Sabemos o que acontece quando uma pessoa tem esperança de obter uma coisa desesperadamente desejada; parece bom demais para ser verdade.
Susana havia me dado um dos vestidos da cor azul que, aparentemente, eram dela. Ela também me disse para ficar com o arco com o qual eu havia atirado.
Após nos trocarmos saímos para ajudar os meninos com o acampamento, pois já havia anoitecido. Fizemos uma fogueira e nos sentamos ao redor dela.
— Então? O que vão querer comer? — Pedro perguntou.
— Temos alguma opção? — Luh perguntou sonolenta, deitada no meu ombro.
— Temos maçã com casca, maçã sem casca, maçã tostada, maçã assada — Disse Pedro — viu? Temos várias opções.
Luh se animou e riu como todas nós.
Passou um tempo e quase todos já estavam deitados e dormindo, menos eu. Eu ficava me revirando de um lado pro outro sem conseguir dormir.
Me levantei e fui sentar perto de um lago que estava ali e fiquei admirando as estrelas, fiquei admirando a lua cheia, o céu por inteiro.
— É bonito não é? — Ouvi uma voz e me virei para ver quem era mesmo que eu já soubesse quem era atrás de mim.
— É tão perfeito — falei e ele se sentou do meu lado. — São mais brilhantes e bonitas do que as de lá de casa.
— Realmente são. — Falou e parou por um tempo olhando pra mim.
— Se for um sonho, eu não quero acordar. — sussurrei olhando pra ele.
— Não acho que seja um sonho. — falou se aproximando.
— Por que?
— Tenho certeza que minha mente não é tão fértil pra imaginar um momento tão perfeito como este.
Só agora que eu percebi que nós estávamos tão perto como nunca. Eu me perdi nos seus olhos, me afundei no imenso mundo extraordinário através deles.
Ele estava se aproximando de mim e eu fazia o mesmo. Sua mão encostou na minha bochecha e eu ainda estava perdida no mundo através dos seus olhos. Ele está perto do meu rostoTão perto..
Fecho os olhos para me deliciar com a sensação que era nova pra mim até então.
Creck!
Algo se partiu atrás de nós, virei a cabeça rapidamente pra o lugar o qual o barulho estava vindo.
Ao meu lado, ouvi o suspiro de Edmundo e só agora me toquei no que estávamos prestes a fazer.
Eu iria beijar Edmundo Pevense. Ele era irmão da minha melhor amiga. O de eu tô com a cabeça?
Crack!
O barulho veio mais alto. Quando me dei por conta, Edmundo já está em pé com uma espada em suas mãos.
Eu me levantei e o deixei pra trás indo em direção ao barulho, mas ele segurou meu pulso.
— me largue! — falei e puxei o meu braço de volta.
— O que acha que está fazendo? — Edmundo perguntou.
— Indo ver o que é que tá fazendo esse barulho
— Eu vou na frente então.
— porque ?
— sou o único que está armado aqui.
— Ah, por isso? — Perguntei sarcástica e fui pegar o arco que Susana tinha me dado. — Resolvido.
— você seria a primeira a morrer em um filme de terror.
O ignorei e continuei andando, ele que antes estava atrás de mim logo estava ao meu lado com a espada— acho que epe não sabe nem usar isso direito — em suas mãos.
E foi aí que o vimos, vimos o motivo de todo o barulho. Eu estava maravilhada, eu nunca havia visto um alce antes.
— um alce? Que decepcionante.— falou ed
— Eu achei ele lindo! — falo ainda admirando o animal
— Vem, vamos voltar antes que os outros acordem e percebam a nossa falta. — assenti e voltamos para o acampamento.
Ninguém havia acordado, mas agora eu tenho certeza que preciso dormir.
— Vai dormir? — Ele perguntou
— vou, boa noite, Ed.
— Boa noite
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INEFÁVEL - As Crônicas De Nárnia • Edmundo Pevense
AventuraAnne Smith é amiga dos irmãos pevense, mas especificamente, melhor amiga se Susana. Em um dia aleatória ela se meteu em uma confusão que envolve um leão falante, uma terra mágica e telmarinos.