele me perguntou e eu neguei — Você pensa demais e isso acaba te deixando muito ansiosa. Eu sei que é difícil de acreditar, eu mesmo não acreditei na primeira vez vim aqui, mas tenta viver o momento um pouco. Provavelmente vamos voltar para casa em breve.
— Acho que você tem razão. — Sussurei
— Olhem! — Exclanou Lúcia — Uma macieira!
Foi apenas com a fala de Lucia que eu me toquei que havíamos chegado as ruínas que havíamos visto mais cedo.
Não havia apenas uma macieira, haviam várias. Subi em cima de uma das árvores e puxei uma maçã assim como Lúcia havia feito.
— Quem será que vivia aqui? — Perguntou LúciaSusana viu no chão uma peça de xadrez, mais especificamente um cavalo de ouro. Ela parecia analisar a tal peça.
— Eu acho que éramos nós — ela falou e eu franzi a testa.
— Ei, isso é meu — exclamou Edmundo pegando a peça da mão de Susana — do jogo de Xadrez.
— Que jogo de Xadrez ? — Perguntou Pedro
— Em Finchley eu nunca tive um jogo de Xadrez de ouro puro , mas isso é meu.
— Não pode ser! — Lucia disse e saiu correndo e nós fomos atrás dela.
— Lucia!! Pare de correr!! — falei e ela parou.
— Vocês não veem? — Perguntou ela.
— Ver o que, Lu? As ruínas? — perguntei e ela negou.
— Imaginem muros e colunas ali. Um teto de vidro — falou apontando.
— Cair Paravel — disse Pedro em um suspiro triste.
— Eu não vou nem perguntar. — falei.
— Mas cair paravel nunca foi uma ilha. — Edmundo falou.
Pedro começou a andar do nada fazendo com o que seus irmãos e eu o olhassemoos confusos.
— A onde você vai? — perguntei.
— Descobrir o que aconteceu aqui.
Ps: esse capítulo não foi revisado.
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INEFÁVEL - As Crônicas De Nárnia • Edmundo Pevense
AbenteuerAnne Smith é amiga dos irmãos pevense, mas especificamente, melhor amiga se Susana. Em um dia aleatória ela se meteu em uma confusão que envolve um leão falante, uma terra mágica e telmarinos.